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Portas abertas para o futuro

Fonte: Equipe Lidere ACIL – Revista Mercado em Foco/ACIL 

Se o mundo nunca mais vai ser o mesmo após a pandemia, o mesmo vale para o Lidere, encontro empresarial promovido anualmente pela ACIL que, em 2020, superou as expectativas com soluções ágeis e inovadoras, alcançando nada menos do que 16 estados brasileiros: Paraná, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Amazonas, Ceará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Tocantins, Goiás e Distrito Federal.

O Lidere 2020 foi digital, gratuito e internacional. Representou um salto em relação aos anos anteriores devido à repercussão e à interação proporcionada pelo aplicativo. Os inscritos participaram ativamente com perguntas, e ainda podem acessar os vídeos das palestras por um período de 60 dias no site (www.lidereacil.com.br). Para completar, o conteúdo das palestras foi condensado em um e-book enviado por e-mail.

Mas as novidades não param! O Lidere 2021 já tem data marcada: dias 19, 20 e 21 de outubro. Então acompanhe as redes sociais da entidade para ficar por dentro da próxima edição. Enquanto ela não chega, confira um pouco do que foi conversado no Lidere 2020.

Marcio Fabbris (Vivo) 

O Lidere 2020 começou com uma análise de Marcio Fabbris sobre a aceleração tecnológica provocada pela pandemia. Vice-presidente de marketing da Vivo, ele rejeitou o termo “novo normal”, porque o pós-pandemia deve incorporar antigos hábitos aos novos, promovendo um ambiente em que o digital e o presencial se misturam e se completam. Fabbris destacou que a busca por celulares aumentou 130% no Brasil, especialmente porque a conexão com o mundo passou a ocorrer pela internet, com os smartphones. Lives, home office, serviços de streaming, ensino à distância e e-commerce são hábitos que foram incorporados pelos brasileiros e devem continuar após a pandemia. “A receita de sucesso vai ser a correta combinação do consumo online e do consumo tradicional”, aconselha Marcio Fabbris.

Amaury Couto (Lowçucar) 

Desligar o piloto automático tornou-se quase uma obrigação para quem deseja empreender. Esta é a opinião de Amaury Couto, fundador da Lowçucar. Ele sabe das dificuldades de empreender e conhece o desconforto provocado pela inquietação necessária para manter os negócios vigorosos. “O que o mercado mais sente falta é de pessoas com a habilidade de execução, de encontrar soluções e colocá-las em prática. Pessoas que criam, pensam e fazem”, ressalta. Por isso, também, a pandemia provocou uma revisão de processos e conceitos. E, para sair da zona de conforto, é preciso contar com o conhecimento. “Precisamos estudar o novo comportamento do consumidor e como a tecnologia vai continuar transformando isso. A inteligência artificial vai nos ajudar muito a processar uma infinidade de dados, mas não vai substituir a eficiência da mente humana”, analisa.

Pedro César (Miss Pink) e Felipe Meldonian (Chilli Beans)

Um bate-papo pra lá de produtivo marcou o primeiro Lidere Talk desta edição, que abordou o tema "Os desafios e oportunidades de expansão dos negócios". Para o diretor financeiro da Chilli Beans, Felipe Meldonian, a combinação de preços agressivos – característica da marca – e a experimentação por parte do público, resultado do momento adverso, é bastante conveniente e positiva para a marca. Uma pessoa que ia gastar R$ 800,00 em um óculos, opta por um de R$ 250,00 da Chilli Beans e enxerga benefício nisso, porque se trata de um produto de altíssima qualidade. Pedro César acredita que um plano de expansão precisa preparar o empreendedor, no caso das franquias, que deve estar maduro, financeira e administrativamente. Ele se preocupa em capacitar o franqueado para que possa, depois, abrir uma rede com maior capital de investimento. “É importante dar um passo atrás do outro. Tem que ter um planejamento. Tem um payback para suprir e existe toda uma estratégia para alcançar o retorno do investimento”, salienta.

Tania Maranha (Electrolux) 

Tania Maranha explicou que é possível se redescobrir dentro da própria empresa, uma vez que as transformações acabam trazendo novos desafios. E, quando a crise chega, o importante não é reinventar a roda, mas buscar fazer bem feito os processos básicos. Não é o momento de uma reviravolta mirabolante, mas de buscar o essencial. Importante destacar que as empresas não vendem mais produtos, mas sim experiências que tornam o dia a dia mais fácil e produtivo. Os colaboradores precisam acreditar na empresa e buscar o autodesenvolvimento, enquanto os líderes precisam se equilibrar entre os negócios e as pessoas, incentivando a cultura da colaboração. O líder precisa de agilidade na aprendizagem, resiliência e aprender com os próprios erros. “A gente pode errar rápido, mudar, aprender com isso, crescer e fazer as coisas diferentes”, destaca.

Silvana Romagnole (governança familiar) e Flávio Huf (We Can Br) 

O segundo painel foi composto pelo fundador da We Can Br, Flávio Huf, e a especialista em governança corporativa, Silvana Romagnole, que falaram sobre liderança e governança familiar. No Brasil, 90% das empresas têm origem familiar, mas é alta a mortalidade pela falta de planejamento e divergências de interesses. Para superar os desafios das relações familiares na empresa, a consultora afirma ser necessária a construção de riquezas de gerações. "É a capacidade da família desenvolver novos talentos, independente se forem executivos ou não. Os herdeiros acionistas não nascem prontos. Temos que desenvolvê-los", pontua. A liderança eficiente, na avaliação de Huf, está preocupada com a formação de capital intelectual e o corpo de profissionais. "É preciso saber o porto onde vai ancorar, qual o planejamento da travessia, qual a tripulação que precisa. O empresário precisa ter alguns pilares, sendo necessário se conectar com o para onde estou levando o negócio”, frisa.

Hitendra Patel (IXL Center) 

Especialista em inovação, o Dr. Hitendra Patel apresentou os caminhos para superar a crise, baseando-se em quatro cenários que resumem a situação dos diferentes tipos de negócios. O primeiro passo seria reconhecer em qual desses cenários a sua empresa se insere. São cenários que variam do positivo ao negativo, das empresas que conseguiram faturar com a pandemia àquelas que se tornaram obsoletas, exigindo uma reestruturação total. Para cada um desses cenários, foram elencadas soluções que incluem a revisão de toda a rotina de trabalho, procurando pontos de risco a serem eliminados para proteger colaboradores, fornecedores e consumidores. Também é importante conhecer as iniciativas que deram certo em outros países, buscando soluções já testadas. “Vamos manter os negócios funcionando e começar a vencer neste novo normal. Isso não é sobre competição, é sobre colaboração. Não podemos ser condescendentes. Temos que fazer algo diferente”, ressalta.

Nelson Campelo (Atos) e Saulo Marti (Olist) 

Convidados para o Talk no terceiro dia do Lidere 2020, Saulo Marti, diretor de marketing da Olist, e Nelson Campelo, CEO da Atos para a América do Sul, conversaram sobre o impacto da tecnologia e da inovação na vida das empresas. Para Marti, a aceleração da digitalização dos negócios só prova a importância do investimento em canais online. “Os pequenos e médios varejistas precisam buscar parceiros para suprir as próprias deficiências, resolver dores e até antecipá-las”. Campelo afirma que a cultura da inovação precisa ser parte do DNA da empresa. Para ele, a sinergia é essencial em toda a cadeia de valor, assim como o estímulo ao empreendedorismo dentro da empresa, em uma busca constante de competências ‘dentro de casa’. Mas mais importante ainda é saber como tirar boas ideias do papel. “Ainda há muito espaço para melhorias. É preciso dar ênfase aos processos de transformação digital e isso exige muita atenção do empresário", ressalta.

Bill Moraes (FranklinCovey Brasil) 

Bill Moraes, vice-presidente da Franklin Covey Brasil, encerrou o Lidere 2020. Ele falou sobre como uma empresa pode alcançar melhores resultados através da mudança de comportamento de toda a organização e para isso, se baseou no método presente no livro "As 4 Disciplinas de Execução", no qual é coautor. A primeira disciplina é o Foco, que deve ser restringido para se realizar mais com menos metas. A segunda é a Atuação nas Medidas de Direção, que é o retrato do que já aconteceu e, a partir daí, atingir uma meta que nunca foi alcançada. A terceira disciplina é Manter um Placar Envolvente, criar um placar simples e visível, contendo as medidas históricas e de direção. A última etapa é manter a Cadência de Responsabilidade. “Nesse placar montado pela equipe, cada pessoa deve responder a uma pergunta: ‘O que eu posso realizar nesta semana para promover o desempenho da medida de direção?’ e cada um assume um ou dois compromissos para a próxima semana. Isso é o 4DX”, concluiu Bill.


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