Fonte: Folha de Londrina
Desde os 12 anos de idade trabalhando como auxiliar em farmácias, Rubens Augusto logo vislumbrou o potencial do segmento. Nascido em Bela Vista do Paraíso, no Norte do Estado, ainda jovem se mudou para Londrina e, há 37 anos, quando tinha apenas 21, abriu sua primeira farmácia.
O empreendimento, estabelecido na Vila Casoni, levava seu nome: 'Farmácia Augusto'. Hoje, o empresário comanda uma rede com 28 lojas, dois laboratórios de manipulação e ainda prevê expansão.''Desde jovem queria ter um negócio próprio, e gostava muito de farmácia, como gosto até hoje'', relembra.
Para iniciar a trajetória, usou o dinheiro que recebeu ao sair da farmácia em que trabalhava e também precisou de empréstimo bancário. ''Quando trabalhava em farmácia, observava o negócio. Pensei em abrir a loja em algum bairro, porque no Centro já existiam algumas, então surgiu a oportunidade e comecei'', conta. Em 1986, Augusto abriu a primeira Vale Verde, na esquina entre a avenida Juscelino Kubitschek e a rua Sergipe. Em pouco tempo, a loja virou referência e o empresário mudou o nome da primeira farmácia. ''Com a abertura da segunda loja, tive a ideia de que não podia ficar só com uma farmácia. Mas eu não pensava em ter uma rede, foi um crescimento a longo prazo'', relata.
Augusto afirma que suas farmácias passaram a se tornar uma rede na metade dos anos de 1990, quando abria em média uma loja por ano. ''Enxergamos que o negócio tinha potencial. Com o surgimento do Catuaí, nós tivemos coragem de assumir a responsabilidade (de abrir uma loja no shopping), com o aluguel alto. Aí não teve mais jeito, quando surgia uma oportunidade, um ponto comercial bom, tentávamos negociar'', comenta. No início dos anos 2000, o empresário sentiu que já tinha uma estrutura de retaguarda capaz de administrar as cinco lojas e que possibilitaria o crescimento. ''Acredito que foi nessa época que demos uma guinada e pensamos: 'agora vamos ser uma rede para valer''', afirma.
A expansão para fora do município teve início há cerca de 10 anos, com a abertura da loja em Arapongas. Depois, foram abertas farmácias em Cambé, Rolândia, Apucarana, Ibiporã e Maringá. No total, a Vale Verde contabiliza nove unidades em outros municípios. Segundo Augusto, a intenção é crescer na região e, em seguida, expandir pelo Paraná. ''Depois que montamos uma infraestrutura forte, a lógica do negócio é diminuir os custos com maior faturamento e a maneira de conseguir isso é ampliando o número de lojas'', explica.
Nessa mesma época, a empresa enfrentou dificuldade com a concorrência de uma rede que chegou à região. Mas hoje Augusto garante estar mais preparado para enfrentar a situação. O empresário aposta na inovação, na busca por conhecimento e na capacitação profissional como diferenciais para se manter no mercado e continuar crescendo. ''Sempre viajamos muito, vamos atrás de informação dentro e fora do País, para ver como funciona o negócio de farmácia em outros lugares'', conta. Em 2011, o crescimento da empresa acompanhou a média nacional do segmento, de aproximadamente 13%.
Mas o sucesso não foi conquistado isoladamente e o empresário contou com o apoio da esposa Mirian Augusto desde o início da trajetória. Formada em administração de empresas, Mirian atuava nas áreas administrativa e comercial da empresa. Para a expansão e sucessão, Augusto investiu em três consultorias e hoje fala orgulhoso do processo pelo qual a empresa passa.
Sua filha, Ana Carolina Augusto, assumiu a gestão executiva da empresa, enquanto ele e a esposa passaram a integrar o conselho. Carolina se formou em farmácia industrial e possui pós-graduação em gestão empresarial. ''A Carol também tem o sangue empreendedor e, além disso, se preparou muito''.