ACIL envia carta aberta ao Governador do Paraná

Diretoria Executiva da ACIL pede ações concretas para evitar o fechamento de empresas e a perda de postos de trabalho no Estado

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Sr. Governador Beto Richa:


As empresas do Paraná estão morrendo.
 Sem empresas, não há
desenvolvimento. Sem empresas, não há emprego. Sem empresas, não há renda. Sem
empresas, não há geração de valor. Sem empresas, não há pagamento de impostos.
Sem empresas, não há justiça social. O Governo do Estado precisa adotar medidas
urgentes – e profundas – para salvar as empresas paranaenses e, com elas, o
futuro de nosso povo.

As empresas estão fechando as portas porque não suportam mais a carga de
impostos a que foram submetidas. O aumento do ICMS, já no início deste mandato,
foi um duro golpe, que está inviabilizando a produção e a circulação de
mercadorias no Estado. Com esse peso tributário nas costas do empresariado,
torna-se cada vez mais difícil – e muitas vezes impossível – investir em
produtividade, algo indispensável para a superação da crise. Ninguém mais
suporta conviver com esses impostos pela hora da morte. Os empresários
simplesmente não conseguem mais dar conta de cumprir com essas obrigações
tributárias desvinculadas da realidade. É preciso baixar impostos – agora! Já
está mais do que provado, pela ciência econômica, que uma carga reduzida de
tributos acabará por favorecer a receita do setor público. Empresa fechada
não paga imposto.

As empresas estão apagando as luzes porque não conseguem arcar com altos custos
da energia elétrica. Embora o valor do aumento divulgado seja de 50%, a conta
real é bem mais amarga: em muitos casos, mais de 125%. Todos os dias nossas
entidades são informadas sobre o fechamento de empresas, especialmente no setor
industrial. O custo da eletricidade está matando a galinha dos ovos de ouro.
Sabemos que o Governo Federal faltou com a verdade e teve um desempenho
desastroso na gestão do setor elétrico, mas o fato é que o Paraná também tem a
sua cota de responsabilidade nos valores exorbitantes que encontramos em nossas
taxas de eletricidade. Até porque o ICMS é um dos elementos que mais pesam no
valor final a ser pago pelos empresários. Onde está a prometida luz no fim
do túnel?

O IPVA também subiu. O pedágio também subiu. A água também subiu. A combinação
entre alta de impostos e alta de eletricidade resulta na extinção diária de
postos de trabalho no Paraná. Sabemos que o melhor programa social que pode
existir é o emprego. Mas aonde chegaremos se o Estado continuar sufocando a
atividade empresarial que gera trabalho e renda para a população?

Senhor Governador, o peso da máquina pública precisa diminuir. É necessário
colocar em prática um programa emergencial para reforma do Estado, com redução
do número de secretarias; extinção maciça de cargos comissionados;
desestatização de setores que podem ser conduzidos com muito mais eficiência
pela iniciativa privada; e fim dos privilégios aos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário. É preciso cortar na carne, governador.

A classe empresarial e a imensa maioria da população paranaense já tiveram sua
cota de sacrifício. Agora, Senhor Governador, é preciso olhar para o amanhã e
ter um gesto de grandeza para correção dos equívocos do passado com
planejamento do futuro. Só assim vamos vencer a crise e recuperar a esperança
do empresário e do cidadão paranaense.

– Diretoria Executiva da ACIL – Associação Comercial e Industrial de
Londrina

 

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