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Mudança na legislação reduz em mais de 90% fechamento do aeroporto de Londrina

Fonte: Tarobá News

Uma nova interpretação das leis da aviação por parte do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) reduziu drasticamente os fechamentos do aeroporto de Londrina nos últimos 5 meses por causa do mau tempo. Trata-se de uma nova leitura da legislação específica sobre a operação de aeroportos nos mínimos de visibilidade e vale para os voos por instrumento.

A nova regra praticamente tirou dos controladores de voo a autonomia para fechar o aeroporto por falta de visibilidade. A decisão de decolar ou pousar ficará, na maioria dos casos, a cargo do piloto. Os aeroportos devem ser fechados pelos controladores apenas em casos extremos, em que uma camada de nuvens esteja colada ao solo, por exemplo.

Até outubro do ano passado se os controladores do aeroporto de Londrina, por exemplo, recebessem a informação meteorológica de uma camada de nuvens a 299 pés do solo (91 metros), o aeroporto era fechado por estar abaixo dos mínimos de visibilidade para operação por instrumentos. Hoje o aeroporto continuará aberto e caberá ao piloto decidir se prosseguirá para o pouso ou arremeterá, de acordo com a visibilidade dele no momento da aproximação. Isso não significa que os pilotos poderão arriscar além dos protocolos de segurança. Todos os aeroportos tem, nos procedimentos para pouso previstos nas cartas aeronáuticas, a menor altitude que o avião pode chegar do solo sem visualizar a pista. Caso essa altitude seja atingida sem que a pista seja visualizada ele obrigatoriamente tem que arremeter, mesmo se o aeroporto estiver aberto.

Desde novembro, quando a medida entrou em vigor, o tempo em que o aeroporto de Londrina ficou fechado por causa do mau tempo reduziu em mais de 90%. Porém, isso não significa que todos os voos saíram e chegaram conforme o previsto. Uma vez que o piloto não visualiza a pista, ele arremete e tenta pousar novamente ou vai para o aeroporto alternativo.  Em resumo, as mudanças poderão possibilitar o pouso e a decolagem quando a visibilidade for, na prática, maior do que a informada pelos boletins meteorológicos na teoria.

Os novos critérios, segundo o Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Márcio André da Silva, tem o objetivo de otimizar as operações aéreas, possibilitando a utilização da tecnologia embarcada e da infraestrutura aeroportuária para viabilizar ganhos operacionais de acessibilidade do aeroporto. “O objetivo é ter menos tempo de interrupção das operações em condições meteorológicas adversas”, esclarece.


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