Com chegada de mais uma empresa, call center deve alcançar 5,6 mil vagas em Londrina

Fonte: Jornal de Londrina Londrina virou o paraíso das empresas de call center. Depois da pioneira Dedic – hoje pertencente ao grupo Contax -, o Município atraiu algumas empresas de TI […]

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Fonte: Jornal de Londrina


Londrina virou o paraíso das empresas de call center. Depois da pioneira Dedic – hoje pertencente ao grupo Contax -, o Município atraiu algumas empresas de TI e atendimento, como a francesa Atos, a japonesa NTT Data e a israelense eWave. Já são cerca de 4 mil empregos na área. Agora, outra grande empresa de contact center está se instalando na cidade. A Vikstar, empresa de capital nacional com três unidades operacionais já em atividade no Brasil, pretende, até o segundo semestre deste ano, contratar 1,6 mil operadores. A seleção já começou e, até o final deste mês, deve contratar 640 funcionários de vários níveis.

Segundo o departamento de Marketing da empresa, foi feita uma pesquisa técnica em 340 municípios brasileiros e Londrina ficou entre as melhores alternativas para a implantação do negócio. Segundo uma nota divulgada, “o povo de Londrina tem uma cultura vasta e educação de qualidade. A cidade possui várias escolas técnicas e universidades, o que gera mão de obra qualificada para o nosso negócio”. A empresa também destaca a alta qualidade de vida do Município, “o que eleva a satisfação do funcionário”.

A Vikstar atua desde 2009 na área de contact center e hoje tem duas unidades em São Paulo e uma no Piauí, com 9 mil funcionários em seus quadros. A empresa não quis divulgar qual será o investimento na criação da unidade de Londrina.

Segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, o Município vê com bons olhos essas vagas de trabalho porque, segundo ele, é a oportunidade do primeiro emprego.

“Essas vagas acabam alimentando milhares de pessoas que precisam trabalhar e estudar.” Segundo ele, esses trabalhadores – em sua maioria, jovens – contribuem com a renda familiar. “A alta rotatividade é explicada justamente por isso: por ser o primeiro emprego, conforme vão adquirindo mais segurança, buscam novas oportunidades.”

De acordo com Veronesi, não é surpresa que a Vikstar tenha escolhido Londrina entre mais de 300 possibilidades. “É uma cidade com boa formação, boas escolas e, principalmente, com uma pessoa que domina a língua portuguesa sem um sotaque tão carregado quanto o de outras regiões.”

Além disso, para ele, o fato de cerca de 10% da população ser de universitários impressiona. “Nós nem percebemos como esse dado é importante porque estamos acostumados. Mas para empresas de fora, é muito atrativo.” Principalmente, segundo ele, na área de prestação de serviços.

Para o coordenador de Tecnologia da Informação do Senai, Rosmar Aparecido da Luz, embora a Vikstar não tenha um nível de atendimento especializado como as empresas de TI já instaladas, sempre é interessante contar com esse tipo de vaga de empregos para o jovem. “Para uma grande quantidade de jovens da região é a oportunidade do primeiro emprego. E para as empresas também é vantajoso porque sabem que vão encontrar um perfil de funcionário mais avançado”, explica.

Serviço – A Vikstar tem vagas em diversos setores e para diversos níveis de escolaridade, como atendentes, coordenadores, supervisores, área técnica, limpeza, recepção, recursos humanos, administrativo e financeiro. Interessados podem enviar currículo no e-mail vagaslondrina@vikstar.com.br.

Condições de trabalho são inadequadas, diz Sinttel

O diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Paraná (Sinttel), João Henrique Schimidt, afirma que o que mais prejudica o setor de call center são as condições de trabalho inadequadas, que acabam afastando os funcionários. “Não são nem os baixos salários. De modo geral, o salário mínimo que é pago acaba sendo compensado por benefícios atraentes, como vale-alimentação, bons planos de saúde e, em alguns casos, participação nos lucros”, explica.

Ele diz que a instalação da Vikstar é bem-vinda, mas acredita que a empresa terá dificuldades em preencher tantas vagas, a menos que ofereça diferenciais aos trabalhadores. “O mercado está meio saturado e a mão de obra está migrando para outras áreas, está escassa.”

De acordo com Schimidt, a grande maioria de trabalhadores nos call centers de Londrina é formada por jovens, que aliam o trabalho de seis horas com o estudo. “Mas também há donas de casa e mães que escolhem essa área só por causa da carga horária reduzida, ou daqueles que querem trabalhar em dois empregos”, explica.

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