Elcano lamenta alto Custo Brasil

Manuel Requeijo, administrador residente da espanhola Elcano no Brasil, com abrangência sobre negócios na Argentina, deu entrevista exclusiva à coluna Rio Marítimo, do site Netmarinha. Afirmou que ingressar no mercado […]

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Manuel Requeijo, administrador residente da espanhola Elcano no Brasil, com abrangência sobre negócios na Argentina, deu entrevista exclusiva à coluna Rio Marítimo, do site Netmarinha. Afirmou que ingressar no mercado brasileiro, com a compra de navios da Docenave, foi uma decisão excelente. Mas aponta que os custos brasileiros no mar são muito altos.

 

– Um navio graneleiro, com bandeira brasileira, custa US$ 2,5 milhões por ano, quase o dobro do gasto para se operar um navio na bandeira da Espanha, que é de US$ 1,3 milhão. Se a empresa optasse por bandeira de conveniência, o custo anual seria de US$ 900 mil – frisou Requeijo. Ele destacou que, na bandeira espanhola, não há contratação de pessoal com padrão substandard, nem a tripulação é mal-tratada, ou seja, o Custo Brasil é superior ao de um país de primeiro mundo.

 

– A Espanha é um país da tradicional Europa e o Brasil está com custos muito superiores aos de lá. Isso deveria preocupar não só a comunidade marítima, mas toda a sociedade brasileira – afirmou Requeijo.

 

Atualmente, a Elcano dispõe de 14 navios no Brasil e dois na Argentina – todos esses 16 sujeitos a Requeijo. Na Espanha, a frota é de 13 embarcações.

 

Além da empresa de navegação, a Elcano é dona do estaleiro Itajaí, em Santa Catarina. Frisou Requeijo que o grupo lá irá construir três navios de gás, para operar para a Petrobras, com contrato de aluguel de longo prazo, pela licitação das Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs). Falta apenas o sinal verde do BNDES, o que está sendo negociado, no momento. Em Itajaí, o estaleiro está com operação reduzida, que ganhará vulto com os três navios. Quando sob o comando de Frank Wlasek, o Itajaí construiu os primeiros navios químico-gaseiros das Américas.

 

O grupo Elcano já teve 80% do antigo Caneco, no Rio, o Rio Nave, mas não dispõe de qualquer participação no empreendimento.

 

Os atuais contratos da área de navegação incluem transporte de bauxita para a Alunorte, gás e produtos químicos para a Braskem e bauxita para a Alumar.

 

Fonte: Netmarinha

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