Mesmo inacabado, Jardim Botânico de Londrina é reaberto ao público

Fonte: JL

Após dois anos de espera e quase R$ 17 milhões investidos, o Jardim Botânico foi reaberto ao público. Desde a manhã de ontem, a estrutura erguida na zona sul está liberada para visitação. Isto, no entanto, não significa que as obras terminaram. Várias atrações, que começaram a ser construídas em 2008, permanecem inacabadas e, por isso, o acesso é restrito. A primeira fase de obras segue em andamento. E há outras duas pela frente.

Visitantes

Entre os primeiros visitantes na reabertura do Jardim Botânico estava a estudante Yolanda Marques, que todos os dias faz caminhadas nas proximidades do parque. Ao lado do marido, o advogado Benedito de Almeida, ela conheceu o que havia de novo no local. “Ainda falta muito para melhorar, mas, se tiver um mínimo de estrutura, como estão prometendo para janeiro, acho que vale manter [o parque] aberto.”

O aposentado José Eduardo Borges também foi na manhã de ontem ao Jardim Botânico. Ele, que aprovou as mudanças realizadas, tem um motivo especial para visitar o local. Ele ganhou da irmã há cinco anos uma muda de Baobá, trazida do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ), que plantou no ano passado no jardim londrinense, após autorização. “Toda semana passo umas duas vezes no Jardim Botânico para cuidar dela.”

Serviço

A população pode visitar o Jardim Botânico de quarta-feira a domingo, sempre das 9 horas às 19 horas. As segundas e terças-feiras serão destinadas à continuação das obras.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, a reabertura foi feita antes do fim das obras da primeira fase por conta da cobrança da população. “O Jardim Botânico deveria ter sido inaugurado há muito tempo, mas só agora conseguimos garantir segurança e estrutura mínimas”, explicou. A pista de caminhada, a ciclovia e o arboreto, onde é possível conhecer algumas espécies de plantas, estão prontos. O centro de visitantes e as trilhas devem ser inaugurados até o fim do mês que vem.

Os lagos artificiais também podem ser visitados, mas os tanques serão drenados a partir de janeiro e, depois, reformados. Infiltrações na base do lago acabaram por “sugar” parte da água e a vazão do Ribeirão Cafezal foi insuficiente para completá-lo, com o efeito cascata planejado na primeira fase. O problema jogou a obra para a segunda fase, que deve começar em março do ano que vem.

Por enquanto, há somente banheiros químicos. A instalação definitiva de sanitários deve ocorrer também durante a segunda fase das obras, que vai incluir ainda três estufas de vidro de 17 metros de altura, um viveiro de mudas, um anfiteatro ao ar livre e salas de aulas. O edital de licitação dessa fase, orçada em R$ 5,1 milhões, deve ser apresentado em janeiro.

Segundo Cheida, a verba utilizada no Jardim Botânico foi captada de multas ambientais. Para a conclusão das obras ainda está prevista uma terceira etapa, com a instalação de jardins temáticos, de um restaurante e de um mirante. O valor e a previsão de execução dos trabalhos não foram informados.