A Cidade Industrial e o futuro de Londrina

Alexandre Kireeff sanciona compra de terreno para parque industrial e fala sobre a correlação entre desenvolvimento econômico e social

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Por Paulo Briguet/Equipe ACIL

Quem é de Londrina conhece o Jair Bacaninha, que durante mais de 20 anos morou
no canteiro da Avenida Dez de Dezembro com a Rua Tremembés. O nome deste
personagem urbano foi citado ontem pelo prefeito Alexandre Kireeff ao sancionar
a lei que autoriza a compra de terreno para a instalação da Cidade Industrial
de Londrina (Cilon) na Zona Noroeste. Por que o prefeito citou Bacaninha? Você
logo vai saber.


Pela lei nº 12.242, sanciona nesta quinta-feira, o Município adquire dois lotes
na Gleba Jacutinga, totalizando 1,12 milhão de metros quadrados (ou 46,58
alqueires), onde será implantada a Cidade Industrial. Essa área está localizada
no final da Avenida Saul Elkind (sentido Londrina-Cambé), a 3,6 km da PR-445 e
da BR-369 – um ponto estratégico para a industrialização da cidade. “É um passo
fundamental para a mudança da matriz econômica de Londrina”, disse o prefeito.


O novo polo industrial de Londrina contará com infraestrutura completa: rede de
água, esgoto, energia, galerias pluviais e pavimentação. Serão oferecidos 255
lotes, cada um com 2 mil metros quadrados em média. A área na Gleba Jacutinga
foi adquirida por R$ 24 milhões, que serão pagos em oito anos.


O prefeito Alexandre Kireeff destacou que o novo parque industrial nasce sob a
égide da sustentabilidade. “E nós entendemos, por sustentável, um
empreendimento que se baseia no equilíbrio ambiental, econômico e social”,
afirmou. “Estamos cumprindo todas as etapas necessárias para a industrialização
do município. Não existe atalho.” Kireeff observou ainda que os frutos dessa
iniciativa serão colhidos a médio prazo. “Nossas ações têm em vista o futuro da
cidade e não se encerram dentro de um mandato.”


O presidente da ACIL, Valter Luiz Orsi, diz que a criação da Cidade Industrial
vem ao encontro dos anseios da população londrinense, fato já comprovado em
pesquisa realizada pelo Fórum Desenvolve Londrina. “Há alguns anos, as
entidades da sociedade civil londrinense iniciaram uma campanha para a
instalação de faculdade de Engenharia em Londrina. Esse anseio foi atendido;
hoje temos mais de 10 cursos da área em Londrina. Agora são as faculdades que
pedem indústrias para empregar os seus formandos”, comentou Orsi.


E o Bacaninha? Por que razão foi citado? Após um intenso trabalho capitaneado
pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Jair Bacaninha não mora mais
no meio da rua: está sob os cuidados de uma entidade assistencial.  Uma foto sua, bem disposto e saudável, foi
publicada numa rede social pela secretária Télcia Lamônica. O prefeito explica:
“É preciso saber que a Cidade Industrial e o desenvolvimento econômico da
cidade são fundamentais para que possamos realizar os atendimentos na área
social”. Sem os recursos gerados pela atividade econômica, as escolas, postos
de saúde e entidades assistenciais simplesmente não existiriam. E Jair
Bacaninha ainda estaria morando na rua.

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