Fonte: Assessoria ACIL
O Ecossistema de Inovação de Londrina foi destaque na reunião desta terça-feira (13) do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial. A boa notícia é que as iniciativas estão sendo impulsionadas junto com as governanças setoriais, uma característica tipicamente londrinense. Todo o processo foi explicado em detalhes por Heverson Feliciano, do Sebrae, e recebido com otimismo pelos integrantes do Núcleo, entre eles ACIL, Codel, Prefeitura de Londrina, Sindimetal, APL de TI, CEAL, FIEP, Sinduscon, Sincoval e Sociedade Rural do Paraná, entre outros.
“É excelente a quantidade de coisas que vêm acontecendo. Ver essa teia que estamos criando chega a empolgar, e nem este grupo pode imaginar o boom que isso pode provocar para o desenvolvimento de Londrina”, comentou Hélio Terzoni, vice-presidente da ACIL.
Para explicar o desenvolvimento do Ecossistema de Inovação, que vem se solidificando a passos largos, Heverson fez um retrospecto de diferentes iniciativas que mostram a capacidade inovadora de Londrina.
Dentro desse retrospecto, Heverson Feliciano lembrou: “O Ecossistema de Inovação existe aqui desde que a cidade foi fundada. Foram muitas ações e Londrina já tinha muitas conquistas”. Entre elas, iniciativas como a fundação da UEL, Sercomtel, Iapar, Embrapa Soja, Adetec, Londrina Tecnópolis, incubadora Incil, APL de TI, o próprio Núcleo de Desenvolvimento Empresarial, a governança Sallus, o Núcleo Setorial de Turismo, Convention Bureau, Arranjo Produtivo de Audiovisual e o Fórum Desenvolve Londrina.
Tudo isso resultou em 40 mil estudantes na educação empreendedora; criação do ISS Tecnológico, com renúncia fiscal; 1.515 empresas de TIC; 29 cursos de engenharia com 900 engenheiros formados por ano; 58 mil estudantes de graduação e pós; e o Único Instituto Senai de TIC do Brasil.
Fundação CERTI
Muita coisa acontecia ao mesmo tempo e nem sempre uma entidade conversava com a outra. “No final de 2016, a gente começou a discutir a necessidade de se fazer um planejamento do Ecossistema de Inovação”, ressalta Heverson. Foi quando o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial procurou a Fundação CERTI, de Florianópolis, que já havia feito vários planejamentos semelhantes e era uma referência nacional.
O planejamento estratégico do Ecossistema de Inovação envolveu várias instituições de Londrina. Foram realizados muitos workshops com a participação de 120 representantes em um trabalho que durou oito meses. Tudo isso para chegar a cinco setores prioritários sob a ótica da inovação, com grande potencial para alavancar a competitividade de Londrina: Agro, TI, Saúde, EletroMetalMecânico e Químico e Materiais.
Em fevereiro de 2018, a Fundação CERTI entregou oficialmente o estudo com um plano de ação para cada um dos cinco setores identificados como de grande potencial. Surgiram grandes projetos: o Centro de Inovação, as Governanças Setoriais e a própria organização do Ecossistema.
Governanças
A partir de então, outros setores começaram a se mobilizar: a construção civil criou a Icon – Governança de Inovação na Construção Civil Norte do Paraná. Vieram então a Governança de Turismo; a Lavi – Londrina Audiovisual; Agro Valley; Inovemm – Ecossistema EletroMetalMecânico; Integra Químico & Materiais; Londrina EdTech e RetailLondrina; que vieram se somar ao APL de TI e a Sallus – Saúde Londrina União Setorial.
Em 2019, o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial começou a discutir com a Codel para levantar recursos para alavancar o processo de desenvolvimento em Londrina. “A gente investiu fortemente na formação das governanças, na estruturação do Ecossistema, na modelagem de negócio do Ecossistema e, com todo esse trabalho, nós chegamos às dez governanças que temos hoje”, destacou. As próprias instituições de Ensino Superior de Londrina estão se organizando em uma governança. “Eu desconheço alguma cidade onde isso está acontecendo”, revelou Heverson.
Em 2020 a Fundação CERTI foi contratada para elaborar um modelo de negócios para o Tecnocentro, que está em fase de finalização no Parque Tecnológico Francisco Sciarra. “Não basta ter o prédio físico, é preciso ter uma modelagem, um projeto de viabilidade”, acrescentou.
O estudo para viabilizar o Tecnocentro foi montado sobre quatro pilares: a mobilização e integração do Ecossistema; captação e compartilhamento de recursos; ampliação do volume de negócios e inovações; e aproximação com grandes empresas.
O Tecnocentro também deverá abrigar a Governança do Ecossistema de Inovação, que vai trabalhar a animação do próprio Ecossistema e integrar as outras governanças, além de fazer a gestão do próprio Tecnocentro. Trata-se de um cenário que, há quatro anos, estava apenas se desenhando.