Fonte: Folha de Londrina
O tema “Cidades Inteligentes” deverá ser uma das
principais áreas estratégicas do novo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia
e Inovação, que será eleito na IV Conferência Municipal de Ciência, Tecnologia
e Inovação, nos próximos dias 9 e 10 de agosto. O Conselho será formado por
representantes da sociedade civil e do poder público, e o primeiro mandato vai
de 2016 a 2018. Durante a Conferência, também serão indicados os membros do
poder público que deverão compor o novo Conselho, instituído pela Lei 12.334/2015,
a Lei Londrinense de Inovação.
Conforme lembra Pedro Sella, diretor de Ciência e Tecnologia do Instituto de
Desenvolvimento de Londrina (Codel), o novo Conselho Municipal de Ciência,
Tecnologia e Inovação foi “ampliado e modernizado”, e inclui a
deliberação do Programa Municipal de Incentivo à Inovação (Promin), do Parque
Tecnológico e de políticas públicas voltadas ao setor.
A IV Conferência terá como tema “Como Transformar Londrina em uma Cidade
Humana, Inteligente e Inovadora (Smart City)”. O assunto deverá guiar as
ações do primeiro biênio do novo Conselho, diz o diretor da Codel. Ele lembra
que uma cidade inteligente envolve não apenas soluções tecnológicas para
melhorar a vida da população, mas também ações nas áreas de economia inteligente,
pessoas inteligentes, governo inteligente, mobilidade inteligente, ambiente
inteligente e modo de vida inteligente. “Cidades inteligentes tratam não
só de hardware e software, mas passam por um governo inteligente que desenha
melhores serviços para atender a sociedade”, exemplifica Sella.
Conforme ele, a criação do novo Conselho é uma maneira de coordenar todas essas
iniciativas. “O que queremos é que todas essas iniciativas fiquem embaixo
de uma estratégia maior para conseguirmos coordenar todas elas.”
Experiências
Além do Conselho, o município conta com um grupo de trabalho relacionado ao
tema de “smart cities”, cuja primeira reunião acontece hoje. O grupo
é formado por secretários e servidores da administração pública e tem um
caráter mais executivo, afirma o presidente da Sercomtel Participações, Guto
Belusci. Ele ressalta que Londrina, por contar com uma companhia telefônica
própria que também administra a iluminação pública da cidade, tem potencial
para se tornar um “laboratório” de experiências de cidades
inteligentes. “Isso é importantíssimo porque podemos desenvolver em
Londrina infraestrutura para suportar serviços baseados em
tecnologia.”
Estão em negociação, de acordo com o presidente, projetos pilotos com empresas
privadas que visam tornar Londrina uma “smart city”. Entre eles está
o de transformar a Av. Ayrton Senna, na Gleba Palhano, em uma “avenida
inteligente” com instalação de iluminação pública inteligente com geração
de economia de energia e bueiros “inteligentes” para saber o melhor momento
de realizar a limpeza. Os pontos de ônibus, com acesso à internet, também vão
fornecer informações ao usuário. O projeto tem parceria com as multinacionais
PromonLogicalis e General Electric (GE).
Informações sobre a IV Conferência Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação
podem ser obtidas pelo site
codel.londrina.pr.gov.br/index.php/iv-conferencia-de-ciencia-tecnologia-inovacao.