Fonte: Folha
de Londrina
São Paulo – O Indicador de Confiança dos micros e pequenos
empresários apresentou leve melhora em janeiro, na comparação com
dezembro, de acordo com levantamento do SPC (Serviço de Proteção
ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas). As informações são da Agência Brasil.
O indicador, que varia de 0 a 100, passou de 40,03 pontos
para 42,03 pontos, mas segue abaixo do nível neutro (50 pontos). De
acordo com a CNDL, esse resultado indica que os empresários
entrevistados continuam pouco confiantes com as condições
econômicas do País e de seus negócios.
O Indicador de Confiança do SPC da CNDL é baseado nas
avaliações dos micros e pequenos empresários sobre as condições
gerais da economia brasileira e também sobre o ambiente de negócios,
além das expectativas para os próximos seis meses tanto para a
economia quanto para suas empresas.
Para 79% dos MPEs, a economia piorou nos últimos seis
meses. De acordo com o Indicador de Condições Gerais, que mensura a
percepção do empresariado tanto em relação à trajetória da
economia como de seus negócios nos últimos seis meses, registrou em
janeiro 26,60 pontos, o que representa leve melhora em relação ao
mês de dezembro do ano passado, quando o número estava em 26,34
pontos.
O subindicador das condições gerais para os negócios, que
avalia apenas a percepção do empresário em relação ao seu
próprio empreendimento, levando em consideração os últimos seis
meses, também esboçou leve melhora, passando de 31,56 pontos em
dezembro, para 31,64 pontos em janeiro.
Já o subindicador condições gerais, que diz respeito à
situação econômica do país, avançou de 21,11 para 21,57 pontos.
Os resultados, muito abaixo dos 50 pontos, indicam que na percepção
desses empresários, houve piora tanto da economia quanto dos
negócios, explicou a CNDL.
PRÓXIMOS SEIS MESES
Com o início do ano, a expectativa dos micro e pequenos
empresários sobre os próximos seis meses da economia e dos seus
negócios apresentou melhora, apesar do ambiente econômico adverso.
O indicador de expectativas para os negócios passou de 54,97 pontos
para 58,5 pontos.
O resultado, acima dos 50 pontos, mostra que a maior parte
dos empresários está relativamente confiante em sua empresa. Já o
subindicador de expectativas para a situação econômica do país
ficou em 48,71 pontos, acima do observado em dezembro passado, quando
estava em 45,61 pontos, porém abaixo dos 50 pontos.
Considerando as expectativas sobre o faturamento da empresa
nos próximos seis meses, para 30,1% dos entrevistados, haverá
aumento, ao passo que para 19,9% haverá queda. Outros 46,6% dos
entrevistados acreditam que seu faturamento não vai se alterar.
Entre aqueles que acreditam que o faturamento vai crescer,
21,2% justificam dizendo que estão diversificando seu portfólio e
25% garantem estar buscando novas estratégias de vendas. Há ainda
10% de micro e pequenos empresários que afirmam que a crise não
afeta o seu negócio.
Dentre os que estão prevendo queda no faturamento, a
maioria (54,1%) atribui o motivo à crise econômica. Outros 14,5%
alegam que a demanda por seu produto e serviço está diminuindo, mas
por razão externa à crise.
O indicador e seus subindicadores mostram que houve melhora
quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos.
Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de
piora por parte dos empresários.
A escala do indicador varia de 0 a 100, sendo zero indica a
situação em que todos os entrevistados consideram que as condições
gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; e 100
indica que todos os entrevistados consideram que as condições
gerais “melhoraram muito”.