As vendas do comércio varejista obtiveram crescimento de 2,4% de janeiro a novembro de 2014 no Paraná, mesmo índice acumulado no País. As maiores contribuições vieram dos setores de artigos de uso pessoal e doméstico (6,8%), artigos farmacêuticos, médicos, de perfumaria e cosméticos (5,5%), combustíveis e lubrificantes (5,1%) e supermercados (3,2%). Já os pesos negativos vieram de livros, jornais e papelaria (-20,8%), materiais de escritório, informática e comunicação (-18,5%) e móveis (-6,5%). Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando considerado o comércio varejista ampliado, o resultado geral do Estado, porém, passa a ser de queda de 3%. Esta análise inclui vendas de veículos, motocicletas e peças e de materiais de construção, ambos com quedas acumuladas de 10,9% e 2,4%, respectivamente, até novembro. O consultor econômico da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Marcos Rambalducci, considera que o alto grau de endividamento das famílias, em função das facilidades de crédito no passado, acabaram por comprometer a renda e inibir a compra de bens de maior valor.
“As pessoas não trocam de guarda-roupas nem de carro a cada seis meses e, como não puderam comprar bens duráveis, migraram para produtos de menor valor, para suprir o prazer do consumo”, explica, destacando o desempenho positivo do comércio varejista, que inclui os produtos de aquisição mais frequente, como os vendidos em supermercados. Para o economista, o primeiro semestre desse ano deve ser de espera por ajustes governamentais.
“Ainda não há sinalização clara do governo de que vá solucionar os problemas macroeconômicos e buscar equilíbrio fiscal. As pessoas não estão seguras, além disso, a gente não sabe se vai haver onda de desemprego”, ressalta. Em Londrina, onde os serviços e o comércio são os principais motores da economia, o impacto de um desempenho fraco do setor pesa ainda mais, no entanto, Rambalducci destaca que todo o Paraná vem sendo atingido pela atual crise.
“A indústria paranaense está bastante apoiada na automotiva e na de móveis, o que significa que o Estado deve ter sofrido mais que o restante do País”, avalia. O IBGE deve divulgar em fevereiro o desempenho total do comércio em 2014, o que, para o economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Francisco José de Castro, não deve alterar muito o panorama.
“Dezembro não deve ter sido melhor que do ano anterior, porque muita gente aproveitou o 13º salário para quitar ou amenizar dívidas”, explica. Castro diz que os dados conjunturais e de consumo mostram que a inflação está tirando parte da condição de vida dos brasileiros e dos paranaenses, influenciando no poder de compra.
“Eu fiz um levantamento com dados do Banco Central que mostra que 80% dos créditos concedidos são de cheque especial e cartão de crédito, ambos com alto potencial de endividamento”, revela. Castro alerta que há sinalizações de demissões em alguns setores da economia, como vem ocorrendo no automotivo, prenunciando novas reduções de renda e, consequentemente, de consumo.
Quando considerado o comércio varejista ampliado, o resultado geral do Estado, porém, passa a ser de queda de 3%. Esta análise inclui vendas de veículos, motocicletas e peças e de materiais de construção, ambos com quedas acumuladas de 10,9% e 2,4%, respectivamente, até novembro. O consultor econômico da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Marcos Rambalducci, considera que o alto grau de endividamento das famílias, em função das facilidades de crédito no passado, acabaram por comprometer a renda e inibir a compra de bens de maior valor.
“As pessoas não trocam de guarda-roupas nem de carro a cada seis meses e, como não puderam comprar bens duráveis, migraram para produtos de menor valor, para suprir o prazer do consumo”, explica, destacando o desempenho positivo do comércio varejista, que inclui os produtos de aquisição mais frequente, como os vendidos em supermercados. Para o economista, o primeiro semestre desse ano deve ser de espera por ajustes governamentais.
“Ainda não há sinalização clara do governo de que vá solucionar os problemas macroeconômicos e buscar equilíbrio fiscal. As pessoas não estão seguras, além disso, a gente não sabe se vai haver onda de desemprego”, ressalta. Em Londrina, onde os serviços e o comércio são os principais motores da economia, o impacto de um desempenho fraco do setor pesa ainda mais, no entanto, Rambalducci destaca que todo o Paraná vem sendo atingido pela atual crise.
“A indústria paranaense está bastante apoiada na automotiva e na de móveis, o que significa que o Estado deve ter sofrido mais que o restante do País”, avalia. O IBGE deve divulgar em fevereiro o desempenho total do comércio em 2014, o que, para o economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Francisco José de Castro, não deve alterar muito o panorama.
“Dezembro não deve ter sido melhor que do ano anterior, porque muita gente aproveitou o 13º salário para quitar ou amenizar dívidas”, explica. Castro diz que os dados conjunturais e de consumo mostram que a inflação está tirando parte da condição de vida dos brasileiros e dos paranaenses, influenciando no poder de compra.
“Eu fiz um levantamento com dados do Banco Central que mostra que 80% dos créditos concedidos são de cheque especial e cartão de crédito, ambos com alto potencial de endividamento”, revela. Castro alerta que há sinalizações de demissões em alguns setores da economia, como vem ocorrendo no automotivo, prenunciando novas reduções de renda e, consequentemente, de consumo.