Venda de artigos esportivos deve crescer 8% neste ano

Pesquisa aponta que mercado deve fechar com movimentação de R$ 16 bilhões e lojistas dizem que aumento da prática de esportes influencia mais do que a Copa

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Fonte: Folha de Londrina

A estimativa para as vendas de artigos e calçados esportivos neste ano é de alta de 8% sobre o ano passado, segundo a Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência. A previsão é que o mercado feche com R$ 16,3 bilhões em 2014 e que o consumo por pessoa seja de R$ 95,91 ante R$ 92,30 em 2013, motivado principalmente pelo crescimento da prática de esportes. 

Em Londrina, no entanto, os comerciantes esperam o início do verão antes de arriscar uma previsão de vendas, porque dizem que é o período de maior procura por artigos esportivos. Para eles, a Copa não rendeu tanto quanto o esperado, em parte porque significou uma substituição da demanda, com aumento da busca por artigos relacionados ao evento e queda no comércio de produtos em geral. 

Consultor da Associação Comercial do Paraná e diretor executivo do Instituto Datacenso, Claudio Shimoyama afirma que as perspectivas mais otimistas para o varejo nacional são de elevação nas vendas de 4% a 5%. Dentro desse cenário, ele considera possível que o segmento esportivo chegue a 8%, porque costuma ser um dos que puxam para cima os índices do setor. "Os calçados, por exemplo, estão sempre entre os produtos mais citados em intenção de compra ou para presentes, então é possível." 

Na Bolivar Esportes, em Londrina, a expectativa é de crescimento da vendas de ao menos 5%, dentro da média dos últimos anos. No entanto, é preciso esperar pelo movimento maior, tradicionalmente entre outubro e março, para apontar um índice mais preciso. "Por enquanto está estabilizado, mas, quando fica mais quente, sempre costuma aumentar o movimento nas lojas. Até mesmo o horário de verão é um incentivo para a prática de exercícios", diz o vendedor José Mario Vinhoto. 

Para a vendedora Juliana da Cunha Fonseca, da Londri Esportes, o comércio de produtos segue neste ano a instabilidade de outros segmentos do setor. "As pessoas estão praticando mais esportes e buscando mais roupas e artigos para esse fim, mas o varejo está mais fraco. Aliás, está igual ao do ano passado, que já não foi muito bom." 

Ambos dizem que a Copa gerou retorno menor do que o esperado. "Camisas do Brasil, cornetas e bandeiras venderam bem, mas o comércio de outros produtos parou durante a Copa", diz Juliana. "Vimos influência em dia de jogo do Brasil, mas não foi como esperávamos. Parece que quando a Copa foi em outros países, as vendas foram melhores", completa Vinhoto. 

Inovações
Juliana também considera que a moda fitness, para uso em academias ou em treinamento de corridas, é a que mais tem crescido. Para Vinhoto, há tendência de atrair consumidores pelos lançamentos de novos modelos e de inovações tecnológicas. 

Gestor social de esportes em Londrina, Eugênio Zaninelli diz que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com um estilo de vida mais saudável. Ex-promotor de corridas e consumidor de artigos esportivos, ele conta que a cidade passou a contar com vários clubes de corrida, o que ajuda a explicar o desenvolvimento do segmento. "As pessoas precisam fundamentalmente de novos calçados e roupas, mas também passaram a procurar uma camisa mais apropriada ou um medidor de batimentos cardíacos, por exemplo." 
 

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