O governo federal sofreu uma derrota histórica no Congresso com a derrubada, nesta quarta-feira (25), do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O revés deixou um recado claro: não podemos admitir o aumento de impostos para onerar o setor produtivo enquanto o governo não controlar as próprias contas, deixando de gastar mal os nossos tributos.
Mesmo sofrendo seguidas tentativas de taxação, o setor produtivo vem respondendo com resultados. Segundo a Junta Comercial do Paraná (Jucepar), foram abertas em Londrina 9.882 empresas entre janeiro e maio, superando com folga as 5.439 baixas no mesmo período. O saldo é expressivo com a proliferação de MEIs (6.984), microempresas (2.392), pequenas empresas (285) e empresas de médio e grande portes (221) em apenas cinco meses.
O grande número de MEIs reflete a formalização de autônomos e a vontade de empreender. As microempresas criadas mostram que existe espaço para negócios estruturados, embora poucos evoluam para portes maiores.
Nossa economia é movimentada pelas micro e pequenas empresas, justamente as que enfrentam adversidades com poucos recursos, para quem a ACIL dá atenção especial, seja oferecendo qualificação e linhas de crédito, seja pelo apoio do Conselho da Pequena Empresa, que está completando um ano de atividades em pleno crescimento.
O setor produtivo vem se expandindo, apesar das dificuldades. São empreendedores acreditando no próprio negócio, suando a camisa e contribuindo para o desenvolvimento, demonstrando responsabilidade fiscal e social ao manter os gastos abaixo da receita.
É a cultura empreendedora superando obstáculos para dinamizar a economia londrinense.
Vera Antunes, presidente da ACIL.