Fonte: Folha de Londrina
Davi Pruder, gerente da loja recém-instalada na Avenida Madre Leonia Milito (zona sul), afirma que este é o horário da Havan em todos os municípios onde está instalada. E diz que se surpreendeu quando o Sindicato dos Empregados no Comércio de Londrina (Sindicolon) foi à Justiça e conseguiu impedir o funcionamento da unidade em horário prolongado.
A Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) saiu em defesa da Havan. E recebeu ontem o apoio do Shopping Catuaí na luta pela flexibilização do horário de comércio na cidade. Pelo atual Código de Postura, as lojas que não ficam em shoppings podem abrir das 8 às 18 horas, de segunda a sexta e, aos sábados das 9 às 13 horas.
A proposta da Acil é a abertura de segunda a sábado, das 8 às 20 horas. A entidade incluiu esse horário no projeto de lei que estabelece o novo Código de Postura, que ainda não foi votado pela Câmara Municipal. Mas, atendendo ao lobby do Sindicolon, o vereador petista Jacks Dias já apresentou um substitutivo deixando tudo como está hoje.
””Londrina precisa de liberdade para trabalhar. Nos outros municípios não existe tanta restrição como aqui””, afirma o presidente da associação, Nivaldo Benvenho. Ele critica a forma como os legisladores tratam os diferentes tipos de estabelecimento. ””Os supermercados podem trabalhar até às 22 horas. Os shoppings também. Por que para um pode e para outro não?””, questiona.
Ele ressalta que a lei atual só permite o funcionamento das lojas do centro em uma única tarde de sábado. E que o sindicato laboral faz ””vistas grossas”” para o fato de elas abrirem também num segundo sábado à tarde.
Benvenho teve ontem o apoio do Catuaí Shopping, que trabalha em horário diferenciado. ””Em cidades do porte de Londrina, que têm no setor de serviços um ponto forte, a abertura do comércio, seja ele de qual natureza for, se torna uma atração turística para toda a região””, afirma o superintendente do shopping, Eugênio Campello.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sincoval), Yukio Ajita, não é possível avançar mais na flexibilização do horário do comércio nas convenções coletivas com o sindicato laboral. ””É muito difícil. Já avançamos. Estamos abrindo dois sábados. Acredito que mais que isso só pode ser feito pela Câmara.”” Segundo ele, a ””maioria dos comerciantes”” quer flexibilização total. ””Mas o sindicato dos trabalhadores também tem o ponto de vista dele””, contemporiza.