Escândalo dos uniformes: acusados negam participação

Para o candidato Barbosa Neto, denúncia é fundamentada em ataques de adversários políticos

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Fonte: Folha de Londrina

O ex-prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT) negou, por meio da assessoria de imprensa, ''qualquer participação em fraude na compra de uniformes escolares''. Barbosa afirmou que as denúncias ''são fundamentadas basicamente em adversários políticos para desgaste no período eleitoral''. O ex-prefeito, que teve o mandato cassado pela Câmara no final de julho, é candidato ao Executivo.

O prefeito José Joaquim Ribeiro (sem partido), de licença médica desde a última quinta-feira, não foi localizado pela FOLHA. O advogado dele, Paulo Nolasco, chegou a atender o celular, mas informou que estava em reunião e não poderia conceder entrevista.

O advogado Walter Bittar, que defende os acusados ligados à empresa G8, sendo o proprietário Marcos Divino Ramos, a esposa Paulina Aparecida de Souza e a funcionária Eliane Alves da Silva, preferiu não comentar as imputações feitas pelo Ministério Público (MP) do Paraná. ''Primeiro vou ler a denúncia porque o que estou sabendo até agora é por meio dos repórteres. É inaceitável que a imprensa fique sabendo antes dos advogados'', protestou Bittar.

Preso há 20 dias, Marcos Ramos aguarda julgamento do pedido de revogação da preventiva no Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. Com prisões decretadas pela Justiça de Londrina, Paulina e Eliane são consideradas foragidas pelo MP. ''Como podem ser foragidas se elas estão em São Caetano do Sul, onde sempre estiveram?'', contesta.

O ex-secretário de Fazenda Lindomar dos Santos reafirmou não ter recebido propina e critica a denúncia do MP. ''Lendo os depoimentos, você vai ver que ninguém disse ter entregue o dinheiro para mim. Alguém utilizou o meu nome para se beneficiar de alguma coisa.'' Quanto aos R$ 50 mil que teria recebido para liberar um pagamento para a empresa G8, Lindomar afirmou que ''nunca houve retenção intencional e tenho documentos que comprovam isso''.

O ex-secretário de Gestão Pública Marco Cito disse acreditar na Justiça e fez críticas à ex-secretária de Educação Karin Sabec, que prestou diversos depoimentos ao MP. ''Ela mentiu. Fui usado pela ex-secretária, que me procurou perguntando sobre a possibilidade da (compra por) carona e eu disse apenas que não havia nenhum parecer contrário, eu mesmo havia feito uma para a Guarda Municipal.''

A reportagem não conseguiu falar ontem com o advogado Edson Massei, que defende os acusados Wilson Yoshida e esposa Cristina Yoshida, José Lemes dos Santos e Pedro Bresciani, ligados ao grupo Kriswill, de Apucarana. Em entrevista anterior à FOLHA, Massei havia confirmado que os clientes têm interesse em contribuir com as investigações ''buscando benefícios da lei 9.807/99 (prevê perdão judicial ao réu primário que contribuir efetivamente com as investigações)''.

O advogado da ex-secretária Karin Sabec, Maicon Castilho, afirmou que não comentaria o assunto agora. Os empresários Júlio Manfredini e Daniel Manfredini, da empresa Capricórnio, estavam em reunião e não retornaram às ligações para comentar a ação. O ex-secretário Fábio Reali estava com o celular desligado. Já o ex-secretário Fábio Góes, o ex-procurador Fidélis Canguçu, Claudiane Mandelli e Luis Gustavo Mandelli não foram localizados pela reportagem.
 

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