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Preços industriais sofrem efeito da desaceleração




Fonte: Folha de Londrina

 

São Paulo – O comportamento de quedas consecutivas do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) tem ligação com a influência que os preços industriais do atacado estão sofrendo da atividade menor no País. A avaliação é do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, que, em análise específica sobre o indicador destacou que a tendência é de pressões menores para os principais subíndices formadores da taxa de inflação geral apurada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

Ontem, o instituto divulgou que o IGP-M de junho caiu 0,10% ante baixa de 0,07% em maio. O resultado ficou no piso intervalo de expectativas dos analista consultados pelo AE Projeções, que era de -0,10% a 0,12%, e puxou o indicador acumulado do ano para uma taxa negativa de 1,24%. Em 12 meses, o IGP-M acumulou variação positiva de 1,52%. Dos seis meses de 2009 que já contaram com medição de inflação da FGV por meio do IGP-M, cinco deles apresentaram deflação. A exceção no ano ficou por conta do mês de fevereiro, quando o IGP-M subiu 0,26%, ainda assim um resultado que não preocupou o mercado financeiro.

 

””O que se pode concluir pelo quarto mês consecutivo de deflação no IGP-M é que o efeito da desaceleração econômica sobre os preços industriais do atacado continua predominando””, disse o economista. ””À medida que as pressões pontuais que afetavam o IPC (Índice de Preços ao Consumidor do IGP-M), como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos cigarros, os preços administrados, os preços dos serviços e o salário mínimo, perderem fôlego, a variação nos preços ao consumidor deve ser bem menor no segundo semestre””, acrescentou.

 

Para ele, as possíveis novas fontes de pressão, como o preço do leite, que, na versão Longa Vida, subiu 12,76% ante 8,41%, além de outras commodities, não mostram, por enquanto, intensidades com força suficiente para tirar o IPC da rota de tranquilidade atual – variou 0,17% em junho contra alta anterior de 0,42%. ””Não aparentam, até agora, serem capazes de evitar esse cenário de descompressão nos preços ao consumidor””, opinou.

 

O economista-chefe do Banco Fator lembrou que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o subíndice do IGP-M que teve maior variação em junho (1,53% contra 0,25% em maio). De acordo com ele, essa alta foi, em grande parte, resultado dos reajustes salariais no grupo mão de obra, que teve variação de 3,50% em junho. ””O grupo Materiais e Serviços também contribuiu um pouco para essa alta, com uma deflação menos intensa em junho (-0,19%) do que em maio (-0,71%). Porém, o simples fato de continuar apresentando deflação mostra as condições do setor de construção civil no Brasil, além do efeito da redução do IPI sobre esses produtos””, salientou.

 

Flavio Leonel para Agência Estado.

 

www.bonde.com.br/folhadelondrina

 


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