Varejo de luxo paga salários de até R$ 15 mil

Profissional deve ser comunicativo, ter experiência, sofisticação, etiqueta e fluência em língua estrangeira

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Fonte: Folha de Londrina

O mercado de varejo de luxo é mais exigente na hora de contratar um profissional do que o comércio em geral. Entre os principais pré-requisitos estão uma boa capacidade de comunicação, experiência anterior neste segmento, sofisticação e etiqueta. Não é regra geral, mas há lojas que exigem formação superior, conhecimento de uma segunda língua e até vivência no exterior. No entanto, os salários podem ser compensadores e iniciam em R$ 3 mil, para vendedores, e podem chegar a R$ 15 mil para cargos de gerência, valores que incluem as comissões.

O Shopping Pátio Batel, que deve ser inaugurado neste ano em Curitiba e trará marcas de luxo, está movimentando as contratações em Curitiba. De acordo com Guilherme Kosmann, gestor institucional da MCF Consultoria, especializada no varejo de luxo, as lojas deste setor exigem habilidade em lidar com clientes e em identificar o perfil deste consumidor que é mais exigente. Segundo ele, um dos requisitos essenciais é ter experiência na área. Mas, ele disse que acrescentar ao currículo vivência no exterior traz um repertório maior ao profissional. Há lojas que também exigem curso superior.

Para o headhunter especializado no mercado de luxo, Orlando Laragnoit, da consultoria de recrutamento e seleção Michael Page, o vendedor que pretende atuar nesta área precisa ter boa comunicação, carisma, sofisticação, etiqueta, experiência em varejo e perfil consultivo porque geralmente os clientes conhecem bem as marcas que procuram nas lojas. Segundo ele, inglês fluente e formação superior não são obrigatórios, mas representam diferenciais. Em alguns casos são exigidos estes dois quesitos. "Ter vivência no exterior também faz a diferença", disse.

O responsável pelo segmento de varejo para o Paraná e Santa Catarina da Michael Page, Rodrigo Sahd, disse que nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, as lojas do mercado de luxo exigem vendedores com sinergia maior com o produto. Muitos destes profissionais são usuários das mercadorias que comercializam.

Segundo Laragnoit não é tão simples encontrar profissionais para preencher vagas no mercado de luxo em Curitiba. De acordo com Sahd, este mercado ainda é incipiente no Paraná. "O Pátio Batel cria um mercado novo na região porque hoje há poucos profissionais preparados", comentou Sahd. Ele acredita que a médio e longo prazos esta mão de obra deve se consolidar. Para algumas lojas do novo shopping, Sahd acredita que será necessário trazer profissionais de outros estados, apesar de a preferência ser por vendedores e gerentes da cidade que já conhecem a região e a cultura do local.

Laragnoit e Sahd destacaram ainda que o mercado de luxo tem como prática salários fixos maiores ao invés das comissões sobre as vendas, o que leva a um foco maior da equipe de venda na qualidade do atendimento e da venda e não no volume.

A joalheria Tiffany & Co. é uma das marcas de luxo que estará presente no Pátio Batel. A diretora geral da empresa no Brasil, Luciana Marsicano, disse que o primeiro pré-requisito para ser contratado pela marca é "conhecer e entender o mercado de prestígio". O profissional também deve conhecer a história da Tiffany e "ter noção dos atributos da marca". Segundo ela, o profissional ainda precisa ter domínio de alguma língua estrangeira. Luciana comentou ainda que os vendedores devem ser capacitados para dar atendimento impecável em todas as etapas, inclusive no pós-venda.

Ela informou que a empresa não divulga políticas salariais. A loja do Pátio Batel terá cinco consultores de vendas e um supervisor.

 

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