Assessoria ACIL
O Núcleo de Desenvolvimento Empresarial, que reúne entidades representativas do setor produtivo de Londrina, realizou uma reunião extraordinária nesta terça-feira (30), no Sebrae, para tratar de dois assuntos fundamentais: o Edital da Cidade Industrial de Londrina e a Lei de Desenvolvimento Econômico de Londrina.
Detalhes do Edital da Cidade Industrial foram apresentados por Fábio Cavazotti, diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), com a intenção de discutir com as entidades – inclusive representantes da indústria – o modelo adotado para a licitação dos terrenos para acelerar o processo de licitação.
A formatação dos lotes que dividem a área total de 1,1 milhão de metros quadrados da Cidade Industrial e os benefícios a serem concedidos aos empresários que vão concorrer ao leilão, como a proposta de subsídio de 50% por parte do município, foram apresentadas por Cavazotti. Ele também ressaltou a criação do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico, que deve receber recursos arrecadados com a venda dos terrenos e a nova Lei de Desenvolvimento Econômico de Londrina.
Gerson Guariente, diretor Institucional da ACIL, alertou para a importância de priorizar as cinco áreas potenciais para a cidade, definidas por um estudo realizado pela Fundação CERTI em 2018: Agro, TI, Químico e Materiais, Saúde e Eletrometalmecânico. As entidades também cobraram transparência do edital para que o empresário entenda os riscos do empreendimento. O presidente da Codel garantiu que o edital será transparente e objetivo.
Na segunda parte da reunião, os consultores Sebastião Freitas e Willian Costa, do Sebrae, apresentaram os detalhes da Lei de Desenvolvimento Econômico de Londrina, que deve substituir a Lei de Incentivo à Indústria, criada nos anos 1990, ainda em vigor. A intenção é que a proposta da nova lei fosse avaliada pelas entidades para ser enviada o mais rápido possível à Câmara de Vereadores para votação.
O Sebrae foi contratado pela Codel para a elaboração da Lei de Desenvolvimento Econômico de Londrina, que faz uma atualização, trazendo a legislação em vigor para o cenário contemporâneo, buscando um equilíbrio entre os interesses do poder público e da iniciativa privada. De acordo com os consultores, Londrina tem potencial para ser um hub logístico.
As entidades entenderam as medidas apresentadas pela Codel como avanços para o desenvolvimento de Londrina, mas questionaram o poder público em relação a questões como parcelamento de solo e mudanças nas regras de zoneamento, que costumam dificultar a abertura de empresas na cidade.
A reunião no Sebrae contou com a presença de representantes do Sinduscon, CEAL, FIEP, Estação 43, Sescap-LDR, ACIL, Sebrae e Codel, entre outras lideranças.