Nova Zelândia busca livre comércio com Mercosul

Uma comitiva de parlamentares neozelandeses esteve esta semana no Brasil para discutir a criação de um acordo de livre comércio com o Mercosul. A visita faz parte de uma estratégia […]

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Uma comitiva de parlamentares neozelandeses esteve esta semana no Brasil para discutir a criação de um acordo de livre comércio com o Mercosul. A visita faz parte de uma estratégia do país da Oceania para ampliar a parceria comercial com nações emergentes (a delegação ainda visita nesta semana a Argentina, o Uruguai e o Chile). Embora ofereça um mercado pequeno, especialistas em comércio exterior veem com bons olhos a aproximação neozelandesa, que pode reservar boas oportunidades para o País diversificar a pauta exportadora.

Um das nações mais liberais do mundo em termos de comércio exterior, com regras claras de acesso ao mercado e baixas tarifas, a Nova Zelândia está de olho no Brasil, o que tem se refletido no fluxo de comércio entre os dois países. Em 2010, as exportações brasileiras para lá chegaram a US$ 46 milhões, alta de 15,7% sobre 2009. Neste primeiro quadrimestre, o intercâmbio se fortaleceu ainda mais e chegou a US$ 43 milhões, expressivo crescimento de 281,2% sobre igual período do ano passado. A pauta é basicamente formada por produtos primários, como açúcar, café, óleo de soja e suco de laranja.

No centro das conversas entre os dois países está a criação de mecanismos para intensificar o intercâmbio comercial. Áreas como educação e aviação foram discutidas durante o encontro, divulgou a assessoria de comunicação da Câmara dos Deputados. Para Célio Hiratuka, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE/Unicamp), há boas oportunidades para ambos os lados. Além disso, por meio da Nova Zelândia, o Brasil poderia acessar mercados com os quais a nação da Oceania já tem tratados de livre comércio.

“A Nova Zelândia oferece um mercado pequeno, mas aberto. Grande exportador de produtos agrícolas, o país tem justo interesse em negociar a redução de barreiras ao comércio de produtos primários. Há grandes empresas por lá, como a Fonterra (multinacional da indústria de laticínios), que pode ampliar seus negócios no Brasil, inclusive com investimentos diretos. Companhias brasileiras podem fazer o mesmo, buscando ainda cooperação tecnológica”, avalia. “Setores como de alimentos, energias renováveis e de serviços têm enorme potencial, inclusive com ampliação para outros países vizinhos. Cabe ao governo brasileiro usar sua inegável liderança no Mercosul para aproveitar a oportunidade e tentar diversificar a pauta exportadora”, completa.

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