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Prefeitura quer consórcio de empresas para gerir o lixo

Fonte: JL

Dentro de 400 dias, a Prefeitura de Londrina espera começar a “virada” contra o caos que se arrasta no sistema de gestão de resíduos da cidade. Ontem, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) anunciou o passo inicial: a abertura do primeiro edital de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para o lixo. Ao mesmo tempo, a CMTU tenta uma saída para não prorrogar mais uma vez o atual contrato de coleta com a empresa MM, a vencer no fim de junho, enquanto finaliza os prazos para uma nova licitação para o serviço – provavelmente para a transição para o novo sistema, dentro do PMI.

O novo mecanismo permite a empresas, consórcios, universidades, cooperativas, institutos e organizações não-governamentais apresentarem, em 90 dias, modelos detalhados para a gestão de resíduos em todas as fases: transporte, segregação e destino final do lixo.

Após a escolha do modelo, a Prefeitura promete licitar o melhor formato para contratá-lo – e com a participação da sociedade, comprometeu-se ontem o prefeito Alexandre Kireeff.

“Há uma quantidade incrível de tecnologias e formatos que não podemos dispensar. A opção por uma delas não pode ser fruto da escolha exclusiva do prefeito ou da CMTU”, afirmou Carlos Geirinhas, presidente da companhia, no lançamento do novo formato de soluções para o lixo. “Mais de 10 empresas, inclusive da Itália, da Suíça e Noruega, já nos procuraram”, disse o presidente.

No novo formato, uma cooperativa de recicláveis, por exemplo, pode propor a manutenção da coleta porta a porta ou apresentar um formato inédito. Uma empresa de destino final pode oferecer um projeto de compactação diferente, aterro ou mesmo a produção de subprodutos derivados de resíduos. “Não queremos direcionar e sim contratar o que há de melhor”, afirma o prefeito Kireeff. Descartado, apenas, propostas que considerem a incineração de resíduos, proibida no Paraná.

A CMTU espera obter propostas baseadas em quatro premissas nomeadas por “Lixo Zero”: “As propostas têm que atender as leis ambientais brasileiras, fazer a inclusão social dos catadores, ter foco na educação ambiental da população e demonstrar o uso da tecnologia para alguma etapa do processo”, explica Geirinhas. Segundo o presidente, os catadores terão que obrigatoriamente se vincular a um dos consórcios que, no futuro, ganharão a licitação para o processamento de todo o lixo de Londrina. O prefeito Kireeff não vê conflitos na medida: argumenta que a entrega de todo o resíduo de Londrina para uma única operação pela iniciativa privada permitirá gerir todas as fases do processo e unificar o sistema. “É o que há de mais transparente possível”, opina.

Kireeff não quis arriscar se um novo modelo será mais caro do que o atual – hoje, a CMTU gasta acima de R$ 30 milhões/ano com a gestão de resíduos da cidade e arrecada menos da metade na taxa de lixo do IPTU. A outra metade da conta é paga pela Prefeitura, com dinheiro que falta em outras áreas. “Queremos um sistema mais barato do que o atual. Mas a conta final só será revelada quando as propostas chegarem a nós.”


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