Contar uma história envolvente é um caminho interessante para capturar a atenção da audiência que interessa para negócios e empresas de qualquer tamanho.
Contar histórias ajuda a vender e cria conexão, defende Bruno Scartozzoni, planejador estratégico de comunicação que trabalha com corporações como a Nokia, Nestlé, Sony, AmBev, Sebrae e Caixa.
“Pessoas se importam com pessoas, não com coisas nem empresas. Contar histórias é uma forma de fazer conexão na hora de vender um produto, apresentar uma ideia ou simplesmente engajar a audiência para o seu blog”, explica Bruno, que esteve segunda (11) em Londrina para a oficina “Gerando Valor a Produtos de Território”, a convite do Sesi e do Cifal (Centro de Formação de Atores Locais para a América Latina).
Segundo Bruno, histórias ajudam a criar interesse para negócios de forma atraente e a ferramenta do Storytelling pode ser usada por grandes empresas – como o famoso clipe da Volkswagen, com uma despedida sentimental da fabricação da Kombi – ou por pequenos negócios -inclusive pessoas e ongs.
“Qualquer profissional liberal pode aumentar a sua presença com uma história: um consultor, um advogado, um contador, um professor, um médico. Contar a própria história pode ser uma boa. A técnica é antiga, aberta e do conhecimento de todos. A novidade é que quem não dava bola para isso, agora se interessa”, aconselha o consultor. “Uma história envolvente sobre um produto ou pessoa tem muito mais chances de ser reconhecida. No fundo, tem a ver com a batalha pela atenção”, explica.
“Por trás de todo empreendedor, existe sempre uma boa história”, argumenta.
Para o consultor, contar a forma como um produto ou empresa se desenvolveu de forma mais pessoal, no entanto, não significa esconder falhas e só expor a parte positiva do sucesso: “Isso é extremamente chato. As empresas também são feitas de fracasso e contá-los também ajuda a aproximar. Se a sua história não tiver um problema, uma dificuldade – e ela sempre tem – não emociona quem te interessa”.
Como exemplo, Bruno cita o filme “O Náufrago”, com Tom Hanks. “A história do funcionário da FedEx perdido em uma ilha com uma bola da marca Wilson. É uma história emocionante por si ou parece ter sido financiada pela empresa? Ninguém sabe, mas independente de quem pagou o filme, é envolvente e emocionante”.
Contar histórias vende
1 –Tenha um personagem: conte fatos sobre alguém com quem o público se identifique e se preocupe em um nível mais pessoal, como se ouvisse a história de um amigo.
2 – Apresente um “perrengue”: pode parecer conflitante, mas contar as partes ruins do negócio ou do processo também transmite sinceridade e confiança. Nem tudo são flores todo tempo dentro das empresas e na vida das pessoas.
3 – Conte com emoção: storytelling é sobre emoções. Ponha uma boa dose de carga emocional, detalhe eventos que quebrem a rotina e marquem transformações.
4 – Fuja de rotinas: a não ser que você conte algo relativo a uma personalidade envolvida no seu negócio ou projeto, evite relatos de ações cotidianas. As pessoas gostam e querem ouvir experiências que acrescentem e tragam algo relevante para elas. Não é preciso ser espetacular ou extraordinário: o simples também atrai atenção e público de forma honesta.
5 – Comece consigo mesmo: se a sua história de vida fosse um filme, como você a contaria como uma sinopse? O exercício pode dar uma boa ideia de como contar a história.
6 – Escolha o meio ideal: de acordo com a sua atividade, pode ser em uma palestra, um texto nas redes sociais, um vídeo, uma foto no site ou no blog do seu negócio. Ou aqui no JL.