Uma pesquisa encomendada pela ACIL apontou que as vendas do Dia das Mães foram bem avaliadas pelos setores de beleza e cosméticos (57,1%), ótica, relojoaria e joalheria (50%) e semijoias (50%). Segmentos como calçados (41,7%), roupas e confecções (33,3%), móveis e decorações (25%) tiveram resultados abaixo do esperado. “O frio é sempre avaliado como um fator que ajuda a alavancar as vendas no comércio para a data do Dia das Mães, especialmente para setores de confecção e calçados. O frio intenso e mais rigoroso demorou um pouco mais para chegar em 2018, o que acabou contribuindo para que as vendas ficassem mais desaquecidas”, explica o vice-presidente da ACIL Fernando Moraes.
Apesar dos segmentos que conquistaram boas vendas neste ano, o resultado não foi suficiente para superar os números de 2017. Enquanto as vendas avaliadas como ótimas e boas resultaram em 40% (contra 42,9% no ano passado), a soma de regular, ruim e péssimo foi 57,5%.
O consultor econômico da ACIL, Marcos Rambalducci, acredita que os sinais de frustração dos varejistas estejam relacionados com uma expectativa de vendas altas, o que não se observava em maio de 2017. “Inflação mais baixa, juros mais baixos, dados bons no varejo estadual e nacional, tudo isso acabou gerando um otimismo que não se via no ano passado. Entendo que esta é a explicação para uma avaliação pior nesta comparação”, esclarece.
O levantamento apontou também que quase 50% dos entrevistados não utilizaram nenhuma estratégia diferenciada para atrair consumidores até as lojas nesta data especial. “O cenário econômico e político como um todo ainda sofre divergências e oscilações, por isso também sempre orientamos que os comerciantes apostem em ações criativas para chamar a atenção do consumidor”, ressalta Fernando Moraes.
Sobre as formas de pagamento mais utilizadas nas compras pelos consumidores estão parcelamento no cartão de crédito (39,1%), à vista em dinheiro/cheque (18,1%), à vista no cartão de crédito (14,5%), cartão de débito (13,3%), crediário (9,4%) e parcelamento em cheque (1,8%).
Para o segundo semestre de 2018, 79,2% dos lojistas acreditam na melhora das vendas, 18,3% responderam que as vendas devem se manter igual e 2,5% apostam que irão piorar.
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