“A corrupção mata”, afirma o prefeito Alexandre Kireeff em discurso de posse

Fonte: Jornal de Londrina Depois de os londrinenses verem passar pela Prefeitura quatro administradores e diversos escândalos de corrupção nos últimos quatro anos, Alexandre Kireeff (PSD) foi empossado prefeito ontem […]

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Fonte: Jornal de Londrina

Depois de os londrinenses verem passar pela Prefeitura quatro administradores e diversos escândalos de corrupção nos últimos quatro anos, Alexandre Kireeff (PSD) foi empossado prefeito ontem em clima de normalidade.

Bem diferente de quatro anos atrás, quando a cidade começou uma gestão sem empossar o prefeito, por conta da cassação do registro da candidatura de Antônio Belinati (PP), vencedor do segundo turno. Assumiu a Prefeitura o presidente da Câmara, Roque Neto (PR). Um terceiro turno elegeu Barbosa Neto (PDT), que foi cassado em julho de 2012, deixando a administração com o vice, José Joaquim Ribeiro (sem partido). Este, por sua vez, renunciou ao cargo, depois de confessar ter recebido propina na licitação de kits escolares. Nos últimos meses, o Executivo esteve sob comando de Gérson Araújo (PSDB).

E para que a história não se repita, Kireeff prometeu de bater forte contra a corrupção. O primeiro ato do novo prefeito foi o de assinar o decreto 01 de 2013, instituindo o Comitê de Implantação do Plano de Transparência e Controle Social, comandando pelo vice-prefeito Guto Belusci, com a participação de membros da sociedade civil, universidades e poder público.

Kireeff assumiu a chefia do Executivo reafirmando que vai governar com ética, transparência e honestidade e garantiu um compromisso inabalável contra a corrupção. Em dois discursos diferentes, um na posse na Câmara de Vereadores e outro na transmissão de cargo, no saguão da Prefeitura, o prefeito bateu duro na corrupção, afirmando que o ato de corromper-se “mata sem puxar o gatilho”. “A corrupção pode determinar a falta de um médico, de ambulâncias, de medicamentos”, disse.

Kireeff também criticou o clientelismo e a corrupção dissimulada pela falsa propaganda do “rouba, mas faz”, chamando-a de “a forma mais perversa”, que se apoia “no desespero das populações mais humildes, nas carências das famílias e nas urgências humanas”. Segundo ele, os políticos que a praticam são “verdadeiros maníacos” que não hesitam em garantir a continuidade de seus atos ilícitos praticando “a política cínica que atende com uma mão, mas que rouba com a outra”. O prefeito também lembrou dos problemas recentes do Município e disse que Londrina vai se reorganizar depois de uma turbulência impar.

Na posse do secretariado, o prefeito também cobrou seriedade e disse que, nos próximos 90 dias, cada um dos secretários deverá apresentar um planejamento de curto e médio prazo que englobe os quatros próximos anos. “Este documento deverá conter metas relevantes, específicas, mensuráveis, calendarizadas e, o que é mais importante: devem ser atingíveis, pois se assim não o forem, não passarão de promessas”, disse. De acordo com Kireeff, esse documento será o objeto de contrato de gestão, firmado entre o prefeito e cada secretário e será acompanhado pelos cidadãos. O prefeito disse, em entrevista coletiva, que agora vai tratar de pôr as mãos à obra. “Agora é realmente aprofundar os esforços na gestão técnica, ao orçamento, na utilização eficiente dos recursos públicos para que tenhamos, no menor espaço de tempo, as contas públicas equilibradas para que, aliada ao planejamento, promover um novo rumo a nossa cidade”, afirmou.

Sensação de dever cumprido

Quarto prefeito da última gestão, Gerson Araújo (PSDB) ficou a frente da Prefeitura de Londrina por três meses. O ex-prefeito disse que entrega o Município ao sucessor, Alexandre Kireeff (PSD), com a sensação de dever cumprido. “Pegamos a Prefeitura em uma situação caótica e conseguimos deixar com as contas em dia.”

Segundo ele, o sucesso do Profis – programa de renegociação de dívidas – e a estabilidade na Prefeitura foram seus maiores feitos. "O Profis foi muito além do esperávamos, mesmo que o grande devedor não tivesse aderido ao programa, arrecadaríamos bem mais que os R$25 milhões previstos", disse.

Mas, para ele, foi a estabilidade "emocional" do Município, seu maior sucesso. "Viemos pacificar a situação", afirmou. Segundo ele, Kireeff vai enfrentar grandes desafios, mas vai ter dinheiro em caixa para pagar o funcionalismo no primeiro mês. “Mais que isso, não conseguimos fazer." 

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