Leia na Mercado em Foco: Para afastar doenças, seja feliz!

Fonte: Fernanda Bressan / Revista Mercado em Foco Quantas vezes você sorri por dia? A pergunta pode parecer provocativa, mas saiba que essa simples ação de abrir os lábios em […]

Apiki

Compartilhe com o universo

Compartilhar Leia na Mercado em Foco: Para afastar doenças, seja feliz! no Linkedin Compartilhar Leia na Mercado em Foco: Para afastar doenças, seja feliz! no Twitter Compartilhar Leia na Mercado em Foco: Para afastar doenças, seja feliz! no Facebook

Fonte: Fernanda Bressan / Revista Mercado em Foco


Quantas vezes você
sorri por dia? A pergunta pode parecer provocativa, mas saiba que
essa simples ação de abrir os lábios em um largo sorriso pode
fazer muito mais por você que uma pilha de remédios. Quando damos
uma bela risada, nosso cérebro produz e libera mais endorfina e
serotonina, substâncias diretamente ligadas às sensações de
prazer e bem-estar. A ação é tão positiva que ajuda até a
aliviar dores: sorrir é um analgésico natural.

Várias pesquisas já
foram realizadas ao redor do mundo para avaliar o poder do riso. Uma
delas, conduzida na Universidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA),
confirmou que o riso pode reduzir o risco de doenças cardíacas.
Foram pesquisados dois grupos de pessoas que tinham sofrido um ataque
cardíaco e estavam sob cuidados médicos. O primeiro assistiu a
vídeos de humor durante 20 minutos, todos os dias. Após um ano,
esse grupo apresentou uma queda de 66% da proteína C-reativa, que é
um marcador da inflamação e do risco de problemas cardiovasculares.
A queda dessa substância no outro grupo foi de apenas 26%.

De acordo com a
psicóloga Elsie Silva, o nosso humor, astral e emoções
influenciam, sim, na nossa saúde. “Podemos ficar doentes pelos
sentimentos que não são elaborados por nossa mente e, a partir
daí, aparecem como doença no corpo. Distúrbios emocionais,
insatisfações, aborrecimentos constantes, pessimismo e baixa
autoestima podem enfraquecer o corpo, causando diversas doenças”,
atesta.

A especialista
aponta ainda que muitas das dores crônicas têm como causa situações
emocionais. “Recentemente atendi uma senhora que há dois anos
vinha sentindo dores pelo corpo. Em sua primeira consulta, ela trouxe
uma sacola cheia de remédios, muitos para dor. Após um tempo, o que
foi percebido era que as dores crônicas apareceram logo após uma
grande perda, o que possibilitou entender que elas tinham origem
psicossomática. Nesse caso, teria que ser tratado o sintoma e também
o lado emocional do problema”, conta Elsie.

Dentre as doenças
que tem forte ligação com o nosso lado emocional está a depressão.
“O termo psicossomática pode ser entendido de uma maneira mais
simples como a origem psicológica de determinadas doenças
orgânicas. Um exemplo deste quadro seria a depressão, doença que
causa várias baixas no nosso organismo: baixa estima, baixa libido,
baixo sono, baixa energia”, destaca a psicóloga. Ela pontua que há
quadros depressivos ligados à predisposição genética, mas frisa
que muitos deles são acionados por emoções ou situações difíceis
na vida.

“Quando
sentimentos negativos como culpa, traumas e vulnerabilidades aparecem
e não falamos sobre isto, não entendemos o que sentimos, não
entramos em contato com isto e muitas vezes nosso corpo adoece para
que percebamos que algo está errado. Todos temos nosso órgão de
choque, em uns é a cabeça (dor de cabeça), outros o intestino,
outros dores em diferentes partes do corpo. Há pessoas em que isso
aparece como depressão”, elenca.

O fato de ser
psicossomático não diminui a veracidade desses sintomas. Elsie
Silva destaca que eles existem de fato. “Nesses casos, o primeiro
passo é descartar possíveis causas orgânicas, o segundo, se
necessário com ajuda de terapeuta, entender e tratar o emocional que
desencadeou o processo”, orienta. Se a causa está em emoções e
vivências mal elaboradas, é preciso tratá-las. “Conhecendo
nossas emoções, desenvolvemos um maior autocontrole sobre elas e,
por consequência, ganhamos bem-estar e com certeza adoeceremos
menos”, sentencia.

Microfisioterapia
busca raiz de dores e doenças

Dentre os
tratamentos e técnicas que olham para a importância do lado
emocional na saúde do indivíduo uma tem se destacado nos últimos
anos. É a microfisioterapia, de origem francesa. Pesquisando a fundo
o motivo pelo qual os pacientes retornavam sempre com a mesma queixa
de dor, os fisioterapeutas Daniel Grosjean e Patrice Bénini
descobriram que situações vividas e não devidamente superadas
pelas pessoas podem deixar marcas nas células, traumas que passam a
impedir o correto funcionamento do organismo.

“Quando
cortamos a pele superficialmente, logo há a cicatrização e não
percebemos mais a marca do acidente. Quando esse corte é mais
profundo, a pele e os tecidos também cicatrizam, mas no local fica o
sinal do que ocorreu. Essa mesma analogia pode ser usada para
situações vividas no campo das emoções. Perdas, frustrações,
tristezas e decepções que vivemos também podem cicatrizar deixando
marcas no nosso corpo. E essas marcas têm consequências, gerando
doenças das mais diversas”, explica o fisioterapeuta Afonso
Salgado, precursor da técnica no Brasil, que chegou aqui há uma
década.

“Pela
microfisioterapia conseguimos identificar a origem da insônia, da
enxaqueca, da alergia, da ansiedade e da dor crônica, para citar
alguns exemplos, e damos ao corpo instrumentos para que ele entre em
equilíbrio novamente. É o mesmo princípio da acupuntura e da
homeopatia”, cita o especialista.

Bénini vem com
frequência ao Brasil para ministrar cursos de microfisioterapia.
Para ele, “a micro é capaz de encontrar lesões do passado, do
presente e compreender o porquê que certas pessoas têm dificuldades
de ir para o futuro, de ser livre”. Ao mostrar ao corpo a causa da
dor, a técnica dá estímulos para que a própria célula reencontre
o equilíbrio e a saúde.

Ele e Grosjean
começaram os estudos sobre a microfisioterapia tendo como base a
embriologia e a filogênese. Eles foram observando que ao liberar
músculos do corpo, ele reagia de uma determinada forma. “Quando
liberávamos um músculo da família das vísceras, por exemplo, era
liberada a função de um órgão”, cita Bénini. Os
fisioterapeutas foram anotando todas as ligações e reações e
expandiram os testes em todo o corpo. “Percebemos que poderíamos
corrigir o corpo da cabeça aos pés. Pela filogênese criamos leis
no sistema nervoso que permitiu que elaborássemos a cartografia do
corpo. Isso nos conduziu a todas as lesões nervosas que também
envolvem disfunções musculares”, detalha o fisioterapeuta.

“Podemos dizer
que a técnica é extraordinária e preenche o desejo do terapeuta de
poder ajudar as pessoas a sair das dificuldades que lhe emperram a
vida. Com a micro, os corpos se reparam sozinhos, o terapeuta apenas
tira o grão de areia que estava emperrando a máquina”, compara
Bénini.

Leia também