Sob a regência do maestro Rossini Parucci, a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (OSUEL) volta ao palco do Teatro Ouro Verde nesta quinta (7) e sexta-feira (8), às 20h30, para realizar o terceiro concerto Série Arábica da Temporada Ouro Verde 2025.
No programa, composições de três grandes nomes da música clássica de diferentes períodos: Felix Mendelssohn, Claude Debussy e Johannes Brahms. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos através da plataforma: https://osuel.pagtickets.com.br/.
O concerto inicia com a Abertura A Gruta de Fingal, de Mendelssohn, composta em 1829, obra inspirada nas ilhas Hébrides, largo arquipélago situado na Escócia, famoso por sua formação rochosa basáltica. Mendelssohn tinha apenas 20 anos quando compôs as primeiras notas de sua abertura e completou o primeiro rascunho em Roma, no final de 1830. A estreia aconteceu em 14 de maio de 1832, pela London Philharmonic Orchestra, e ainda não satisfeito com a composição, Mendelssohn a revisou até que ela fosse finalmente publicada em 1833.
Clair de Lune
Logo em seguida, a OSUEL apresenta a famosa Clair de Lune (luz de lua), composta em 1890, por Debussy. Claude Debussy nasceu na França em 1862, justamente quando as pinturas impressionistas estavam surgindo com suas cores brilhantes e luz onde antes existiam objetos sólidos. A música impressionista evoluiu simultaneamente, utilizando tipicamente a escala de tons inteiros e evitando as convenções de desenvolvimento harmônico e rítmico.
A OSUEL interpretará uma versão orquestral do terceiro movimento, feita por André Caplet, um colega de Ravel e Debussy. Clair de Lune foi originalmente chamada Promenade sentimentale (caminhada sentimental), ambas baseadas em poemas do poeta simbolista Paul Verlaine.
Brahms
O ponto alto do programa fica por conta do solista convidado, o renomado pianista Cristian Budu, que executará o Concerto para Piano n.º 2 de Brahms. Brahms escreveu dois concertos para piano, separados por um intervalo de 22 anos. O primeiro é fruto de sua relativa juventude, tendo sido concluído em 1859, quando tinha 25 anos.
Brahms trabalhou no primeiro concerto durante boa parte da década de 1850 e só retornou ao gênero quase 20 anos depois, começando a trabalhar no segundo concerto. Este foi concluído em 1881, após cerca de três anos de trabalho, e teve sua estreia naquele mesmo ano, em Budapeste, com Brahms como solista.
Esta é uma obra de grande integração entre piano e orquestra: o pianista tem um papel solo poderoso e desafiador que exige notável resistência física, técnica e artística; a parte da orquestra é tão difícil e envolvente quanto qualquer composição de Brahms.
Cristian Budu
Cristian Budu é considerado uma das maiores referências pianísticas no Brasil com grande projeção internacional. Foi vencedor de diversos concursos, incluindo o Concurso Internacional Clara Haskil, na Suíça, uma das maiores conquistas de um pianista brasileiro nos últimos 30 anos. Também recebeu prêmios no Brasil, como Instrumentista do Ano (APCA) e Melhor Concerto do Ano (Guia da Folha).
Cristian foi solista em grandes festivais como Verbier Festival e La Roque D’Antheron Piano Festival, e em salas como Ateneu de Bucareste, Liederhalle, KKL e Jordan Hall. Suas gravações ganharam prêmios como Editor’s Choice, na Inglaterra, e 5-Diapason, na França. No Brasil, é criador do projeto Pianosofia, iniciativa que tem o objetivo de levar a música clássica a ambientes informais e caseiros, promovendo musicistas locais e a música de câmara. Cristian iniciou seus estudos pianísticos com Elsa Klebanowski, pupila de Wilhelm Kempff, e seus estudos musicais com Marta Ziller.
Serviço:
Concerto da Orquestra Sinfônica da UEL – Série Arábica
Quando: quinta (07) e sexta (08)
Onde: Teatro Ouro Verde
Horário: 20h30
Ingressos: https://osuel.pagtickets.com.br/
Foto: Daniel Ebendinger/Divulgação