Eleições 2024

Confira as propostas de cada candidato à Prefeitura de Londrina para o desenvolvimento da cidade

Barbosa Neto, Coronel Villa, Diego Garcia, Isabel Diniz, Professora Maria Tereza, Tercilio Turini e Tiago Amaral apresentam suas propostas às entidades do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial.

Equipe ACIL

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Assessoria ACIL

As entidades que compõem o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial, apoiadas pelo Instituto de Desenvolvimento de Projetos de Londrina e Região, realizaram, no dia 5 de setembro, uma sabatina com os candidatos à Prefeitura de Londrina. Barbosa Neto, Coronel Villa, Diego Garcia, Isabel Diniz, Professora Maria Tereza, Tercílio Turini e Tiago Amaral apresentaram suas propostas para temas como industrialização, revitalização do Centro, desburocratização, informatização da Prefeitura e planejamento orçamentário.

Cada candidato contou com quatro minutos para abordar os temas, em ordem estabelecida por sorteio. No final, tiveram um minuto para as considerações finais. Em seguida, todos os candidatos receberam um documento com as propostas de Plano de Governo priorizadas pelas entidades da sociedade civil organizada, tomando como base o MasterPlan Londrina 2040.

O Núcleo de Desenvolvimento Empresarial é formado por Abratic, ACIL, CEAL, FIEP, Sebrae, Secovi, Sescap-Lda, Sincoval, Sindimetal, Sinduscon, Sociedade Rural do Paraná (SRP), TI Paraná e UTFPR. Já o Instituto de Desenvolvimento de Projetos de Londrina e Região é composto por ACIL, SRP, Sinduscon, CEAL, Sescap-LDR, Sindimetal e Sicredi. 

Confira a seguir a íntegra da participação de cada candidato na Sabatina, dividida pelos temas selecionados. 

INDUSTRIALIZAÇÃO

Tercilio Turini – A cidade, para atrair novas empresas, precisa de infraestrutura e de logística. Coisa que, ao longo dos anos, Londrina ficou para trás. Temos ouvido a questão do PIB na nossa região e é assustador como Londrina, na questão industrial, perdeu o timing. Perdeu espaço inclusive para Ibiporã, Cambé, Rolândia e Arapongas. No projeto do pedágio, que terminou há três anos, a gente imaginava que uma das infraestruturas a ser feita seria o Contorno Norte. Não foi. Mas eu acredito que, com a duplicação total da PR-445, que é fundamental, e com a duplicação de quase 50 quilômetros da BR-376, com uma rodovia duplicada até Curitiba e o Porto, e a nova concessão do pedágio… E aí, uma observação. Quem vai pagar pelas obras, seremos nós. Nós teremos a duplicação até Ourinhos, nós teremos a duplicação até Assis… Logicamente que falta o governo do Estado fazer as obras de duplicação até Bela Vista, obras importantes como a questão da PR-170, ligando Rolândia até o Estado de São Paulo. Mas os dois contornos [Norte e Leste], na nossa concepção, são de fundamental importância para criar eixos de desenvolvimento. Há anos se fala na Cidade Industrial. A Cidade Industrial é importante. Temos que planejar outras. São condomínios industriais, mas tem apenas 90 lotes. Se você tiver o Contorno Leste, obra que se falava desde que Wilson Moreira era prefeito, há mais de 30 anos, com 24 quilômetros duplicados, e se você falar do Contorno Norte, de 34 quilômetros, vai criar um desenvolvimento extraordinário. Isso vai equivaler a 10, 20, 30 vezes uma Cidade Industrial. É só ver Ponta Grossa hoje, como ali é assistido. Vai 40 quilômetros para frente com empresas, grandes indústrias, ao longo da rodovia. Então, tem jeito. Agora, nós precisamos que essas obras saiam do papel. O próximo prefeito vai ter papel fundamental para garantir que estes contornos saiam no prazo certo.

Tiago Amaral – Todos nós sabemos da potência da cidade de Londrina, da força de nossa cidade, e da necessidade que nós temos de fazer essa cidade realmente ser destaque, ser uma cidade que brilha, que gera oportunidades. Mas o primeiro grande passo, quando a gente fala em industrialização em Londrina, é definitivamente abandonarmos a mentalidade do atraso que se instaurou na nossa cidade ao longo dos últimos 30 anos. Infelizmente, muitas vezes, parece que o industrial é um gerador de problemas e dificuldades para a nossa cidade. Nós não temos um canal, um fluxo aberto de acesso aos gestores, aos secretários. Quando nós temos a necessidade de resolver um problema, a Prefeitura, hoje em dia, simplesmente transfere a responsabilidade. É essa mentalidade atrasada que não consegue impor a importância e a necessidade de aprovarmos em tempo o nosso Plano Diretor, o nosso Plano de Uso e Ocupação do Solo, os nossos planos complementares. Se você não dá segurança aos investidores, aos industriais, como é que vai falar de investimentos pesados na cidade de Londrina? Então nós iremos fazer urgentemente uma mudança de mentalidade. Nós vamos modernizar a nossa cidade. O seu problema não vai ser terceirizado. Nós vamos criar imediatamente uma mentalidade em que o seu problema é meu. Eu, a partir do momento que sou Estado, tenho que tratar isso como uma prioridade total. Eu não posso mais ficar delegando ou transferindo a responsabilidade. Essa responsabilidade, a partir desse momento, é da Prefeitura. A Prefeitura tem que ter gana. A Prefeitura tem que ter vontade de trazer a industrialização para a nossa cidade. Então, para simplificar os processos, nós vamos entrar em uma desburocratização, com a definição de áreas claras, de espaços para a instalação de indústrias, com a perspectiva de rapidez para que a gente dê as licenças necessárias para que essa empresa possa vir para cá. Eu já estou cansado, e vocês também, de ouvir investidores que têm medo de instalar sua indústria. Porque ele não tem nenhuma certeza de que daqui a um ano, um ano e meio, ele vai conseguir realmente começar a operar. Até ele conseguir a licença, até ele construir, já passou esse prazo. E aí já venceu o período que ele tinha de carência para pagar os investimentos. E ele começa a pagar os investimentos sem ter o fluxo dessa empresa que ele está ampliando e dessa indústria que ele está trazendo. Ou seja, ele vai quebrar. Nós sabemos que os investimentos hoje dependem de fluxo, então se eu não criar para ele uma resposta rápida para que ele possa começar a produzir antes ainda de começar a pingar as suas parcelas, ele vai quebrar. É isso que nós vamos mudar. Chega de mentalidade atrasada, vamos à modernidade.

Isabel Diniz – O nosso compromisso é melhorar a vida da população e do conjunto da sociedade, para criarmos as condições necessárias para que a gente possa recuperar e atrair para Londrina os investimentos, atrair as indústrias, as oportunidades e os parceiros que a gestão pública tem com a sociedade. Mas essa responsabilidade tem, acima de tudo, três elementos fundamentais. Primeiro, a segurança de que a infraestrutura será garantida. O nosso compromisso da ativação, de agilizarmos a complementação, a ocupação do parque industrial, da Cidade Industrial, agilizarmos do ponto de vista da burocracia, da desburocratização, do atendimento do espaço da gestão pública e do compromisso com o crescimento e o desenvolvimento. Mas também nós temos uma outra responsabilidade. Que é aquela empresa, aquele empreendimento que quer vir para Londrina, que quer trazer o que nós precisamos, que tenha também a segurança de que nós teremos mão de obra especializada. Então, o nosso compromisso junto com o processo das escolas técnicas, com os sistemas dialogando também com a sociedade empresarial. É fundamental investirmos na profissionalização e, para isso, o nosso compromisso é assumirmos o atendimento da internet nas comunidades, nas escolas, ampliando a oportunidade para a nossa juventude, para a nossa moçada, que está aí pronta e quer ser inserida no espaço do trabalho e no compromisso do desenvolvimento. Assumimos também uma outra parceria, que é o fortalecimento com as grandes empresas e indústrias, o fortalecimento do empreendedorismo médio e pequeno, que é um enorme potencial de oportunidades de crescimento, de renda, que nós vamos investir e fortalecer. Londrina tem quase 50 mil médios e pequenos empreendimentos que, alinhados com o processo e a proposta da industrialização, iremos resolver essa mazela, essa deficiência de atraso que a nossa cidade, que o povo de Londrina tem. Nós sabemos o impacto que isso traz para a Região Metropolitana, que também tem em Londrina o desenvolvimento, o crescimento, essa troca de oportunidades de renda e de trabalho. Nosso compromisso é ouvir, participar e colocar a gestão pública, o serviço da Prefeitura, principalmente a parte de desburocratização, de documentação, para agilizar e modernizar esse segmento. Esse é o nosso compromisso com o desenvolvimento e o crescimento, mas com responsabilidade inclusive social e ambiental de oportunidades.

Coronel Villa – Em primeiro lugar, nós estamos falando de gestão pública, da gestão de uma empresa que tem aproximadamente 10 mil funcionários. Não adianta eu vir aqui fazendo uma série de promessas. O prefeito não resolve os problemas da cidade sozinho. Ele tem que ter um bom secretariado. Tenho condições, hoje, por não estar comprometido com vários partidos, de fazer um secretariado técnico. Não por acaso, eu indiquei o José Roberto Hoffmann para ser meu vice-prefeito. Uma pessoa que tem conhecimento técnico e que vai me ajudar constantemente. Em relação à industrialização, ela vai gerar renda e emprego. Quando você investe em industrialização, você aumenta a circulação de riquezas e o orçamento do município. Sem aumento de impostos, você faz minar riquezas e naturalmente o município aumenta a sua arrecadação. Eu vou dar um exemplo. Em Contagem, Minas Gerais, existem 640 mil habitantes. Londrina tem 550 mil. Uma população parecida, certo? Em Londrina, nosso orçamento, de uma forma geral falando, está em 3 bilhões de reais. Em Contagem, está em 6 bilhões e 400 mil reais. Por que há essa diferença toda? Porque Contagem investe em industrialização. Mas, para isso, eu preciso ter alguém arrojado, por exemplo, na Codel, que tenha essa visão de empreendedorismo e tenha a capacidade de catalisar os investimentos industriais da cidade. Isso é fundamental. Se eu não tiver uma pessoa que esteja afeita a esse assunto, ela não vai conseguir trazer esses investimentos. Nós temos que criar um ambiente propício para que as indústrias se interessem em vir à cidade e aqui se instalar. Nós temos vários pontos que poderiam ser definidos como pontos de industrialização. Nós temos a região norte, nós temos outros lugares em que nós podemos fazer condomínios industriais, mas nós temos hoje, e eu vejo como um ambiente preparado para isso, na região leste, o Contorno Leste. Nós temos um aeroporto que fica naquela região, e nós temos a ferrovia que facilita o escoamento da produtividade para o Porto de Santos, para o Porto de Paranaguá. Nós temos que, nos outros complexos industriais, criar essa mesma estrutura para que as indústrias se sintam à vontade para vir aqui com a certeza de que contarão com a infraestrutura adequada para produzir e reinvestir aquilo que você captou em benefícios para a sua comunidade.

Diego Garcia – Eu já trabalho em sintonia com as entidades aqui presentes. Nós estamos o tempo todo dialogando. Como prefeito, não vai ser diferente. Eu não vou mudar o número do celular, vai continuar sendo o mesmo. Você, Marcelo [El Kadre], vai continuar falando comigo, não vai ter assessor. Os empresários, as pessoas que estão lá na ponta, vão ter a liberdade de falar diretamente comigo e não de terceirizar o serviço. Nós precisamos colocar a pauta da industrialização de Londrina como uma prioridade, olhando para o futuro, mas sem deixar de olhar para o presente também, porque nós já temos muitos problemas no presente. Um deles é o parque industrial de frente ao CEASA, o Buenas Vistas, há 30 anos sem saneamento, sem galerias fluviais e sem pavimentação asfáltica. Como prefeito, isso vai ser prioridade. Um parque que gera 2.500 empregos na carteira, mais de mil indiretos, e é tratado dessa forma. Os empresários não podem continuar sendo tratados desse jeito. Nós vamos transformar a PR-445, que está sendo duplicada e agora vai entrar no processo das novas concessões de rodovia do Paraná. Toda essa área, passando ali no União da Vitória, que passa por um pedaço do município de Tamarana e depois continua no município de Londrina, em um grande corredor industrial, para atração de novas indústrias, de novas empresas, de acordo com a vocação da nossa cidade de Londrina. Onde que a gente encontra isso? Está no meu plano de governo. Eu não apaguei meu plano de governo. E não tirei ele do portal oficial da Justiça Eleitoral. Está lá para vocês terem acesso. Está totalmente alinhado com as propostas e toda a ação estratégica que foi desenvolvida com a parceria das entidades através do MasterPlan. Eu vou tirar do papel o MasterPlan. Porque não adianta ter investido dinheiro público e continuar com o sonho de uma Londrina melhor para todos nós apenas no papel. Papel não resolve os problemas de Londrina. Os 10 anos de vida pública me dão condições de poder chegar aqui hoje ficha limpa, com um histórico e um passado que dispensam comentários, com condições de ser o melhor prefeito que essa cidade já teve. Com a capacidade técnica de buscar os recursos junto ao governo federal e ao governo do Estado para trazer riquezas para Londrina, para gerar emprego. Nós temos não só que atrair indústrias, mas preparar quem vai trabalhar nessas indústrias. E isso eu trago aqui no meu plano de governo.

Maria Tereza – Para quem não conhece ainda, sou a professora Maria Tereza, secretária de Educação nos últimos oito anos com o prefeito Marcelo Belinati. Cheguei aqui por um concurso público, uma inovação que o prefeito Marcelo trouxe em 2016. Ele fez um concurso público para contratar o secretário ou a secretária de Educação. Foram sete fases, feitas por uma organização da sociedade civil que se chama Vetor Brasil, que é especialista em buscar talentos para o setor público, e eu passei nas sete fases. Eu conto essa história sempre porque a gente tem um trabalho muito técnico e de muito planejamento sendo feito. Para falar de industrialização, a gente precisa falar de alguns pilares, sobre planejamento, infraestrutura, legislação e formação de mão de obra. Londrina já sabe o que quer ser. A Prefeitura, junto com todas as entidades aqui presentes, fez o MasterPlan, a visão de Londrina para 2040. Tudo está escrito lá, um trabalho muito precioso que nós usamos para ser uma cidade inovadora, sustentável, com qualidade de vida para todos. Nós usamos todos os indicadores, todas as médias, todas as propostas que estão lá para criar o nosso plano de governo com especialistas e todas as ferramentas da inteligência artificial, que vão também fazer parte do nosso governo para facilitar o acesso a todos, inclusive a todo e qualquer cidadão, às informações. A gente tem um planejamento, a gente sabe o que é, a gente sabe qual é a vocação da cidade. Nos últimos anos, nós tivemos uma revolução no aumento do PIB geral e no aumento do PIB da indústria. Nós tivemos muitas empresas vindo pra cá. Vou citar exemplos: Tata, J. Macedo, Athos, Rizobacter, Sadia e Perdigão, que transformaram a visibilidade da indústria na nossa cidade. Nós temos o planejamento do que nós queremos. Nós temos aqui o Eduardo Tominaga, líder do governo na Câmara Municipal, que faz um trabalho extraordinário. Precisa ser aprovado um novo Plano Diretor. Hoje, das CPUs [Certidões Prévias Unificadas] que são emitidas, 55% seriam previamente negadas, enquanto que, com a nova atualização do Plano Diretor, a gente teria pelo menos 3% delas negadas. Então a gente precisa desse avanço legislativo, precisa de toda a articulação com o governo do Estado e o governo federal para que a gente possa tirar do papel as obras de infraestrutura que são necessárias para a nossa cidade. É inconcebível pensar que a gente ainda não tem uma pista duplicada até a capital do nosso Estado. A gente precisa resolver isso, a gente precisa articular com todas as forças, deputados, governador, presidente, para que a gente resolva essa situação. E investir na formação de mão de obra. A Prefeitura já está com um curso em parceria com o SENAC, o Empregatec, que está formando mão de obra especializada. Nós já começamos, por exemplo, o letramento digital, lá no Ensino Fundamental, com as crianças do 4º e 5º ano, para que elas saibam como toda essa questão da internet e a nossa vocação para a tecnologia funcionam em nosso município. É com esses pilares, com esse planejamento, que a gente vai seguir na industrialização. 

REVITALIZAÇÃO DO CENTRO

Tiago Amaral – O Calçadão é o nosso maior símbolo. Por isso, nós vamos fazer um choque de ordem imediatamente, devolvendo o nosso Calçadão a quem é de direito, que é o cidadão londrinense. É um orgulho para todos nós, na nossa história, olharmos as fotos, as imagens que refletem o cenário da pujança londrinense, quando a gente observava aquele Calçadão tomado pelas pessoas trabalhadoras, pelas pessoas de bem, pelos nossos comerciantes. O comércio ainda é o nosso principal meio de distribuição de renda. E o comércio é a cara do nosso Calçadão, é a cara da região central. Uma cidade que não valoriza o seu centro, é uma cidade que não valoriza a sua história. Nós não temos outro caminho, nós precisamos retirar os desocupados, nós precisamos encaminhar as pessoas em situação de rua. É inadmissível que a nossa cidade seja refém de quem tomou a decisão errada na vida, de quem efetivamente não está aqui para construir absolutamente nada. É obrigação nossa, como seres humanos, encaminharmos essas pessoas que estão em situação de rua. É obrigação nossa dar a elas o direito de serem acolhidas, o direito de trabalhar, de serem empregadas. Nós precisamos de manutenção em várias áreas da nossa cidade, por isso nós temos sim condições de aplicar essas pessoas para ajudar a gente na manutenção, mas é inaceitável nós garantirmos direitos a pessoas que estão hoje ameaçando, amedrontando, afastando os cidadãos de bem do nosso centro. O comércio não pode morrer, o centro não pode morrer. Morreu o centro, morreu o comércio, morreu a cidade e a nossa história. Por isso, 1º de janeiro, nós vamos trocar a gestão da Secretaria de Assistência Social. Por isso, no dia 1º de janeiro, nós aplicaremos de uma forma completamente diferente os mais de 135 milhões de reais que estão hoje destinados à terceira maior pasta em termos de recursos da nossa cidade. Nós vamos dar uma destinação para recuperar o centro. Nós temos já um projeto muito bem avançado, em longas discussões e parcerias com a sociedade civil e, principalmente, com o Núcleo do nosso Calçadão. Mas nada disso fará sentido se nós não devolvermos o centro da nossa cidade às famílias. Por isso, a retomada e a possibilidade de ocupação das áreas centrais por mesas, por cadeiras, para que as famílias possam frequentar. Nós vamos devolver os cafés, os restaurantes. Não é possível que a gente tenha, às seis horas da tarde, o nosso Calçadão absolutamente fechado. Não é possível que tudo pare, porque só fica o medo, só fica a desordem, só fica o caos. Então nós devolveremos Londrina aos londrinenses, começando pelo Calçadão. A nossa meta é que, nos 50 anos do Calçadão, ele seja novamente a grande referência de turismo e desenvolvimento da cidade de Londrina.

Maria Tereza – Falando sobre a revitalização do centro, a gente tem algumas ações previstas. Lembrando os últimos acontecimentos, a gente iluminou em LED todo o centro da nossa cidade. Isso trouxe mais iluminação, mais segurança. A gente tem um trabalho intensivo para a Guarda Municipal em parceria com a Assistência e a Secretaria de Saúde, para que a gente tenha mais segurança no nosso centro. Eu dividi as nossas propostas em curto, médio e longo prazo. São ações que já estão sendo feitas. Nós temos dois projetos de lei na Câmara que mudam a configuração do centro da nossa cidade. São projetos de lei que promovem o readensamento. Muitas pessoas deixaram de morar no centro. Então, os nossos estudiosos, os nossos especialistas do IPPUL, encaminharam para a Câmara Municipal dois projetos que mudam a forma de construção. Se tem um prédio só com escritório, pode-se fazer um modelo de estúdio, por exemplo, para as pessoas morarem. Acontece em outras cidades, aconteceu em São Paulo. Volto a falar da importância do trabalho do Eduardo Tominaga, que cria incentivos para quem quer investir em modelos de unidades habitacionais menores, aproveitando a infraestrutura que existe e que aumenta o coeficiente do aproveitamento das pessoas que vão morar lá. Essas leis, no longo prazo, vão trazer dois, três, quatro, cinco anos de investimentos em novos modelos de moradia ali. A gente vai trazer as pessoas de volta para morar no centro da cidade. Isso aconteceu nas grandes cidades que já passaram por isso. Nós temos propostas para o curto prazo, além de aumentar a sensação de segurança das pessoas, iluminação e fazer a manutenção constante de tudo isso, também vamos incentivar feiras e eventos culturais naquela região da cidade, além da revitalização do Museu de Arte, que está acontecendo em parceria com a Sanepar e vai trazer uma grande novidade. Nós temos também o projeto de revitalização, que trata especialmente do trecho que já é tombado em frente do Ouro Verde, que está em aprovação pelos órgãos no governo do Estado, que tratam do patrimônio histórico tombado. Nós vamos fazer todas as obras necessárias para que a gente volte a ter esse centro, de onde as pessoas migraram para o comércio eletrônico, para a compra pela internet, e já não vão mais ao centro da cidade simplesmente por ir. A gente tem que criar atrativos para que essas pessoas venham novamente para o centro da nossa cidade. A gente tem um projeto maravilhoso há muitos anos aqui em Londrina, chama-se Conhecer Londrina. E agora vamos colocar placas com QR Code dessa história, assim como a gente faz com as crianças das escolas que vão visitar esses pontos, e o professor ali na frente conta a história de cada pedaço do centro. Nós vamos fazer isso usando toda a tecnologia possível para que as pessoas tenham interesse em vivenciar o centro, em conhecer essa história e, o mais importante, criar uma memória afetiva. Porque às vezes você tem crianças que estão muito longe e pouco vão ao centro da cidade. A gente precisa resgatar isso.

DIEGO GARCIA – Eu queria agradecer uma pessoa que está aqui, a minha vice, a Hérika Galli. Porque, em primeiro lugar, ela aceitou o convite de estar comigo nessa jornada. Em segundo lugar, ela é empresária, é ligada ao setor do turismo, e grande parte de todo o eixo que nós trazemos de revitalização, não só do centro, mas de outras áreas que são fundamentais e importantes para que a nossa cidade seja uma cidade bonita, linda, que atraia o turismo, que fomente o comércio, foi graças às palavras, às sugestões e às ideias que a Hérika trouxe para dentro do plano de governo. A Hérika não vai ser uma vice a mais, alguém que vai ficar ali apenas do meu lado. Ela vai ter um papel crucial para nos ajudar a mudar a cara da cidade. Eu me recordo que, quando era criança, ia para o centro, para o Calçadão, e era sempre a maior alegria para o meu pai estar conosco. Quando a gente conversa com os comerciantes, eu e a Hérika estivemos fazendo um corpo a corpo ali no centro da cidade, eles mostram que estão com medo, com pânico, se sentindo inseguros. E nós vamos mudar essa realidade. Há bastante tempo eu venho conversando com um dos membros aqui, que está sempre presente, que é o Gerson Guariente. Ele disse pra mim: “Diego, fica em torno de 20 milhões de reais para que a gente possa revitalizar o centro de Londrina”. Eu falei pra ele: “Você pode contar comigo”. E dei uma sugestão: dividir esse projeto em blocos. Um bloco é meu, talvez eu fique com dois, talvez a gente consiga recursos para todos, mas se eu não conseguir, eu tenho certeza que os outros deputados vão abraçar essa proposta. Quem não quer o centro revitalizado? Já era pra ter saído do papel há muito tempo. Há 11, 10 anos, eu estava atrás de um balcão vendendo roupa. Eu sei o que é estar do outro lado. Eu sei o que é ser comerciante. Eu sei quais são os desafios que a gente enfrenta. É de minha autoria a indicação da emenda que vai trazer para o centro da cidade o banheiro autolimpante, que foi discutido também junto com a sociedade civil organizada. É um pleito das entidades representativas. Nós estamos trazendo essa inovação para Londrina. Economiza o dinheiro público, tem custo baixo de manutenção, tira o ônus da população e traz segurança para as famílias. Nós vamos ampliar as forças de segurança. O problema não é a Secretaria de Assistência Social, o problema é que Londrina é a única grande cidade no Paraná que não tem uma diretoria de política de atenção e cuidado para as pessoas com dependência química. Curitiba tem, Maringá tem e eu ajudo essas diretorias com recursos federais. Nós vamos criar essa diretoria, esse departamento aqui, para tirar de vez as pessoas da rua, para trazer segurança para as famílias. Vamos investir em tecnologia para criar uma grande muralha digital, não só no centro, mas em toda a cidade de Londrina.

CORONEL VILLA – Eu sou nascido na cidade de Londrina. Assim como disse o candidato Diego, eu frequentava o Calçadão com a minha mãe há muitos anos, quando eu era criança. Para mim era uma grande alegria passear pelo Calçadão repleto de pessoas, cheio de gente fazendo compras e, no final, nosso passeio passava nas Lojas Americanas para comer banana split, que era muito gostoso, era um dos poucos lugares que vendiam aquele padrão de split. Então eu tenho muita saudade desse Calçadão que eu conheci. Hoje você nota o Calçadão vazio. Outro dia eu fiz uma reunião com comerciantes do Calçadão. Começamos a conversar sobre os problemas que assolam o Calçadão e o centro da cidade. E eles falaram: “Não tem cliente passando por aqui”. Não tem nada que atraia o pessoal ao Calçadão. Nós precisamos mudar essa concepção. Eu tenho a percepção de que uma das formas para dinamizar o Calçadão, atrair mais pessoas para o Calçadão, e isso consta no nosso plano de governo, é criar o Calçadão Gastronômico, fazendo do Calçadão um lugar onde as pessoas possam frequentar, ouvir música, ter entretenimento, confraternizar com a família e fazer com que as pessoas voltem. Na época, nós tínhamos o Grill e o Chopão, que estavam sempre cheios. As pessoas que frequentam esses espaços acabam naturalmente comprando e aquecendo o comércio. E o Calçadão tem que passar a ser, porque infelizmente hoje não está assim configurado, um ponto turístico da cidade. Mas já que nós falamos sobre turismo, eu vou fazer uma pergunta para vocês. Vocês sabiam que Londrina não tem um portal de turismo? Não tem. Se eu for para o Rio de Janeiro hoje, com a minha esposa, eu compro os ingressos para tudo que eu quero fazer antes. É só entrar no site da Prefeitura, que me dá os links pra que eu possa fazer a aquisição de ingressos, saber pra onde eu vou, onde estão os bares… Londrina não tem isso. Você mesmo, que mora em Londrina, se quiser fazer alguma coisa, você não vai achar esse portal. Bom, esse é um tema importante. Segundo, as pessoas em situação de rua. Entendo eu que é uma questão que não passa só pela Segurança Pública. Ela passa pela Assistência Social e pela Saúde. Sou uma pessoa que, desde o início, lá em 2021, 2022, venho falando que as secretarias e os demais órgãos deveriam formar um grupo multidisciplinar para tratar o devido encaminhamento para essas pessoas. Só que a Assistência Social não recebe outros órgãos para fazer esse trabalho integrado. Nós não vamos conseguir resolver só com a ação isolada da Assistência Social. Nós precisamos trabalhar de forma integrada para não resolver, porque não se resolve um problema assim, mas para minimizar esse problema e devolver o Calçadão ao cidadão de bem. 

BARBOSA NETO – O abandono da Prefeitura é o resultado que o Calçadão colhe hoje. Vocês da administração municipal tiraram a árvore de Natal da praça Tomi Nakagawa. O museu Padre Carlos Weiss [Museu Histórico] está fechado. Está fechado o Museu de Arte de Londrina. E várias outras ações que, infelizmente, deixaram o Calçadão da forma como está. No meu tempo, era tolerância zero. Pichação, nós fazíamos a correção. Os jovens que eram pegos pichando tinham depois que fazer o reparo. Isso aconteceu várias vezes. Som alto, tinha multa e apreensão de equipamento, com multa de 3 mil reais. O secretário ficava de madrugada acompanhando se havia ou não o desrespeito à lei do silêncio. Eu fiz as três únicas etapas do Calçadão. Enfrentei muitos protestos, limpei o centro, deixei o Calçadão com o paver, tirando o petit pavê, que não tem nada a ver com a nossa história, via esse modelo do Japão. E o Calçadão está lá, não dá problema nenhum. Já faz 14 anos que o Calçadão está lá [com o paver]. Agora, falta vontade política para resolver e atitude. Eu tinha a base da Guarda Municipal dentro do Bosque. O Bosque era lavado duas vezes por dia, até. O Calçadão era lavado três vezes por semana. Nós tínhamos, realmente, consideração com o centro da cidade, que é o nosso cartão postal. Dos moradores em situação de rua, 90% deles não são daqui. Eu vou mudar o decreto que impede que ele volte à sua origem com a Prefeitura pagando passagem de ônibus. Abordagem social. Vamos olhar a família, vamos ligar, vamos fazer a busca aqui. O único consultório de rua que tem em Londrina, eu trouxe quando era prefeito. Com médico, psicólogo, assistente social, com redutor de danos para fazer a busca ativa, para fazer todo dia a identificação daquele cidadão e encaminhá-lo, seja por dependência química, seja por problema com a polícia. Agora, não pode continuar do jeito que está. Tem que ter coragem, tem que ter atitude. Isso nós já fizemos e vamos conversar com as igrejas para que parem de distribuir esses marmitex em frente à Concha Acústica. Vamos fazer uma outra ação social, mas não incentivando que eles permaneçam lá cada vez mais. Nós vamos adotar essas medidas, vamos ter banheiros decentes, como a gente vê em outras cidades, na Europa, no Rio de Janeiro tem, terceirizado, upado, mas que tem a zeladoria. Em uma cidade quente como Londrina, nós vamos espalhar novamente os bebedouros públicos ao longo do centro. Eu creio que tudo isso vai fazer voltar novamente o Calçadão a ter a vida que ele tanto necessita. Ali pulsa toda a cidade de Londrina. É um patrimônio histórico, é o centro da cidade e nós vamos começar por lá. Com atitude. Eu vou acampar lá no Calçadão, como já fiz da outra vez, quando eu retirei as grades do Bosque, peguei mais de 60 pessoas que estavam morando lá e eles sumiram. Isso tem que ter atitude, com a Guarda Municipal, com a Assistência Social e envolvendo o Ministério Público. Vamos fazer essa limpeza respeitando o direito de ir e vir, mas também mostrando o caminho para quem quer se recuperar.

ISABEL DIAS – O compromisso com a cidade de Londrina passa pela retomada do crescimento responsável. A revitalização do nosso centro não está restrita apenas ao trecho de Calçadão. Passa inclusive pelas ruas de comércio, pois são elas que garantem a circulação e a presença das pessoas se dirigindo ao espaço do Calçadão revitalizado, reestruturado, com condições de segurança. Tenho ouvido dos nossos comerciantes das ruas centrais, um quadrilátero central de comércio pujante, atrativo, que acolhe as pessoas, não só o londrinense, mas de toda a nossa região, que vem todos os dias, que vem toda semana, consumir, gastar, gerar renda, gerar trabalho, gerar desenvolvimento para o nosso centro. O nosso compromisso é retomar o comércio central, porque ele é que atende as necessidades da família londrinense, da família trabalhadora que se organiza para melhorar sua casa, que se organiza para melhorar as condições dos seus equipamentos, dos seus aparelhos, da mobília, dos serviços e, como já foi dito, também dos espaços de lazer. O nosso compromisso é criar áreas, que podem ser iniciadas no Memorial dos Pioneiros, passando pelo Ouro Verde e passando, inclusive, pelo nosso compromisso de acolher e revitalizar hoje o espaço que abriga o nosso Correio, e transformarmos ali em um espaço cultural, uma livraria, em espaços onde a gente possa apresentar a produção criativa, atraindo a presença das famílias, dos estudantes, para o lazer, o desenvolvimento e a cultura. A responsabilidade é de reestruturarmos, sim, o Calçadão também como um referencial de potencial político. E temos a responsabilidade, com as forças de segurança, tendo como principal instrumento a atuação da nossa Guarda Municipal, amiga, a Guarda Municipal da cultura da paz, selando, cuidando, testificando as situações que precisam de cuidados, sobretudo de potencial, para as nossas crianças, para os nossos jovens, para as nossas famílias. Fortalecer o diálogo com a Associação Comercial, como já fizemos em outros momentos, com o Conselho Municipal de Segurança, tendo também a colaboração e a contribuição das forças de segurança da nossa cidade para que estejam atentas a todas as formas de ameaça, a todas as formas de criminalidade e outras situações que geram violência. E, acima de tudo, uma responsabilidade firme de enfrentar essa realidade que é a situação da população em situação de rua. É uma mazela, é uma questão social e humanitária que nós precisamos enfrentar, todos juntos, tendo a gestão pública, a Prefeitura, com os serviços especializados, a Casa de Passagem, para a triagem, identificação, e encaminhar quem precisa de tratamento à saúde mental, encaminharmos inclusive para reintegração familiar e reintegração na geração de renda e de trabalho.

TERCILIO TURINI – Eu moro em Londrina desde os três anos de idade. Na minha vida toda, o Calçadão foi uma referência. Eu continuo indo praticamente todo sábado ao Calçadão para engraxar o sapato. Existem poucos engraxates hoje, porque poucas pessoas usam sapato. Mas continuo indo lá engraxar o sapato. O Calçadão é uma grande referência para os moradores de Londrina e para os moradores da região. Eu me lembro de muitas manifestações culturais e manifestações políticas no Calçadão. Participei de atividades políticas a vida toda, desde estudante, no Calçadão de Londrina. Está esvaziado, realmente eu diria até que o Calçadão está abandonado e precisa de um grande esforço com a liderança do próximo prefeito, envolvendo todos os setores. Os lojistas, os comerciantes, a Associação Comercial, os produtores culturais, a sociedade como um todo. E temos, o Diego Garcia falou, as emendas parlamentares. É uma boa ideia envolver os deputados estaduais, federais, a própria Copel, a Itaipu, e fazer um grande projeto para revitalizar o centro de Londrina. Nós temos riquezas importantes abandonadas no Calçadão. O Teatro Zaqueu de Mello, que está há muitos anos abandonado. Quem conhece o Museu de Artes, a antiga Rodoviária? Está fechado. E essas riquezas podem voltar a ser um grande atrativo. Em breve, teremos o Terminal Metropolitano. Hoje, cerca de 30 a 40 mil pessoas vêm da região e desembarcam na Av. Leste-Oeste. Com o novo Terminal Metropolitano, e o governador já desapropriou a área, essas pessoas que vêm trabalhar, que vêm comprar, que vêm para a área da saúde, poderão voltar a movimentar o Calçadão. Quem não se lembra, quem é mais antigo, da década de 60, 70, 80, início de 90, da movimentação do Calçadão? Era uma beleza, uma coisa extraordinária, tinha vida durante o dia e durante a noite. Tem que dar vida ao Calçadão, tem que ter bares, restaurantes. E nós temos dificuldades que precisam ser resolvidas e não são fáceis, como os moradores em situação de rua. Tem que ter projeto com começo, meio e fim para isso. Mas tem jeito.

DESBUROCRATIZAÇÃO E DIGITALIZAÇÃO

BARBOSA NETO – Um loteamento, hoje, demora sete anos para ser disponibilizado e comercializado aqui em Londrina. É muita burocracia. Eu tenho orgulho de ter criado a Sala do Empreendedor, o Alvará Fácil, que você tirava pela internet, nem tinha que passar na Prefeitura, e poderia abrir a sua empresa. Fiz isso em parceria com o Sebrae, com o Sescap, o Sindicato dos Contabilistas, está lá até hoje, mas ainda na época a internet era rudimentar. Com a tecnologia, com tantos avanços, não é possível que Londrina fique no atraso, perdendo empresas para Cambé, Ibiporã, Rolândia e faltando, acima de tudo, desburocratizar, facilitar a vida do empresário.

MARIA TEREZA – O Conselho Municipal de Educação de Londrina aprova o funcionamento de todas as instituições municipais e privadas da educação infantil, por exemplo. Quando nós assumimos, tinha escola que estava havia cinco anos esperando a aprovação ou funcionando sem a devida autorização. E isso não era uma questão porque a instituição era privada, porque o processo era tão pesado e carregado e era tudo tão arcaico que nós não conseguíamos sequer achar o processo, ou quando a gente ia para o segundo volume do processo, venciam as certidões das primeiras. Nós tínhamos escolas funcionando há cinco anos sem autorização de funcionamento, essa era a fila. Nós zeramos essa fila de espera documental, da autorização de funcionamento da unidade privada/pública para a educação infantil. O que nós fizemos? Nós redesenhamos todos os processos e colocamos todos no centro, mas nós não fizemos o processo como era antigamente, com todas as partes que cabiam. Nós fizemos a redefinição do modelo e nós vamos fazer isso com todos os processos. A Prefeitura de Londrina, nos últimos anos, avançou, por exemplo, em parceria com o Sescap, ouvindo as entidades, fez o lançamento recente do alvará de atividade média e baixa complexidade, sai no mesmo dia. A gente quer fazer esses processos mais rápidos, e nós já fizemos. A gente tem ainda muitos processos burocráticos que atrasam. Então estou falando sobre redesenhar processos, criar, em parceria com a CTD [Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento], muitas soluções com os profissionais que nós temos em Londrina, com as universidades que nós temos em Londrina. Criar soluções muito rápidas ou usar as que já existem no mercado a partir do trabalho da parceria com a companhia de tecnologia. E nós temos também a legislação. Como eu disse, Eduardo Tominaga está à frente da mudança do Plano Diretor porque 55% das CPUs são negadas simplesmente por conta da legislação existente. Então nós precisamos fazer essa mudança também da legislação e da melhoria dos processos, para que as empresas tenham segurança e funcionem corretamente, para que as atividades econômicas tenham isso, mas não dá para dissociar todas essas melhorias da tecnologia, porque a gente consegue garantir ao servidor público muito mais eficiência quando você tem as ferramentas corretas para que isso aconteça. A gente teve grandes avanços nos últimos anos, mas essa é uma questão principal. É melhoria e eficiência da gestão pública. Você consegue ser ainda mais transparente. Londrina já é a cidade mais transparente, segundo a Controladoria Geral da União e os critérios que ela estabelece. Mas a gente quer que o cidadão comum tenha a informação. Não precisa entrar no site e procurar um monte de informação. A gente vai usando a tecnologia, usando o conhecimento, criando hackathons, criando várias ações para que as pessoas tenham acesso a essa informação. E nós vamos melhorar a comunicação com o cidadão, para que ele saiba exatamente o que ele tem que fazer, no tempo que ele tem que fazer, para que consiga os documentos necessários.

CORONEL VILLA – Sou coronel da Polícia Militar. E nós já passamos a época do manual. Nós temos que informatizar a nossa Prefeitura. Nós temos que informatizar. Isso é um tema que eu uso. Na Polícia Militar, por exemplo, eu tenho um instrumento de gestão. Eu, como comandante, dentro da minha sala, consigo abrir uma página onde eu tenho todas as viaturas, onde elas estão sendo aplicadas. Clicando em cima dela, eu sei qual é a ocorrência, quanto tempo demorou a chamada, e consigo fazer a gestão de dentro da minha sala. A desburocratização está, portanto, intimamente ligada à informatização. Nós temos uma situação que agrava o que eu falo, na Prefeitura. Pior do que não ter nenhum sistema informatizado, é ter dois. Nós temos que verificar isso. Nós temos o Sistema Eletrônico de Informações e o Processo Eletrônico Nacional. Numa cidade grande como Londrina, não é possível mais aceitar que as coisas sejam feitas manualmente. Nós precisamos ter um instrumento de gestão que permita que o prefeito, de dentro da sua sala, saiba como está o atendimento da UBS, o atendimento da UPA, como estão as filas. Quando você tem uma prefeitura unificada por meio da informatização, você reduz os subjetivismos. Você torna os sistemas mais céleres e a concessão de alvará, consequentemente, acaba sendo mais rápida para que o empreendedor possa ter a sua empresa o mais rápido possível. Eu conversava outro dia com um contador que entrou, representando uma empresa, com um pedido junto à Prefeitura para a concessão de alvará. Este procedimento demorou aproximadamente seis meses. No término dos seis meses, o que aconteceu? O bombeiro achou uma divergência de medição. Em vez de abrir para o interessado resolver aquele problema e expedir o alvará, o processo teve início desde o começo. Mais seis meses esperando. É fato que o sistema de concessão de alvarás da Prefeitura é moroso e isso espanta de Londrina o empreendedor, que vai procurar empreender em outro lugar. Que seja menos burocrático. Em certa ocasião, eu trouxe para Londrina, com a ajuda da Associação Comercial e Industrial de Londrina, a Banda da Polícia Militar. A banda iria se apresentar em Londrina e em Ibiporã. Eu fiquei surpreso com a notícia de que o ente federativo do Município de Londrina estava cobrando o alvará do ente federativo do Estado para trazer o entretenimento para a cidade, quando deveria, na verdade, estar investindo nisso. Ou seja, nós tivemos que pegar parte do patrocínio da ACIL e pagar o alvará para a Prefeitura. E o secretário não nos ajudou, não resolveu. E, quando eu fui tocar em Ibiporã, o prefeito falou assim: “Venha”. Esta é uma pequena demonstração do quão burocrática é a nossa Prefeitura.

ISABEL DINIZ – Atualizar e pensar o conjunto da desburocratização da gestão pública, com os serviços direcionados para as necessidades dos empreendedores, dos negócios, das empresas, mas sobretudo para o cidadão que precisa, desde os serviços da prefeitura, o atendimento às suas solicitações. A gestão pública tem uma grande responsabilidade para aquilo que está direcionado como um bem e um serviço, tendo nos nossos servidores e servidoras a grande responsabilidade, porque são eles que recebem, são eles que fazem caminhar, são eles que aprovam nos diversos setores toda solicitação do cidadão e da cidadã que precisa deste serviço. A atualização é urgente e necessária e passa inclusive pela atualização dos nossos servidores, para o seu preparo neste universo tecnológico que traz grandes facilidades, que nós acreditamos ser importante para que a cidade avance, para que a gestão pública seja a parceira principal, para investir e melhorar a vida dos nossos negócios, mas também a vida do cidadão. Temos em Londrina um enorme potencial de produção tecnológica, é uma vocação nossa, é uma marca. Temos universidades e cursos em que a nossa moçada, a nossa juventude, os nossos profissionais, estão atualizados. É preciso e urgente um intercâmbio, um convênio imediato para que a gente possa atualizar na gestão pública a participação, inclusive, dos nossos jovens aprendizes, facilitando, integrando juventude e aprendizado com os nossos servidores, que precisam também estar atualizados com as novas tecnologias. Então não basta só investir em equipamentos dentro da estrutura da Prefeitura para dar agilidade se o servidor não está preparado, não sabe manusear, não está sintonizado. Temos o  compromisso de fortalecer também este diálogo com os segmentos produtivos da cidade, como melhorar, como investir, como potencializar inclusive os programas de jovem aprendiz com uma porta de entrada de melhoria dos nossos serviços, da modernização, e, junto com o Legislativo, também na revisão do nosso Plano Diretor, na proposta da expansão e da revisão das nossas áreas de zoneamento e investimento. Nós temos responsabilidade na qualidade do serviço, para que a agilidade possa destravar, desburocratizar e modernizar a gestão pública com uma grande parceria do setor produtivo, ampliando e desenvolvendo a nossa cidade. Esse é o compromisso e é uma proposta em que nós acreditamos. O empreendedor, aquele que acredita na cidade, tem que ser respeitado, valorizado e ter a agilidade, a desburocratização, o destravamento, mas também avançando e priorizando o bem-servir, que é o papel da gestão.

TIAGO AMARAL – Chegamos a um ponto central do problema da cidade de Londrina. O problema aqui não é só excesso de obrigações, não é só muita burocracia. O problema aqui é desordem mesmo. A cidade está bagunçada. A administração nossa está bagunçada.  Quer ver uma coisa? Quem aqui sabe exatamente quais são os documentos necessários de todas as secretarias para a abertura de uma empresa? Alguém sabe dizer? Alguém sabe dizer qual é exatamente o fluxo dos processos, por onde a gente começa, o protocolo para a abertura de uma empresa, qual é a próxima etapa? E a seguinte? Alguém sabe? Ninguém sabe. A administração da cidade de Londrina hoje, infelizmente, se tornou uma bagunça. Imagine se nós estivéssemos no aeroporto sem nenhuma placa, sem nenhum tipo de procedimento, sem nenhum tipo de definição. Imagine um hospital sem as linhas que nós temos no chão hoje. Imagine o quão perdido ficaria um cidadão que chegasse ao aeroporto sem que ele soubesse exatamente onde é a área de embarque e desembarque. As pessoas iriam ficar andando de um lado pro outro até alguém dizer onde é, ou ele achar no susto. A cidade de Londrina não vai mais resolver os seus problemas no susto. Nós vamos transformar a nossa Secretaria de Gestão em uma Secretaria de Gestão e Desburocratização. Nós vamos, imediatamente, assim que nós chegarmos à Prefeitura no dia 1º de janeiro, iniciar um processo de revisão de todos os cursos, de todos os processos, de todos os procedimentos. Porque hoje nós estamos transformando a vida do servidor público e da cidade em um verdadeiro caos. Eu já vi muita gente colocando a culpa no servidor. Mas eu garanto pra vocês, a culpa não é do servidor. O servidor é um produto da desordem em que está instalado. As pessoas estão ficando doentes porque estão sendo colocadas em conflitos com a sociedade. O servidor da nossa cidade hoje é visto como um inimigo pela população. O maior desespero de um médico, de um profissional da saúde, de uma unidade de saúde, é ficar sem a Guarda Municipal. Isso não faz sentido. Isso ocorre porque nós estamos vivendo um momento de completa desordem. Então nós precisamos organizar isso. Nós não podemos ficar mais dependendo de um único indivíduo ou de um único servidor para que o seu processo possa caminhar. Nós precisamos estabelecer processos que deixem claro as atribuições de cada um dos departamentos, de cada uma das estruturas. Nós precisamos que a cidade de Londrina seja modelo de eficiência na nossa gestão e isso só vai acontecer no momento em que nós colocarmos um prefeito que tem a mentalidade de acelerar e agilizar a nossa cidade, que não tenha medo, que não tenha dificuldade de enfrentar o problema de frente e chamar as pessoas para dialogar. Então nós precisamos implementar imediatamente na nossa cidade uma política rápida de desburocratização, gestão e eficiência. Essa vai ser a marca da cidade de Londrina. Uma cidade eficiente, responsiva e que faz muito com aquilo que nós já temos de arrecadação. 

TERCILIO TURINI – São muitas, mas muitas mesmo, as reclamações sobre o andamento dos processos na Prefeitura. Todo dia a gente escuta isso. E isso atrapalha o ambiente de negócios e atrapalha também a vida do cidadão. Antes de ontem, eu encontrei um empresário na rua, ele me identificou e falou: “Olha, não dá. Eu sou loteador, entrei com um processo na Prefeitura para aprovar um loteamento e está fazendo 28 meses que o meu processo está em andamento. Eu não preciso dar mais nenhuma informação. E eu estou dependendo de uma aprovação final que não vem. A Prefeitura também está perdendo, porque ela não aprova, eu não vou vender lotes, a Prefeitura não vai cobrar IPTU. Ontem eu fui ao Sebrae e fui atendido pelo Sergio Ozorio. Entre as propostas importantes para melhorar o ambiente de negócios em Londrina, está a digitalização da Prefeitura, principalmente os processos que envolvam as micro e pequenas empresas. É um sentimento geral de que isso precisa mudar, precisa informatizar, precisa desburocratizar. A Prefeitura é a maior empresa de Londrina. A Prefeitura tem 34 estruturas, entre secretarias e órgãos. Tem mais de 10 mil funcionários diretamente e milhares indiretamente, terceirizados. Não tem ninguém que não precisa da Prefeitura. A população em geral e os empresários precisam da Prefeitura. Então, o que a Prefeitura tem que fazer? Para o cidadão em geral, tem que ter política pública de boa qualidade. Mas precisa atender também as outras demandas da população e do setor produtivo. Quando você protocola lá uma demanda, tem que ter começo, meio e fim. Você tem que saber por quais órgãos o seu pedido vai passar e qual o tempo que vai demorar para ter o parecer em cada órgão, quando vai ser finalizado. O autor do pedido tem que fazer o acompanhamento online. Mas a pessoa entra de férias, o processo não anda. A pessoa está de licença médica, o processo não anda. São situações que o município tem que resolver para a cidade se desenvolver. Não é culpa do servidor. Nós temos servidores na Prefeitura de Londrina com muito conhecimento na área de tecnologia. São servidores que podem resolver esse problema. Mas eles precisam do norte para ver como vai ser resolvido.

DIEGO GARCIA – Nós temos que trazer a solução, de fato, para ter a clareza de como vamos desburocratizar a nossa cidade, investir em tecnologia, ampliar a transparência e acelerar os processos em Londrina. Eu, como deputado, fui vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara. Uma das primeiras missões que ele nos deu foi atuar e trazer para o Congresso reformas estruturantes que nenhum outro governante fez. Como nós trabalhamos? Indo a fundo nas pautas, estudando os temas, tendo profundidade nos assuntos para trazer solução para os problemas. Não adianta nós jogarmos para a platéia e dizer o que vamos fazer se não temos propriedade sobre os atuais problemas na cidade de Londrina. Nós precisamos fazer a inovação que outras grandes cidades fizeram. Olha Maringá, a nossa vizinha aqui do lado, que desde 2021 conseguiu o alvará provisório. Olha Foz do Iguaçu, que é considerada hoje uma das cidades com o menor índice de burocracia. Por que Londrina vai ficar atrás? Esses processos precisam ter começo, e o cidadão que está sentado do outro lado do servidor, lá na ponta, precisa saber que hora que vai terminar. E não continuar essa novela. Primeiro ponto: formação e capacitação dos nossos servidores públicos. Vamos qualificá-los para atender o cidadão londrinense. Nós vamos investir muito nisso. A nossa legislação está mudando o tempo todo. Novas tecnologias estão vindo o tempo todo. Os servidores públicos têm que estar preparados para servir vocês que estão lá na ponta com qualidade e com eficiência. Vamos investir em tecnologia. Temos aqui sentado à mesa o Lucio [Kamiji], que representa essa área de TI muito bem em Londrina. Espero poder contar com esses parceiros, para que a gente possa trazer inovação e trazer aquilo que eu vejo acontecendo em outros países, nas inúmeras reuniões que eu já participei, em embaixadas em Brasília, onde nós vemos tecnologia e inovação. Nós vamos trazer o que tem de melhor. Londrina não vai ser mais a segunda maior cidade apenas no papel. Nós vamos colocar Londrina no topo como uma cidade inovadora, como uma cidade que investe, como uma cidade transparente. Vou fazer com o portal da Prefeitura de Londrina o que a Câmara fez com o portal da Câmara dos Deputados. Quem tiver curiosidade, entre agora em Câmara dos Deputados, digite Diego Garcia, e vai abrir o meu perfil. Você vai saber tudo o que quiser sobre o Diego Garcia. Nós temos que investir na transparência para que o cidadão seja respeitado de fato em Londrina.

ORÇAMENTO E RECEITA

PROFESSORA MARIA TEREZA –  É importante dizer que a gente tem no orçamento previsto do município para o ano que vem mais ou menos 4 bilhões e 78 milhões de reais. Foi aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias já no programa municipal e agora nós estamos no processo de aprovação da Lei Orçamentária Anual. A gente tem esses investimentos todos previstos, divididos por secretaria, além da aplicação constitucional em Saúde e Educação, em torno de 30% para Educação e 25% a 28% para Saúde. Esse é o orçamento previsto para o ano que vem. Nos últimos oito anos a gente tem feito o planejamento minimamente ser cumprido, a Lei de Diretrizes Orçamentárias não é uma peça de ficção, é um planejamento mínimo do que o município tem, do que o município irá investir e onde será investido esse imposto. Isso é superimportante a gente falar porque, como gestora pública, a gente tem que conhecer todos os princípios que regem o orçamento, muito mais do que o princípio da legalidade é o princípio da transparência. Londrina é uma cidade transparente, porque o cidadão precisa saber onde está cada real investido. E nós vamos ampliar essa transparência, facilitando a comunicação do cidadão para que todo mundo possa acompanhar. Nós temos essas receitas previstas e vamos, como nós pretendemos ampliar, buscando parcerias com receitas extra-orçamentárias, com emendas dos nossos deputados, com projetos e programas do governo federal e do governo do Estado, que preveem recurso para ações determinadas no município para ampliar o atendimento. Vamos buscar dessa forma e vamos sim investir nessas ações. Por exemplo, falamos sobre industrialização e a gente sabe que o PIB da indústria é maior ou gera melhor per capita em relação ao PIB de outras áreas, então nós já estamos com isso no planejamento, para que a gente possa continuar a ampliação da industrialização na nossa cidade, pensando muito na vocação do nosso município para empresas de tecnologia. Porque temos as governanças no nosso município, assinamos o compromisso com a governança de Turismo e, com ações que serão intensificadas, vamos ampliar essa importante participação econômica na nossa cidade. Temos poucas atividades como estruturar o calendário de eventos, trazer mais pessoas, divulgar, organizar as informações, fortalecer os quase um quarto de todos os CNPJs aqui que são ligados a atividades de turismo, então nós vamos fortalecer essas ações para que a gente possa ter a nossa cidade cada vez mais visitada, com as práticas esportivas, com o Autódromo, enfim, há vários elementos que nós vamos trazer mais para a cidade para que a gente possa melhorar e aumentar o nosso orçamento, considerando que a gente já tem um planejamento com todas as contas, com muita responsabilidade fiscal, o que está lá e o que vai ser feito e o que vier extra-orçamentariamente, que nós vamos buscar, vai trazer ainda mais serviços públicos de qualidade para as pessoas e vamos pensar em aumentar a arrecadação com ações de investimento em Turismo e Indústria.

DIEGO GARCIA – Eu trago, no meu plano de governo, várias propostas para o aumento de receita. Muito, mais uma vez, eu reforço, fruto dessa parceria com a minha vice, a Hérika Galli, que é empresária e vem levantando essa bandeira há muito tempo aqui em Londrina, para justamente trazer dinheiro de fora para dentro da nossa cidade, gerar riquezas e promover o turismo, o turismo de eventos e o turismo gastronômico. Nós temos um potencial imenso. Agora, a escolha passa pela decisão que vocês vão fazer no dia 6 de outubro. Eu tenho certeza de que todos os líderes que estão aqui são multiplicadores, têm um papel fundamental. Vão levar o feedback desse encontro para milhares de outras pessoas. E está nas mãos de vocês o futuro da nossa cidade. Se nós vamos continuar do jeito que está ou se nós vamos trazer alguém com competência, com capacidade. Alguém que, como deputado federal, é o deputado que mais recursos trouxe na história para a cidade de Londrina e tem capacidade de fazer muito mais por Londrina. Foi falado no Autódromo, mas já foram visitar o Autódromo para ver como está? As condições de uso? Nós estamos colocando, e o município já cadastrou a proposta, mais de 2 milhões de reais para o Autódromo, o que é insuficiente. Mas era para estar reformado e revitalizado, com grandes competições internacionais acontecendo em Londrina, há muito tempo. Olha o nosso Estádio, abandonado. Eu fui ao Estádio segunda-feira. As pessoas estavam brigando porque não conseguiam comprar cerveja, não conseguiam comprar água. Acabou o copo descartável. É assim que uma cidade vai atrair riquezas, vai atrair receitas novas? Olha a Estrada do Limoeiro! Em 2021, na reunião da Comissão de Infraestrutura, nós colocamos isso como uma pauta. Eu consegui recursos para a Estrada do Limoeiro. Até hoje a Prefeitura não entregou o projeto executivo. Os recursos estão na conta. A estrada de Lerroville é a mesma coisa. Está em nossas mãos a escolha e a decisão que nós vamos tomar. Se nós vamos querer continuar com essa lenga-lenga, esse blá-blá-blá de gente que não tem competência, qualificação e capacidade de transformar a cidade de Londrina, ou se nós vamos querer colocar lá um homem trabalhador, sério, ficha limpa. Com o histórico e o passado que me dão condições para poder chegar aqui de cabeça erguida hoje. Sem nenhuma rusga para trás. Eu posso olhar nos olhos de vocês e dizer: nós vamos trazer riquezas para Londrina. Nós vamos colocar Londrina no topo do desenvolvimento. Vou investir na educação das nossas crianças. Uma pena não terem perguntado sobre isso aqui, mas eu aproveito para falar. Vai ser uma prioridade. Londrina chega a marca de 29 mil famílias na linha da pobreza extrema. Eu vou combater a pobreza investindo na educação infantil. Vamos trazer educação de qualidade para as nossas crianças. As escolas públicas de Londrina não vão perder em nada para as escolas privadas, com todo o respeito a elas. Nós vamos transformar Londrina e fazer de Londrina uma cidade rica de verdade.

ISABEL DINIZ – O nosso compromisso é principalmente ampliar e aproveitar o desenvolvimento de Londrina com todo o potencial que ela tem. E, principalmente, arcar com a responsabilidade. Nós sabemos hoje que a base de arrecadação e do investimento orçamentário de Londrina depende muito do IPTU. E nós acreditamos e temos certeza de que na revisão da próxima planilha nós iremos enfrentar isso com responsabilidade, dialogando com a população, dialogando com o setor produtivo, e que o povo de Londrina, que o cidadão, quem acredita na cidade, quem aposta na cidade, não seja apanhado de surpresa, como foi no último período. Acreditamos que é um potencial de crescimento, de desenvolvimento, atraindo inclusive investimentos para que o setor produtivo possa, inclusive junto ao BNDES, junto às propostas do governo do presidente Lula, tendo o governo fiador, de buscarmos os fomentos que Londrina não acessou, que a Prefeitura não motivou, não trouxe, chamando a responsabilidade dos nossos parlamentares, que têm esse compromisso de ativar e de suscitar em Londrina todo o potencial gastronômico, turístico, toda a produção, toda a capacidade que o município de Londrina tem. Investiremos no Promic para atrair os eventos culturais, como já tivemos em outros momentos, fortalecendo o turismo, e trazendo espetáculos, trazendo apresentações que motivam a vida, a cidade, a economia, o setor hoteleiro, o nosso setor de serviços, abrangendo e ampliando. E fazemos isso porque nós precisamos ter responsabilidade com a questão da tributação. A justiça tributária prescinde de um governo, de uma Prefeitura responsável com o seu povo, olhando para as necessidades sociais, mas pensando como melhorar e garantir trabalho, renda, emprego, desenvolvimento, associado aos potenciais que nós temos. Precisamos investir nas nossas comunidades, nos nossos distritos rurais, nas nossas estradas rurais abandonadas. Precisamos investir no nosso potencial agroindustrial, fortalecendo, inclusive, a oferta de produtos para que o turismo venha forte para Londrina, para que a gente possa aumentar a arrecadação e fortalecer o nosso orçamento, para fazer pelo povo londrinense, pelos segmentos da sociedade, aquilo que nós precisamos para que Londrina possa ser uma cidade inclusive humana, mas que seja uma cidade também para todos e todas que escolham Londrina, como outros escolheram, como um lugar de bem viver, com oportunidades e também com lazer, com cultura, com alegria e com vontade de viver.

TIAGO AMARAL – A cidade de Londrina infelizmente se acostumou com a estratégia que a política velha de um Estado pesado quis implementar no nosso país. É uma mentalidade onde é muito mais fácil correr ao bolso do cidadão do que ter uma estratégia de desenvolvimento econômico, aumento de receita de peso e geração de riqueza para o cidadão. A cidade de Londrina precisa de uma mudança de mentalidade. Acho que isso está claro para todo mundo. Me parece que as coisas estão um pouco turvas para alguns, porque não estão entendendo ainda que a mentalidade da Prefeitura de Londrina precisa ser alterada imediatamente. Se nós não tivermos a visão e a determinação de mudar essa mentalidade, Londrina vai parar. E é por isso que eu digo a vocês que nós vamos acelerar esta cidade. Porque eu tenho certeza que o maior de todos os investimentos é no cidadão, no empreendedor. Eu tenho certeza que o foco em facilitar a vida dos nossos trabalhadores, dos nossos cidadãos, agilizando todos os tipos de procedimentos e processos dentro da administração, a partir do momento em que nós deixarmos a nossa cidade mais favorável e amiga. Amiga do empreendedor, onde ele sabe que Londrina vai ser sempre a sua melhor referência, onde eu tenho que instalar a minha empresa. Eu vou pra Londrina porque eu sei que lá o prefeito é parceiro do empreendedor. Eu vou pra Londrina porque em Londrina eu terei as melhores condições de investir em nossa cidade e em nossa empresa. Eu vou para Londrina porque eu sei, se eu quero prosperidade, se eu quero agilidade, se eu quero dinâmica, se eu quero modernidade, essa cidade é Londrina. E aí sim nós vamos poder alterar a tão danosa matriz econômica que foi estabelecida hoje em dia, que é basear a nossa economia apenas e tão somente no comércio e no serviço. Mas por que Tiago? Porque nós estamos falando de uma crise de circulação de riqueza e não de geração de riqueza. Hoje, os serviços que são prestados em nossa cidade – e aqui eu tenho muitos prestadores de serviços, muitos comerciantes – muitas vezes não podem ser prestados com excelência, porque o serviço de excelência custa. E eu só posso prestar um serviço de excelência que custa caro onde eu tenho uma cidade com condições de pagar um serviço caro. Mas se eu estou empobrecendo a minha cidade, se eu estou deixando a nossa cidade totalmente dependente da administração pública, de bolsas e de auxílios, se eu estou fazendo isso, eu estou matando a capacidade de inovação e transformação dos cidadãos londrinenses, os nossos empreendedores. E é essa mentalidade que será transformada a partir de 1º de janeiro. Nós já tivemos exemplos extraordinários. O governador Ratinho Júnior, que está com a gente, tem uma mentalidade como essa. O presidente Jair Bolsonaro, que esteve aqui comigo no sábado, quando nós fizemos o maior evento político da história da nossa cidade, sabe que ali tem uma marca. Sabe qual é a marca? Londrina é grande. Ela é gigante. E nós vamos tirar o medo da cidade e vamos devolver a coragem de pensar grande e fazer a diferença. Vamos transformar Londrina na melhor cidade para se investir, para se gerar riqueza e para se viver do Brasil.

TERCILIO TURINI – O orçamento estimado para o próximo ano vai crescer, em relação a 2024, em aproximadamente 15%, o que é um recurso muito significativo no município. E isso dá continuidade para a gente dizer que, se eu for prefeito, não vai ter revisão de planta de valores, de jeito nenhum. E quero concordar aqui que a gente tem outras maneiras de aumentar o orçamento do município. Já falamos da questão da industrialização, da questão de empresas, e tem a questão da lei que nós aprovamos lá na Assembleia, que foi regulamentada com relação ao ICMS tecnológico. Isso vai aumentar a vinda de empresas, as empresas vão investir mais nesse setor inteligente. Eu também concordo na questão do turismo de eventos, o turismo que tem que ser incentivado aqui em Londrina, mas nós temos alguns problemas que nós temos que resolver. O Fundo Municipal de Saúde recebe hoje 24 milhões de reais por mês para pagar a média e a alta complexidade, e ele precisa de 32 milhões de reais. Se não, o setor do município e os grandes parceiros que nós temos não vão receber adequadamente pela parceria que eles fazem com o Município de Londrina. E aí precisa um movimento de todos para resolver essa questão. Nós temos um outro problema, o transporte coletivo vai consumir este ano o incentivo de 62 milhões de reais a ser tirado da caixa do município. Nós temos que dividir essa despesa com o Estado. O Estado aplica lá em Curitiba e não aplica aqui. Nós perdemos muito dinheiro em Londrina por falta de projeto. Eu mesmo perdi recursos de pedras irregulares na Estrada de Lerroville, na Estrada Maravilha, no Ponto Mineiro, porque os projetos praticamente não foram apresentados. E, mais recentemente, na Estrada da Cegonha, foram R$ 2,5 milhões. Há três anos o dinheiro foi liberado para o DER. E a Prefeitura iria colocar mais R$ 2,5 milhões para fazer o recape em 10 quilômetros da Estrada da Cegonha. E esse dinheiro vai ser devolvido porque a prefeitura não conseguiu realizar o projeto nos moldes que o DER exige. Então a gente tem que criar aqui em Londrina um Departamento de Projetos. Eu falei isso quando o Kireeff assumiu a Prefeitura de Londrina: tinha que ter um departamento para a elaboração de projetos para captar recursos, tem muito recurso, sem ser de emendas parlamentares, e que precisam de projetos. Sem projeto não chega dinheiro. Então tem que criar um departamento que tenha pessoas competentes para elaborar os projetos nos moldes que estão exigidos para Londrina captar recursos. É um absurdo perder recursos. O mais difícil é você conseguir o recurso. Às vezes você trabalha meses, anos, para conseguir um recurso. A prefeitura não pode perder. Esse dinheiro não volta mais. Então, essa é uma proposta que nós temos de criar um Departamento de Projetos para captar recursos para o município de Londrina.

BARBOSA NETO – Eu assumi a Prefeitura em maio. a Prefeitura estava quebrada e o dinheiro do IPTU já tinha sido gasto. Eu não aumentei o IPTU e fomos atrás de recursos para a cidade. Eu aprendi com o João Milanez, que era um vendedor de Londrina, que a gente tem que ser igual a um caixeiro viajante. Foi isso que eu fiz. Muita gente até me acusava de ser esquerdista, porque Lula, Dilma e 11 ministros vieram aqui no primeiro ano do meu mandato. Não importa quem seja o presidente, nós temos que ir lá e trazer eles para investirem aqui. Saiu na Folha de S.Paulo que Londrina estava entre as dez maiores cidades do Brasil que mais receberam recursos do governo federal, sem sacrificar o povo de Londrina com 300% de aumento no IPTU. Quero dizer que Londrina não vai parar. Eu fui estagiário do Wilson Moreira. Eu tinha 19 anos e ele dizia: “Londrina é a cidade em que a crise chega por último e vai embora primeiro”. Os mais antigos devem se recordar que o doutor Wilson falava isso. Aqui, na Sociedade Rural do Paraná, foi criado um comitê e a revista Época Negócios fez uma reportagem de 12 páginas. Nós conseguimos, graças à ajuda dos empresários, num leilão, arrecadar 4 milhões de reais. O empresário Jorge Gerdau Johannpeter esteve aqui. Nós economizamos, com esse choque de gestão, trazendo os técnicos do INDG [Instituto de Desenvolvimento Gerencial], que trabalharam durante dois anos em Londrina, diminuindo o retrabalho, diminuindo processos internos lentos. 60 milhões de reais ficaram nos cofres públicos de Londrina com a modernização da gestão. É assim que se faz, com atitude, com perseverança. Eu participei das missões internacionais da sociedade civil organizada. Fomos para o Japão, e eu trouxe 130 mil dólares para investir na qualidade de água em Londrina. Fui para a Europa. Nós temos que ser caixeiros viajantes para realmente defender a nossa cidade. Eu sei que todo mundo tem sua fórmula para governar, mas Londrina precisa é de atitude. Londrina sobrevive apesar do poder público, pode ter certeza disso. Quem atrapalha o desenvolvimento da cidade é o poder público, que impõe travas à nossa cidade, em vez de estender um tapete vermelho para o empresário. Eu fui para a Índia e trouxemos a Tata, que vai gerar 4 mil empregos. A Atos, nós ganhamos numa concorrência, também com atitude, graças à Sercomtel e ao setor tecnológico. Eu reduzi o valor do ISS, qual prefeito fez isso? Nós fizemos o ISS Tecnológico que está aí até hoje, desonerando o empresário da nossa cidade. Enfim, foram muitos marcos, não dá tempo de falar aqui, mas é importante você ter alternativa e não jogar sempre para o cidadão ter que pagar caro para viver em Londrina. Londrina está muito cara, com essa indústria da multa, com esse lixo de R$ 56 milhões por ano, um absurdo. Nós vamos reduzir esses contratos, vamos fazer uma auditoria e vamos mostrar, como nós já fizemos da outra vez, que você pode fazer muito mais com atitude, chegando às 4h30 da manhã, como eu chegava na Prefeitura, e atendendo todo mundo. Fui o prefeito empreendedor do Paraná e Londrina chegou a gerar mais emprego que Curitiba.

CORONEL VILLA – Pessoal, eu entendo que nós temos um orçamento, uma grande diretriz orçamentária, que deve ser seguida rigorosamente, mas temos que ter habilidade política para buscar recursos em outros entes federativos, já que é interesse deles também que a nossa cidade se desenvolva. Sempre é bem-vinda a ajuda de um deputado através de suas emendas parlamentares. Ajudam também no conhecimento da cidade e engordam um pouco o nosso orçamento. Mas eu preciso dizer algo que, como administrador, parece que passa flagrante aos meus olhos. O aumento do orçamento da cidade de Londrina passa, necessariamente, por todos os temas aqui hoje discutidos. Então nós precisamos industrializar a cidade, nós precisamos destravar os processos, torná-los menos burocráticos, precisamos de uma Prefeitura informatizada, que agilize o andamento dos processos para aquecer a economia local e crescer em termos de serviços, comércio e indústria.Eu concordo com alguns que falaram aqui que o segredo para aumentar o orçamento não deve ser aumentar o imposto, o IPTU, mas investir no sistema produtivo. É realmente incrível, pois me parece que a Prefeitura não percebeu isso ainda. Quando ela facilita a concessão de alvarás, de autorizações para funcionamentos de empresas, ela está beneficiando o investidor, mas ela está se auto-beneficiando. Porque esse recurso vai aquecer a economia, vai aumentar o produto interno bruto e o orçamento da cidade. Só que, enquanto não destravarmos esses sistemas, nós vamos continuar correndo atrás do rabo. Sugiro investirmos em tecnologia, investirmos na criação, e acho que isso faz parte do nosso projeto, de um grupo de licenciadores. Esse grupo de licenciadores teria por incumbência fazer com que os processos de concessão de autorizações e de alvarás fluam rapidamente para proporcionar espaços e condições para que as empresas possam vir e se instalar na cidade. Para que as pequenas empresas, microempresas, e os pequenos negócios possam ter agilidade na fabricação de seus documentos. Para que nós façamos prevalecer o posicionamento técnico de uma Prefeitura que seja agilizada, no sentido de dar condições para que a cidade se desenvolva. Alguns falaram de turismo. É verdade.  Nós precisamos aumentar o investimento no turismo para que nós consigamos deixar a cidade mais feliz, com circulação de riqueza, com hotéis cheios e assim por diante.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

BARBOSA NETO – Eu esqueci de mencionar que um empresário aqui de Londrina cedeu o seu avião e nós fomos, até com a presença do governador, ao presidente da Infraero. Depois, ele veio duas vezes pra cá e estava tudo pronto pra gente instalar o ILS. Infelizmente, isso não aconteceu. O único financiamento internacional que Londrina tem até hoje, na sua história, quem furou esse bloqueio fui eu. Tivemos investimentos do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, que tinha aproveitado um ex-londrinense, que estava na diretoria do BID, e fui ao México para trazer esse investimento. Hoje, Londrina está endividada. Eu não deixei um centavo de dívida para o Kireeff, que assumiu e ainda pegou o caixa da prefeitura com 70 milhões de reais. São essas atitudes que a gente fez e que a gente vai voltar a fazer a partir do ano que vem.

CORONEL VILLA – Pessoal, como eu falei, eu sou administrador por natureza. Eu sou nascido na cidade de Londrina, onde eu me criei e desenvolvi. Amo demais a minha cidade. Tenho grandes projetos para a cidade de Londrina. Quero fazer da nossa cidade uma grande potência nacional, quero fazer com que ela volte a crescer e acreditamos que a nossa expertise, a nossa experiência administrativa, vai nos dar condições para que nós façamos a nossa cidade avançar e se desenvolver. Amo a cidade. Conheço cada ponto da nossa cidade. Sei que, com esse conhecimento, com a proximidade que eu sempre tive com a população, nós construiremos uma Londrina muito melhor. 

DIEGO GARCIA – Eu sei que não dá pra mudar o que começou e foi feito de forma errada. Mas, se a gente quiser, se a gente se unir, vai dar para mudar o final da história. O próximo prefeito vai assumir a responsabilidade de administrar um orçamento de 4 bilhões de reais. Para os desafios que a gente tem pela frente, para as obras que a cidade demanda de mobilidade, para os investimentos que são necessários na saúde e na educação, talvez seja pouco. E a gente vai precisar escolher um líder que resgate de fato o protagonismo de Londrina. Alguém que coloque Londrina de novo no topo, como uma grande cidade. Alguém que brigue e que lute por Londrina. E que seja um líder da nossa região também. Meu nome é Diego Garcia, sou candidato a prefeito. O meu número é o 10, meu partido é o Republicanos.

ISABEL DINIZ – Londrina surgiu há 90 anos. O povo que aqui chegou trouxe no seu DNA, como a minha família, que chegou aqui em lombo de burros e de mulas, e aqui iniciou o trabalho, foi para as comunidades dos nossos distritos, formando as comunidades pioneiras de oportunidade e de empreendedorismo. Londrina tem no seu DNA esse sonho coletivo, de empreender e oportunizar. E esse é o nosso compromisso de fazermos uma gestão com oportunidades para todo o povo londrinense, fomentando, inclusive, a busca de programas e recursos, como a incubadora de projetos, para que Londrina não perca mais nenhum outro recurso. E o nosso compromisso, junto com o presidente Lula, é continuar governando para todos e todas.

PROFESSORA MARIA TEREZA – Ninguém faz nada sozinho. O meu governo se propõe a fazer, junto com vocês, instituições organizadas, como nós fizemos nos últimos anos, como foi feito o MasterPlan, como foram estabelecidas e ampliadas as governanças, inclusive a governança da própria Prefeitura, estabelecendo metas e indicadores e avaliação de cada um dos pontos de desempenho de cada uma das secretarias, ajustando para que a gente possa ter o resultado esperado. Londrina sabe o que quer ser em 2040 e o meu plano de governo prevê o que nós faremos em 2025, 2026, 2027 e 2028, para que a gente consiga atingir o nosso objetivo com muita gestão. Por isso eu peço que vocês votem 11 no dia 6 de outubro, Professora Maria Teresa.

TERCILIO TURINI – A gente fica feliz de vir aqui. É um momento importante da democracia. É o momento de ouvir o que cada candidato pensa a respeito dos desafios que nós temos aqui em Londrina a partir do ano que vem. Eu tenho uma história de vida ligada a esta cidade, a única cidade em que eu morei na minha vida. Eu tenho uma história profissional ligada a esta cidade. Por 40 anos eu trabalhei como médico aqui em Londrina. Fui diligente a vida toda, principalmente com gente pobre. Fui diretor do H.U. Administramos uma instituição com 1.800 servidores, fui ordenador de despesas, vereador, deputado estadual e tenho orgulho do meu trabalho como médico, como profissional da saúde e também como deputado. Quero ser prefeito de Londrina e levar a minha experiência.

TIAGO AMARAL – Todos vocês me conhecem. Aqui na frente, estão pessoas que conviveram comigo ao longo desses últimos anos, da forma mais técnica de todas. Sempre fui o cara responsável por organizar o orçamento, buscar os recursos, agilizar os processos, os procedimentos. Sou presidente da CCJ [Comissão de Constituição e Justiça da ALEP], lá em Curitiba. Tecnicamente, eu me preparei muito para estar aqui. Mas não é só sobre técnica. É sobre vibração, é sobre energia, é sobre a mudança de mentalidade histórica que a nossa cidade precisa realmente passar. É disso que se trata esta eleição, de colocarmos Londrina em um novo tempo. Não basta apenas ser um pouco melhor e mais bem organizada, ela tem que voltar a ser a grande referência. E é isso que a nossa campanha está mostrando. Que nós devolveremos a cidade referência na política, no desenvolvimento, na geração de emprego, para cuidar de todos os voluntários em cada canto desta cidade. É por amor a Londrina e por amor a cada cidadão de bem. Nós vamos transformar Londrina para muito, mas muito melhor. Vamos voltar a ser grandes de novo.

Foto: Henrique Campinha

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