Francês ganha Nobel de Economia com estudo sobre grandes empresas

O francês Jean Tirole, de 61 anos, conquistou nesta segunda-feira (13) o Prêmio Nobel de Economia de 2014 por seu trabalho sobre análise do poder e regulação de mercado. “O […]

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O francês Jean Tirole, de 61 anos, conquistou nesta
segunda-feira (13) o Prêmio Nobel de Economia de 2014 por seu trabalho sobre
análise do poder e regulação de mercado.

“O prêmio deste ano é sobre como “domar [regular]
empresas poderosas”, disse Staffan Normark, secretário permanente da Real
Academia Sueca de Ciências.

O trabalho de Tirole aborda a questão da concentração de
mercado. “Muitos setores são dominados por um pequeno número de grandes
empresas ou apenas por um simples monopólio. Deixados sem regulação, esses
mercados frequentemente produzem resultados sociais indesejáveis – preços mais
altos do que o dos outros motivados por custos, ou empresas improdutivas que sobrevivem
por bloquear a entrada de novas empresas mais produtivas”, afirma a academia.

Na década de 1980, Jean Tirole deu nova vida à pesquisa
sobre “falhas de mercado”, segundo a academia. Suas análises sobre
empresas com poder de mercado resultaram em uma teoria unificada com uma forte
influência sobre questões políticas centrais: como o governo deveria lidar com
fusões e cartéis e como deveria regular os monopólios.

 “Jean Tirole é um dos
economistas mais influentes do nosso tempo. Ele fez contribuições teóricas
importantes a várias áreas, mas, principalmente, ele esclareceu como entender e
regular setores com algumas poucas empresas. Tirole recebe o prêmio deste ano
por sua análise do poder e regulação de mercado”, diz a academia.

O prêmio

O Nobel de Economia foi criado em 1968. A categoria não faz
parte dos prêmios originais criados pelo testamento do empresário inventor do
dinamite Alfred Nobel, em 1895.

O prêmio de Economia encerra esta edição dos prêmios Nobel,
que teve início na segunda-feira passada com a premiação dos pesquisadores John
O’Keefe, May-Britt Moser e Edvard Moser por sua descoberta de células que
formam um sistema de posicionamento no cérebro humano, uma espécie de
“GPS” interno. Eles dividiram o prêmio de Medicina.

Na terça-feira, Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji
Nakamura receberão o prêmio de Física pela invenção de diodos de luz azul, que,
em última análise, proporcionaram uma fonte econômica de luz branca.

Na quarta-feira foi anunciado o último Nobel científico, o
de Química, para Eric Betzig, Stefan Hell e William Moerner por trabalhos que
levaram a capacidade dos microscópios a um novo patamar.

Na quinta-feira, o Nobel de Literatura foi dado à escritor
francês Patrick Modiano, por conta “da arte da memória com a qual evocou
os destinos humanos mais inapreensíveis e jogou luz sobre a vida durante a
ocupação”.

Na sexta, o indiano Kailash Satyarthi e a paquistanesa
Malala Yousafzay ganharam o Nobel da Paz de 2014 “pela sua luta contra a
supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação”.

Em 2013

No ano passado, foram premiados os economistas
norte-americanos Eugene F. Fama, Lars Peter Hansen, da Universidade de Chicago,
e Robert J. Shiller, da Universidade de Yale, por seu trabalho pioneiro em
identificar as têndencias nos mercados financeiros.


Veja a lista dos últimos ganhadores do
Nobel de Economia


2013: Eugene F. Fama, Lars Peter Hansen, da Universidade de Chicago, e Robert
J. Shiller (EUA)

2012: Alvin E. Roth (EUA) e Lloyd S. Shapley (EUA)

2011: Thomas Sargent (EUA) e Christopher Sims (EUA)

2010: Peter Diamond e Dale Mortensen (EUA), Christopher
Pissarides (Chipre-GB)

2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (EUA)

2008: Paul
Krugman (EUA)

2007:
Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson (EUA)

2006:
Edmund S. Phelps (EUA)

2005:
Thomas C. Schelling (EUA) e Robert J. Aumann (EUA-Israel)

2004: Finn
Kydland (Noruega) e Edward Prescott (EUA)

2003: Robert F. Engle (EUA) e Clive W.J. Granger (GB)

2002: Daniel Kahneman (Israel-EUA) e Vernon L. Smith (EUA).

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