Economia

Em janeiro, IPCA fica em 0,16%

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de dezembro e 29 de janeiro de 2025.

Equipe ACIL

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Fonte: Agência IBGE Notícias

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,16%, ficando 0,36 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (0,52%). Esse foi o menor IPCA para um mês de janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994. Em dezembro de 2024, a variação havia sido de 0,42%.O IPCA acumula alta de 4,56% nos últimos 12 meses.

PeríodoTaxa
Janeiro 20240,16%
Dezembro 20240,52%
Janeiro 20230,42%
Acumulado em 12 meses4,56%
Fonte: IBGE Notícias

O grupo Transportes, com alta de 1,30% e 0,27 ponto percentual (p.p.), seguido do grupo Alimentação e bebidas (0,96% e 0,21 p.p.) são os grupos com as maiores variações positivas no IPCA de janeiro. O grupo Habitação, com queda de 3,08% e      -0,46 p.p. de impacto contribuiu para conter o índice do mês.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
DezembroJaneiroDezembroJaneiro
Índice Geral0,520,160,520,16
Alimentação e bebidas1,180,960,250,21
Habitação-0,56-3,08-0,08-0,46
Artigos de residência0,65-0,090,020,00
Vestuário1,14-0,140,05-0,01
Transportes0,671,300,140,27
Saúde e cuidados pessoais0,380,700,050,09
Despesas pessoais0,620,510,060,05
Educação0,110,260,010,02
Comunicação0,37-0,170,02-0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

No grupo dos Transportes (1,30%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços das passagens aéreas (10,42%) e do ônibus urbano (3,84%). O resultado do ônibus urbano reflete os seguintes reajustes nas tarifas: Belo Horizonte (8,38%): reajuste de 9,52% a partir de 1º de janeiro; Rio de Janeiro (6,98%): reajuste de 9,30% a partir de 5 de janeiro; Salvador (6,00%): reajuste de 7,69% a partir de 4 de janeiro; São Paulo (5,22%): reajuste de 13,64% a partir de 06 de janeiro, contemplando, também, as gratuidades concedidas nos feriados de Ano Novo (01/01) e do aniversário da cidade (25/01); Recife (3,66%): reajuste de 4,87% a partir de 5 de janeiro; Vitória (2,39%): reajuste de 4,38% a partir de 12 de janeiro; Campo Grande (0,84%): reajuste de 4,21% a partir de 24 de janeiro.

Houve também aumento no táxi (1,83%) em razão de reajustes de 7,83% no Rio de janeiro (6,64%) e de 4,79% em Salvador (4,21%). Em São Paulo, foram registrados aumentos de 3,00% no trem e no metrô, em razão do reajuste de 4,00% nas passagens a partir de 06 de janeiro. A variação de 4,53% na integração transporte público em São Paulo também reflete os reajustes citados e as gratuidades concedidas nos feriados de Ano Novo (01/01) e do aniversário da cidade (25/01).

No grupamento dos combustíveis (0,75%), houve aumentos nos preços do etanol (1,82%), do óleo diesel (0,97%), da gasolina (0,61%) e do gás veicular (0,43%).

O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,96% em janeiro, quinto aumento consecutivo. A alimentação no domicílio subiu 1,07%, influenciada pelas altas da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), e do café moído (8,56%). Por outro lado, sobressaíram as quedas da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%).

alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro. Tanto o lanche (0,94%) quanto a refeição (0,58%) tiveram variações inferiores às do mês anterior (0,96% e 1,42%, respectivamente).

No grupo Habitação (-3,08% e -0,46 p.p.), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,55 p.p.), ao recuar 14,21% em janeiro. A queda decorre da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,97%) foi influenciada pelos reajustes: 6,42% em Belo Horizonte (5,64%) em 1º de janeiro; 6,84% em Campo Grande (5,59%) em 3 de janeiro; 6,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (2,79%) em 1º de janeiro e 9,83% no Rio de Janeiro (0,62%), a partir de 1º de dezembro. Já o subitem gás encanado (0,49%) reflete o aumento de 4,71% nas tarifas no Rio de Janeiro (4,14%), com vigência a partir de 1º de janeiro e a incorporação integral da redução de 1,41% nas tarifas em São Paulo (-1,41%) vigente desde 10 de dezembro.

Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Aracaju (0,59%), influenciada pela alta das passagens aéreas (13,65%). A menor variação foi em Rio Branco (-0,34%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-16,60%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
DezembroJaneiro12 meses
Aracaju1,030,670,594,67
Brasília4,060,260,564,89
Belo Horizonte9,690,250,435,26
Salvador5,990,890,384,93
Vitória1,860,520,354,24
Belém3,940,630,224,15
São Paulo32,280,520,154,91
Recife3,920,340,123,83
Fortaleza3,230,650,114,32
Rio de Janeiro9,430,580,064,30
Campo Grande1,570,430,044,60
Goiânia4,170,80-0,034,61
Porto Alegre8,610,50-0,033,41
São Luís1,620,71-0,085,31
Curitiba8,090,46-0,093,94
Rio Branco0,510,53-0,343,89
Brasil100,000,520,164,56
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de dezembro e 29 de janeiro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 27 de dezembro de 2024 (base).

INPC fica em 0,0% em janeiro

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) não teve variação de dezembro para janeiro e a taxa ficou em 0,00%. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,17%, abaixo dos 4,77% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, a taxa havia sido de 0,57%.

Os produtos alimentícios desaceleraram de dezembro (1,12%) para janeiro (0,99%). A variação dos não alimentícios passou de 0,27% em dezembro para -0,33% em janeiro.

Regionalmente, a maior variação ocorreu em Salvador (0,47%), influenciada pela alta do ônibus urbano (6,00%). A menor variação ocorreu em Rio Branco (-0,49%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-16,60%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
DezembroJaneiro12 meses
Salvador7,920,840,474,70
Belo Horizonte10,350,220,424,91
Aracaju1,290,570,344,28
Brasília1,970,290,284,65
Belém6,950,500,224,09
Fortaleza5,160,570,094,20
Vitória1,910,440,023,88
Recife5,600,370,003,39
São Luís3,470,63-0,045,07
Campo Grande1,730,52-0,094,53
Porto Alegre7,150,39-0,113,21
Rio de Janeiro9,380,60-0,133,98
São Paulo24,600,43-0,184,19
Goiânia4,430,69-0,294,51
Curitiba7,370,46-0,393,78
Rio Branco0,720,57-0,493,95
Brasil100,000,480,004,17
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de dezembro e 29 de janeiro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 27 de dezembro de 2024 (base).

INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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