Nos últimos anos, e especialmente nos últimos meses, Londrina vem percebendo o aumento considerável de pessoas em situação de rua. Desde o começo de nossa gestão, o tema vem sendo discutido com o poder público, seja por intermédio da Comissão de Segurança, pelos Núcleos de rua do Programa Empreender ou mesmo em conversas constantes com secretários e a Câmara de Vereadores.
Ultimamente, a situação tem piorado. A sujeira e a insegurança acabam atrapalhando as atividades empresariais, especialmente o comércio e os serviços. Chegar de manhã e encontrar fezes em frente ao estabelecimento tira a paciência de qualquer empreendedor.
É um cenário triste e complicado, que se replica pelo mundo afora, principalmente após a pandemia. Como associação representativa, não podemos encaminhar pessoas em situação de rua ou com dependência de substâncias para acolhimentos ou tratamentos. Esta é uma prerrogativa do poder público. Por isso temos pressionado em busca de soluções.
Cada pessoa tem sua história e seu problema. Nem todos passam as noites na rua, nem todos usam substâncias, nem todos cometem delitos. Cada caso é um caso e exige uma resposta humanizada.
Cremos, porém, que o tráfico de drogas tem contribuído de forma incisiva para agravar a situação. Por conta das substâncias, há depredação do espaço público e crimes são cometidos.
Nós cobramos respostas e nos colocamos à disposição para ajudar dentro do que é especificado pelo estatuto da Associação. Mas as ações cabem ao poder público, com profissionais técnicos e legalmente gabaritados.
O que não podemos aceitar é que o comerciante, que paga impostos para ter condições mínimas de trabalho, encontre seu estabelecimento diariamente vandalizado. Isso é inadmissível. Temos, como sociedade, a obrigação de unir as forças e superar mais este desafio. A ACIL está propondo, questionando, cobrando, sugerindo, pressionando. E vamos continuar até que possamos trabalhar com dignidade.
Angelo Pamplona, presidente da ACIL.
Frase da semana: “O sucesso não é definitivo e o fracasso não é fatal. É a coragem de continuar que conta” – Winston Churchill (1874-1965), estadista britânico.