Fonte: Comissão de Infraestrutura/Assessorias
A Comissão de Infraestrutura do Norte do Paraná reuniu-se na sexta (26/5), na sede da ACIL, com a participação online do diretor de Planejamento da Infra S/A, o engenheiro civil Cristiano Della Giustina, direto de Brasília. A Infra é uma empresa do Governo Federal, responsável por obras ferroviárias, planejamento e estruturação de projetos para o setor de infraestrutura de transportes. O deputado federal Diego Garcia articulou a participação de Giustina.
O diretor da Infra fez uma apresentação sobre a situação no Governo Federal do projeto do Contorno Norte de Londrina. Segundo ele, foi feito um traçado que servirá para o leilão que vai definir a nova concessionária. Mas o desenho pode mudar conforme o andamento das obras: “O traçado é referencial, porque ainda depende de definições ambientais e levantamentos topográficos e sócio-referenciais, para ver as áreas mais conurbadas. Também serão feitos estudos geológicos, para ver onde o solo é mais adequado para a infraestrutura. Tudo será discutido com a comunidade local”, relatou.
Para Angelo Pamplona, presidente da ACIL, a execução da obra é fundamental: “O Contorno Norte já deveria estar concluído, é uma demanda antiga e importante para toda a região, pois vai agilizar o acesso, trazer segurança e aliviar o trânsito da cidade. É imprescindível que esta obra seja realizada nesta nova concessão, uma vez que ficou para trás na concessão antiga. A Comissão de Infraestrutura está atenta para cobrar e ajudar no que for possível”.
Segundo o deputado estadual Tiago Amaral (PSD), um dos líderes da Comissão, o objetivo do convite a Giustina foi conhecer a ideia da Infra sobre o traçado do contorno: “Precisamos saber até que ponto ela coincide com o projeto que temos, feito pela Econorte, para entender o que é possível aproveitar, até mesmo para agilizar a obra”, explica.
O diretor de Planejamento da Infra S/A recomendou que os municípios coloquem nos planos diretores a reserva de áreas para o contorno, para facilitar o processo quando chegar a fase de desapropriações. Isso deve ajudar a tornar a obra mais barata, além de agilizar o prazo para licenciamento ambiental. Cristiano Della Giustina alertou: “A experiência em outros contornos mostra que o processo de desapropriação é demorado, o que impacta toda a construção”.
Assim, a Comissão definiu a realização de uma reunião técnica entre as prefeituras, dentro de 15 dias, para tratar do Contorno Norte. Embora a obra seja esperada há muito tempo, a discussão sobre o novo traçado precisa ser feita com bastante atenção, até porque é algo que não atrapalha o processo em andamento.
O trajeto do Contorno Norte de Londrina vai causar impacto no desenvolvimento regional, influenciando a instalação de empresas: “Hoje, estão sendo liberadas construções de indústrias em áreas que podem conflitar com o traçado, por isso, a necessidade da definição do projeto”, disse Conrado Scheller, prefeito de Cambé.
Providências
Como medidas práticas, a Comissão de Infraestrutura do Norte do Paraná vai encaminhar à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) o projeto executivo que já existe, validado pelas prefeituras. Isso pode antecipar etapas, além de garantir uma obra que realmente atenda às necessidades regionais.
Tiago Amaral enumera outras providências que serão tomadas: “Vamos buscar adiantar estudos já dentro dos planos diretores municipais, bem como o que será necessário em relação a desapropriações. Com tudo isso, podemos ter um ganho de velocidade na obra”, pontua.
A obra faz parte do Lote 4 das concessões de rodovias do Paraná, que está em avaliação no Tribunal de Contas da União. A extensão prevista é de 30 quilômetros em pista dupla, com três trevos e duas interseções em diamante. O valor referencial para a construção da pista é de R$ 311 milhões, mas terá que ser atualizado, já que foi calculado em janeiro de 2021. Também são previstos R$ 57,7 milhões para desapropriar os terrenos necessários.
O Contorno Norte de Londrina é uma obra que prevê desviar o trânsito da BR-369, que hoje passa por dentro de áreas urbanas de Londrina, Ibiporã e Cambé. O projeto original é de 1997, mas nunca saiu do papel, por conta das alterações no contrato do pedágio, feitas em 1998. Com o passar do tempo, o plano se tornou obsoleto, porque as cidades cresceram em direção à área que estava prevista para a obra. Em 2017, a Econorte, então concessionária do pedágio no trecho, apresentou um novo traçado, que passou a incluir pista dupla.
Outras obras acompanhadas pela Comissão:
Duplicação da PR-445
Entre Mauá da Serra e Lerroville, há dois segmentos em obras. Nestes últimos meses, houve avanços na construção do novo sistema de drenagem e de obras de arte correntes, com execução de valetas de concreto e dos berços para implantação dos bueiros. Também foram iniciados os serviços para implantação de um passa-fauna e da terraplanagem do trecho, nos locais onde será executada a plataforma da nova pista, paralela à atual.
Já o segmento central do trecho continua sem obras. Foi liberada pelo Iphan a área do sítio arqueológico, mediante monitoramento do local e trabalhos complementares, mas o DER/PR (Departamento de Estradas de Rodagem) ainda está em tratativas com o IAT (Instituto Água e Terra) para a liberação do trecho. Está pendente a definição quanto às dimensões dos passa-faunas que serão implementados no local.
Viaduto da PUC
O DER/PR notificou o Consórcio Interseção BR-369 Londrina para que explique por que os serviços, que já foram autorizados, ainda não começaram. O Consórcio enviou a defesa no dia 15/05, que está sendo analisada pela equipe do DER.
Participaram da reunião:
-Angelo Pamplona, presidente da Acil
-Decarlos Manfrin, representante do Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (CEAL)
-Carlos Ribeiro, presidente da AEPIC
-Rosinda Stremlow, empresária
-Conrado Scheller, prefeito de Cambé
-William Rosa, gerente de negócios da Associação Médica de Londrina (AML)
-Alexander Marchiori, prefeitura de Londrina
-Rosaly Nishimura, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina
-Cristiane Biazzono, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina
-Fernando Bergamasco, engenheiro da Secretaria de Obras de Londrina
-Carlos Alberto da Silva, assessor do deputado federal Filipe Barros
-Diego Garcia, Deputado Federal
-Tiago Amaral, Deputado Estadual
-Nicolás Mejía, CEO do Grupo Folha de Londrina
-José Carlos Salgueiro, secretário municipal de Planejamento de Rolândia
-Célia Catussi, presidente do Sinduscon
-Cassia Calzavara, arquiteta da Prefeitura de Ibiporã
-Jairo Tamura, vereador de Londrina
-Sergio Bonocielli, diretor do Grupo ATT (Logística)
-Pedro Semprebom, diretor do Grupo ATT (Logística)
