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Pequenos negócios geram 95% dos novos empregos

Fonte: Folha de Londrina

A B2 Brindes – indústria de confecção com sede em Apucarana – gerou 10 novos empregos no ano passado, totalizando 80 postos em seu quadro funcional. Já a Solintel – empresa de telecomunicações localizada na Gleba Palhano, em Londrina, criou 27 vagas e, ao todo, emprega hoje 60 colaboradores. Os dois estabelecimentos mostram a força dos MEIs (Microempreendedores Individuais) e das micros e pequenas empresas, que foram responsáveis pela geração de 38.814 postos de trabalho no Paraná, em 2018, o que representa 95% do total. 

As informações fazem parte de um levantamento do Sebrae, que analisou dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia. O estudo destaca também o aumento de 68% das novas contratações dessas empresas no ano passado na comparação com 2017. 

O setor que mais contratou foi o de serviço, responsável por 66% do total de vagas, seguido do comércio, com 18,5%, e da construção, com 11,4% dos novos postos. 

Na região Sul, o Paraná foi responsável pelo maior saldo de empregos nos MEIs e nas micros e pequenas empresas. Em segundo lugar, vem Santa Catarina, com 31.284 vagas, e o Rio Grande do Sul, com 19.943. 

LICITAÇÕES 

"O mercado não estava muito bom no ano passado, mas nós atendemos a órgãos públicos e houve grande demanda", diz a sócia da B2 Brindes, Elizabete Ardigo, justificando as novas contratações. Ela produz uniformes e chapéus entre outras mercadorias. O ano de 2019 começou bem, segundo a empresária, que já contratou outras 15 pessoas. "Com a posse do presidente (Jair Bolsonaro), o mercado se mostrou confiante e aquecido", conta. A empresa tem 25 anos e há 10 anos vem participando de processos licitatórios. 

Já Alexsandra Dias, da Solintel, diz que o setor de telecomunicações foi pouco afetado pela crise e a empresa vem crescendo nos últimos anos devido à estratégia comercial". "Trabalhamos muito com marketing, vendas ativas e participação em feiras e eventos. Estabelecemos uma estratégia agressiva", alega. No ano passado, a empresa criou 27 vagas e, no momento, está com 10 vagas em aberto. "Devido à qualificação técnica, nosso processo de contratação leva em torno de 60 dias", conta. 

DINÂMICAS 

O gerente do Sebrae para o Norte do Paraná, Fabrício Bianchi, diz que as empresas menores são mais dinâmicas e flexíveis, o que justifica a criação por elas de quase todos os empregos no ano passado. Além disso, o número de MEIs e micros e pequenas empresas cresceu muito durantes os anos de crise. "Boa parte das pessoas que foram demitidas das grandes empresas tiveram de empreender. O empreendedorismo de necessidade fez crescer o número de pequenos negócios", alega. 

Somente o escritório do Sebrae com sede em Londrina atendeu 22 mil empresas no ano passado. "Elas estão crescendo e gerando postos de trabalho", garante o gerente. 

Em todo o País, MEIs, micros e pequenas geraram em 2018 o maior saldo de empregos formais dos últimos quatro anos. Foram mais de 580 mil novas vagas, um aumento de 67% em relação a 2017. 


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