E-commerce viabiliza empresas jovens na região

Vendas on-line permitem o alcance de novos mercados sem custos excessivos

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Fonte: Folha de Londrina


O comércio on-line está em franca expansão no Brasil. Até o final deste ano, o setor deve movimentar R$ 35 bilhões, resultado 21% superior ao registrado em 2013. Só no primeiro semestre, o faturamento com vendas pela web atingiu R$ 16 bilhões, um crescimento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da 30ª edição do Webshoppers, levantamento da E-bit, empresa especializada em informações sobre o comércio eletrônico. 

A partir dessas informações é possível entendermos o potencial das vendas on-line em todo o País e as possibilidades que esse universo oferece aos empreendedores. Por serem familiarizados com a linguagem, os jovens tendem a ser bem sucedidos na plataforma, como destaca a consultora de negócios on-line, Fernanda Musardo. 

“É mais natural para o jovem pensar em e-commerce, porque ele identifica mais fácil as oportunidades de mercado; provavelmente eles foram atrás daquele produto e não encontraram”, explica. Foi o que aconteceu com as londrinenses Daniela Paiva e Renata Sahão. As duas profissionais de moda, ambas de 27 anos, se conheceram em Curitiba e comemoram os dois anos de existência da Siesta, marca própria de pijamas e homeware que já nasceu no e-commerce e hoje pode ser encontrada em lojas multimarcas de outros Estados. 

“Sempre amei pijamas, esse estilo mais despojado de se vestir, com conforto. Tem gente que fala ‘parece roupa’, essa é a intenção mesmo, estar arrumada dentro de casa”, diz Renata, que pesquisou o nicho durante a faculdade. Segundo as empreendedoras, o produto nasceu a partir de uma carência de pijamas “descolados” no mercado. “A oferta está muito nos infantis ou sensuais, não identificamos concorrentes diretos no tipo de produto que criamos”, afirma Daniela. 

Cerca de 60% das vendas da Siesta se dão por meio da plataforma on-line e todo o marketing é muito bem pensado. “Não adianta ter site se você não divulga”, destaca Renata. “A gente monta campanhas em ‘adwords’; como pijama não tem tanta necessidade de provar, é mais fácil, e o nosso índice de troca é muito pequeno”, completa Daniela. Por meio das redes sociais, como Facebook e Instagram, as empresárias divulgam as novas coleções e mantêm contato com os clientes. 

No momento, elas trabalham na criação da coleção de inverno da Siesta, uma antecedência exigida pelas grandes redes multimarcas, onde estão inserindo suas peças, produzidas 100% em algodão ou malha por costureiras de Londrina. A marca já pode ser encontrada em lojas na cidade, em Ivaiporã (Norte), Campinas (SP) e São Paulo. 

“Vender por atacado para lojas multimarcas é diferente porque tem que estar com a coleção pronta seis meses antes; para vender pela internet, basta um mês de antecedência”, compara Daniela. A abertura de uma loja própria ainda não é consenso entre as sócias: Renata quer, Daniela não. Para ela, as vendas on-line ainda vão crescer muito “porque tem gente que ainda tem receio” de comprar pela web. 

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