Economia

Indústria paranaense avança 4% no bimestre e ultrapassa patamar da pandemia

A produção industrial paranaense cresceu 4% no primeiro bimestre de 2024, na comparação com os primeiros dois meses de 2023, e já supera o ritmo dos períodos anteriores à pandemia.

Equipe ACIL

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Fonte: AEN

A produção industrial paranaense cresceu 4% no primeiro bimestre de 2024, na comparação com os primeiros dois meses de 2023, e já supera o ritmo dos períodos anteriores à pandemia. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada na terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra o avanço da atividade no Estado em todos os recortes analisados pelo IBGE.

“Os números da indústria atestam mais uma vez o bom momento da economia do Paraná, que foi o Estado que teve o maior crescimento da atividade econômica em 2023 e superou em duas vezes o avanço do PIB nacional”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “E quando a indústria cresce, ela alavanca os outros setores, movimentando toda a economia das nossas cidades”.

Os números de fevereiro também são positivos. Enquanto no Brasil houve uma retração de 0,3% em relação a janeiro, com recuo em cinco das 15 localidades pesquisadas, a indústria do Paraná avançou 0,6% de um mês para outro. Já na comparação com fevereiro de 2023, a produção aumentou 4,7% no Estado.

Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

O Paraná também apresentou o melhor resultado da região Sul no acumulado de 12 meses, com crescimento de 2,4% entre março de 2023 a fevereiro de 2024, ante os 12 meses anteriores. A indústria de Santa Catarina caiu 0,4% e a do Rio Grande do Sul recuou 2,2%. Este recorte também supera a média nacional, que avançou 1%.

Com um índice de 105,65774 na atividade industrial em fevereiro, o nível de produção está à frente do registrado em fevereiro de 2020, antes dos períodos mais restritivos da pandemia de Covid-19, quando o índice era 103,89571. O indicador mede as variações no volume físico de bens e serviços produzidos pela indústria ao longo do tempo, sem considerar as oscilações nos preços desses produtos.

“Em fevereiro de 2024, encontramos nove locais acima do patamar pré-pandemia: Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo”, afirmou Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, na divulgação oficial dos dados.

SEGMENTOS – A produção bimestral foi alavancada, no Estado, principalmente pela fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que avançou 41,4% nos primeiros meses do ano, e de produtos de madeira, com aumento de 22,1%. Também cresceram, no período, as indústrias de bebidas (14,3%), de produtos de borracha e de material plástico (9,6%), de móveis (5,8%), de produtos alimentícios (4,4%), de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,4%) e de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (0,1%).

Houve redução, no bimestre, na produção de máquinas e equipamentos (-13,3%), produtos de minerais não metálicos (-4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,3%) e celulose, papel e produtos de papel (-1%).

Na relação com fevereiro de 2023, mais uma vez os destaques foram a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos e de produtos de madeira, com crescimento de 26,6% e 21,9%, respectivamente. Também avançaram as indústrias de bebidas (18,6%), produtos de borracha e de material plástico (13,1%), móveis (11%), produtos químicos (7,8%), produtos alimentícios (6,1%), produtos de minerais não metálicos (5%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (1,7%).

Apenas três setores industriais reduziram a produção no período: a maior queda foi na fabricação de máquinas e equipamentos (-11,7%), seguido de veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,9%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,7%).

Já no acumulado de 12 meses, o maior avanço foi na produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com aumento de 16,6% ante os 12 meses anteriores. Também fecharam em alta as indústrias de bebidas (8%), produtos alimentícios (6,4%), produtos de borracha e de material plástico (1,4%) e de móveis (1,2%).

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