Rua Paranaguá é nova rota gastronômica de Londrina

Empresários descobrem nova vocação para área nobre residencial no centro da cidade

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Fonte: Jornal de Londrina

Nos últimos anos, a Rua Paranaguá – que já é um cobiçado endereço residencial – tornou-se uma nova rota gastronômica e de lazer, em pleno centro de Londrina. A região nobre, cujos edifícios ainda mantêm uma alta concentração populacional, está passando por uma mudança de perfil. Só nos últimos três anos, nos três quarteirões localizados entre as ruas Pio XII e Goiás, se instalaram uma temakeria, dois bares e um pub. Uma rede de comida japonesa, de São Paulo, também está em vias de implantação. Além disso, há ainda uma pizzaria e outros estabelecimentos instalados em vários pontos da rua.

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Norte do Paraná (Abrasel), Arnaldo Falanca, não é estranho que empresários do ramo tenham “descoberto” a Paranaguá. Segundo ele, a rua já tem um conceito diferenciado, localizada em um quadrilátero central que atrai um público de alto nível. “É comum investidores procurarem lugares mais movimentados, que atraem mais público, para sediar seus empreendimentos. Quanto mais variedade de opções temáticas ali, mais gente interessada em abrir negócios vai ter.”

Para Falanca, é normal que áreas sejam segmentadas em setores comerciais. “São Paulo e Curitiba têm ruas gastronômicas que atraem multidões. O turismo gastronômico é excelente para a cidade.” Ele diz que o fato de a região ser extremamente populosa também é benéfico para os negócios já que a concorrência hoje estaria “nos espaços gourmet dos condomínios ou das churrasqueiras em sacadas”. “Hoje, tem a Lei Seca, que não permite que alguém beba um copo de vinho e dirija. Com bares e restaurantes vizinhos ao seu prédio, o lazer está garantido porque você pode ir a pé.”

O consultor do Sebrae Rubens Fernandes Negrão diz que a concentração de empresas e a tematização de uma rua “facilitam a vida do consumidor”, que pode escolher entre várias opções a que mais lhe agrada. “Isso beneficia também o pequeno empresário, que não terá custos maiores para levar o consumidor até seu ponto só pelo fato de estar inserido numa área de movimento. A atração é a rua. Ele só vai ter que garantir seu diferencial para que o cliente entre em sua empresa.” Segundo ele, a tematização de ruas é comum em cidades turísticas. “E é o que acontece nas praças de alimentação de um shopping, por exemplo.” De acordo com Negrão, apenas empresas destinadas a classe AA podem dar-se ao luxo de escolher se instalar em um bairro mais afastado.

Pesquisa

Segundo o consultor do Sebrae, o fato de a rua estar inserida em uma região populosa também é positivo. Um estudo realizado pela Chiusoli Pesquisas, encomendado pelo Sebrae, demonstra que a população prefere consumir em empresas do seu bairro. Dos 15 segmentos pesquisados – incluindo bares, restaurantes e lanchonetes -, os 1.001 entrevistados apontaram a localização do empreendimento como fator decisivo na hora da compra e que também preferem consumir no bairro onde moram. A única exceção foi o segmento de roupas, no qual ficou claro que a maioria prefere se deslocar ao centro. 

A pesquisa apontou que 64,7% dos entrevistados escolhem restaurantes no centro e 72,4% dos moradores da região consomem no bairro onde moram. 

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