Apoio alemão à logística

A Alemanha pretende ajudar no desenvolvimento do setor de logística no Brasil, de acordo com o diretor-executivo da Câmara Brasil Alemanha (AHK), Hanno Erwes. A entidade realiza na próxima semana, […]

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A Alemanha pretende ajudar no desenvolvimento do setor de logística no Brasil, de acordo com o diretor-executivo da Câmara Brasil Alemanha (AHK), Hanno Erwes. A entidade realiza na próxima semana, no Rio de Janeiro, a 2ª Conferência de Logística Brasil-Alemanha.

 

"Nosso objetivo é falar sobre alguns temas da área de logística, evidenciar problemas e obter respostas. Queremos trazer conhecimento da logística europeia para o Brasil, pois muitos problemas logísticos enfrentados no País já foram superados pelos europeus. Vamos estabelecer uma plataforma de discussões", disse Erwes.

 

O presidente da AHK, Guilherme Stüssi Neves, destacou que o País necessita de alto investimento para desenvolver-se adequadamente. Segundo estimativa da Câmara, o Brasil demanda aporte de R$ 2,4 trilhões em cerca de 30 anos.

 

"A área de infraestrutura necessita ainda de muitos investimentos, que não poderão ser realizados apenas pelo governo. A iniciativa privada também precisa participar. Nesta estimativa, só estavam incluídos o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a Copa do Mundo de 2014. Agora, com o anúncio de que o Rio de Janeiro vai sediar os Jogos Olímpicos de 2016, este montante deve subir para R$ 2,5 trilhões", afirmou Stüssi.

 

A primeira conferência foi realizada em 2007, também no Rio, como adendo ao Encontro Econômico Brasil Alemanha. O encontro, realizado em Blumenau, Santa Catarina, foi o maior evento da área econômica envolvendo os dois países.

 

"Este evento ocorre em momento muito importante para o Brasil. Estes grandes eventos vão demandar grandes investimentos em infraestrutura e em logística, como na melhoria do sistema de transporte. Os especialistas dos dois países poderão dialogar e procurar meios para resolver os problemas brasileiros", comentou Hanno Erwes.

 

Segundo ele, o Brasil tornou-se um parceiro estratégico para a Alemanha. "O papel da Câmara Brasil Alemanha é defender os interesses da indústria alemã no Brasil. A Alemanha esteve muito voltada para o leste europeu e para a Ásia, mas nos últimos três anos o interesse pela América do Sul e, especialmente, pelo Brasil cresceu muito. O governo alemão viu grande potencial no continente."

 

Uma das consequências da primeira conferência, disse o diretor da AHK, foi a criação de uma parceria entre Brasil e Alemanha, além do estabelecimento de um contrato de cooperação entre o Rio de Janeiro e o estado alemão de Hamburgo, que inclui temas como infraestrutura, meio ambiente e saneamento.

 

Hamburgo abriga o segundo porto mais movimentado da Europa, que vive processo de constante revitalização. Todos os anos, o governo local investe cerca de R$ 325 milhões em medidas de modernização e ampliação dos terminais e arredores. O porto tem mais de 800 anos de história e está localizado no rio Elba. Os terminais ocupam área de 75 quilômetros quadrados, equivalente a 10% da superfície total de Hamburgo.

 

Para a AHK, esta expertise pode ajudar no processo de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro. "O ministro Pedro Brito e o governador Sérgio Cabral já visitaram Hamburgo, para ver como funciona a região portuária. O estado tem porto revitalizado e é um ótimo exemplo de processo de renovação com porto em operação. A Alemanha tem muito a oferecer em know-how, como em desapropriação de terrenos, integração com áreas comerciais e preocupação com meio ambiente", disse Erwes.

 

Fonte: Jornal do Commercio

 

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