Fonte: Paulo Briguet/Revista Mercado em Foco
A relação de Londrina com o inglês começa pelo próprio nome da cidade, em referência à capital do império britânico. Ou até mesmo antes disso: há cerca de 80 anos, um jovem chamado Arthur Thomas encontrou-se numa rua de Londres com seu conterrâneo escocês Simon Joseph Fraser. Lord Lovat, como era mais conhecido, perguntou a Thomas se ele estaria interessado em participar de um projeto de colonização na América do Sul. A conversa, naturalmente, foi feita em inglês. Em outras palavras: Londrina começou a nascer como empresa – e foi pensada originalmente no idioma de Shakespeare, Milton e Keats. A Filha de Londres também é filha do inglês.
Oito décadas depois daquela encontro na City, Alan Thomas, neto de Arthur, é proprietário da Cultura Inglesa em Londrina. Perguntamos ao empresário do inglês o que ele acha do inglês dos empresários. “Sem dúvida que o inglês dos empresários londrinenses melhorou bastante. Ele está bem integrado ao mundo moderno. E a tendência, com os jovens tomando as rédeas dos negócios, é que os empresários daqui falem cada vez melhor.”
No final dos anos 90, Fabiano Teixeira fez o percurso inverso ao de Arthur Thomas e deixou Londrina para morar em Londres. Quando voltou, em 2012, não teve uma impressão assim tão favorável do inglês de seus conterrâneos. “Percebi que as pessoas estudam muito inglês, mas não falam inglês”, diz. “Vi que era preciso soltar mais esse inglês, mesmo com alguns erros, mas tendo a possibilidade de se comunicar.”
Foi então que Fabiano e a esposa Dora Horvath – inglesa “da gema” que ele conheceu em Londres – decidiram vir para a Terra Vermelha e montar uma escola de inglês diferente. Na verdade, a FD English não é bem uma escola: é uma equipe de professores – o casal e mais dois brasileiros – que ministram aulas particulares customizadas para empresários, profissionais liberais e outras pessoas interessadas em dominar o idioma ainda considerado como universal. O casal se locomove em um automóvel que leva as aulas para onde o aluno desejar. Pode até ser a mesa de uma padaria. “Para a pessoa que trabalha, que tem a vida muito ocupada, oferecemos o inglês que ela precisa”, explica Fabiano. “Não queremos que a pessoa fique ‘acorrentada’ a um curso ou um material didático. O importante é que o aluno fale inglês. Usamos um dos melhores livros de gramática para ensino do idioma, que é o Cambridge 2012. Mas o aluno não foi feito para o livro: o livro foi feito para o aluno.”
Mariângela Luciano dos Santos trabalha com ensino de inglês há mais de 30 anos. Atentas às necessidades do meio empresarial, ela e a sócia Janete Gonzalez criaram em 2009 a escola Top Courses, especializada em inglês customizado. “Nas últimas décadas, a demanda pelo ensino de inglês cresceu bastante. Inicialmente, era só o pessoal de multinacionais que precisava. Depois, abriu-se a demanda na área acadêmica, com as provas de proficiência para mestrado e doutorado. Com a internacionalização da economia, abriu-se um leque enorme. E nós atendemos às necessidades específicas dos empresários e profissionais liberais que precisam falar, ler e escrever inglês corretamente.” Para Alan Thomas, da Cultura Inglesa, o inglês passou a ser decisivo para a evolução das empresas. “Hoje em dia, qualquer negócio feito no exterior vai exigir conversação em inglês. E pense nas mudanças que têm ocorrido em grandes empresas como a Milenia. Quem falava inglês teve muito mais ativamente dos processos de transformação.”
A Wizard Centro, localizada na Rua Paranaguá, acompanhou todas essas transformações na demanda pelo ensino de inglês. Fundada há 28 anos, a escola conta hoje com 1.308 alunos e 45 funcionários, sendo 23 professores. Não é apenas uma escola de inglês, mas também de espanhol, francês, italiano, alemão, japonês, mandarim e português para estrangeiros. Perguntamos a Ana Cláudia Leão, diretora-proprietária da escola, qual seria a palavra para definir a Wizard Centro, e ela não titubeia: “Sucesso”.
A empresária do inglês quer melhorar o inglês do empresário. Segundo ela, há diversas razões para aprender inglês nos dias de hoje: aprimorar relações comerciais com clientes de outros países; aumentar a bagagem cultural com vistas a viagens de negócios; atender clientes estrangeiros que visitam Londrina sem necessidade de intérprete; estar em dia com as novidades tecnológicas mais modernas (pois quase todos os sites de negócios e aplicativos avançados estão disponíveis em inglês). Mas há também outra razão: aproximar-se dos filhos. “Sempre percebi que os pais investiam no inglês dos filhos, mas muito pouco no próprio inglês. Não é só uma questão de trabalho, mas de se comunicar melhor com os filhos em casa. Temos vários exemplos de empresários e profissionais liberais que passaram a fazer inglês na Wizard depois que os filhos se matricularam”, relata Ana Cláudia.
Embora a Wizard faça o chamado atendimento “in company”, com aulas na própria sede das empresas, o coordenador pedagógico Eduardo Louzada acredita que o melhor mesmo é que os empresários e seus colaboradores tenham aulas na própria escola. “No ambiente de trabalho, a pessoa permanece ligada aos problemas do cotidiano”, diz Lozada. “A partir do momento em que o empresário ou funcionário vem para a escola, ele consegue se desligar. E aqui tem uma sala com ar condicionado, o professor esperando por ele. O aluno relaxa e aprende melhor”.
As novas tecnologias representaram um impacto muito importante no ensino de inglês. A Wizard tem a sua famosa WizPen, que repassa aulas e tarefas gravadas onde quer que o aluno vá. Além disso, há o Speak, um site com professores nativos de plantão 24 horas por dia. Se o aluno tiver uma dúvida, é só se comunicar pelo Skype. “E é 24 horas por dia mesmo. Só para testar, já acessei o Speak em vários horários inusitados, e sempre havia um professor para esclarecer as dúvidas.”
Horários inusitados também não constituem problema para a Top Courses. A professora Mariângela Luciano dos Santos costuma atender pelo Skype clientes nos mais variados locais. Pode ser aquela aula às sete da manhã, no quarto de um hotel ou no saguão de um aeroporto. “O que fazemos na Top Courses é muito diferente. Tratamos cada caso com um caso e nos adaptamos ao tempo e à agenda de cada aluno. O resultado é que tenho alunos, executivos no Rio e em São Paulo, que nunca vi pessoalmente. Só por Skype”, revela. Houve até um aluno – funcionário de uma multinacional – que pediu para Janete Gonzalez acompanhar, de maneira oculta, uma reunião que ele teria com uma alta executiva do grupo. “Ele pediu à Janete que avaliasse e monitorasse a performance dele no inglês. E pediu ainda que ela chamasse a atenção dele para algumas palavras ou expressões que ele não estivesse compreendendo”, conta Mariângela. Por essas e outras, ela diz que a Top Courses não é bem uma escola de inglês, mas “uma empresa que oferece soluções para quem precisa do idioma”.
Para Fabiano Teixeira e Dora Horvath, o momento mais gratificante do trabalho da FD English é constatar que um aluno venceu sua timidez, encheu-se de autoconfiança e conseguiu realizar um excelente negócio por meio do inglês. Fabiano relata um caso: “Tínhamos um aluno que falava muito pouco de inglês, quase nada. Não tinha autoconfiança nenhuma, e muito medo de falar errado. Um dia ele descobriu que o chinês do outro lado não falava inglês perfeito. Entre a comunicação parcial e o inglês perfeito, eu fico com a comunicação parcial. A pessoa pode ser dar ao direito de falar inglês imperfeito e não perder o negócio. O inglês é um meio, não um fim.” Ao lado de Fabiano, Dora, a londrina da gema, resume o espírito da coisa: “We like happy students”.
Se você não entendeu a última frase, meu amigo, está na hora de procurar um empresário do inglês.
Serviço:
Cultura Inglesa Londrina – (43) 3323-7700 – www.culturainglesalondrina.com.br
FD English – (43) 3338-4264 – www.fdenglish.com
Top Courses – (43) 3337-1100 – www.topcourses.com
Wizard Centro – (43) 3321-4709 – www.wizardlondrina.com.br