Fonte: Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Plano Real representou uma mudança e trouxe o Brasil para um novo patamar em termos de país, afirmou à Agência Brasil a diretora de Desenvolvimento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luciana Marques de Sá.
“A gente deve chamar a atenção para isso. Foi o único dos planos econômicos que deu certo, que trouxe a inflação para níveis civilizados. O plano foi fundamental para que a gente saísse daquela situação de descontrole inflacionário para uma situação de país normal”.
Também para a indústria, Luciana acredita que o balanço dos 15 anos do real é “extremamente positivo”. Ela destacou que a queda da inflação permitiu ao setor industrial trabalhar com previsibilidade de orçamentos, o que era impossível no cenário anterior.
“Antes, era impossível fazer orçamentos e mantê-los e ter previsibilidade de gastos, quando não se sabia nem o valor da moeda e o preço das coisas. Acho que foi extremamente positivo para a economia como um todo, inclusive para o setor industrial”.
A diretora da Firjan observou, porém, que os avanços macroeconômicos registrados a partir do Plano Real ainda precisam ser complementados. Nesse sentido, ela destacou a necessidade da reforma tributária.
“A gente tem a inflação caindo para níveis dos países desenvolvidos. Como consequência da queda da taxa de inflação, a gente tem agora queda da taxa de juros também para níveis de países desenvolvidos. Pela primeira vez em muitos anos, a taxa básica de juros ficou abaixo de dois dígitos. Mas, a primeira tarefa inacabada e mais urgente de ser atacada é o peso da carga tributária”.
Segundo a diretora da Firjan, além de custar caro, a carga tributária tem um sistema complexo pela necessidade de acompanhamento das legislações e pela própria aferição de quanto se tem que pagar de imposto.
Ela ressaltou que além do imposto a questão tributária envolve uma agenda de melhoria do ambiente de negócios, que precisa ser feita. Reduzir a burocracia e melhorar a vida da empresa na obtenção de licenças ambientais são ações que devem ser buscadas pelo governo, sugeriu Luciana de Sá.
Alana Gandra para Agência Brasil.
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