Fonte: Folha de Londrina
Dezembro é um mês esperado por todo o comércio – e com os restaurantes não é diferente. Trabalhar com encomendas de pratos prontos para as festas de final do ano é uma forma de aumentar o faturamento nesta época. O trabalho exige esforço da equipe e, muitas vezes, a contratação de mais funcionários. Para o consumidor, a vantagem é não se preocupar com o fogão na hora da ceia.
Há quatro anos, o chef Ernesto Diez, proprietário do Empório Araçá, atende encomendas para as ceias de Natal e Ano Novo e desde o ano passado passou a se dedicar também ao almoço dos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro. ””Enquanto todo mundo está dormindo para curar a ressaca, eu estou no fogão””, brinca Diez, que ainda assim consegue fazer as refeições em família nos dias de festa.
Nesta época a equipe de seis funcionários do restaurante passa a contar com mais três temporários. Diez não arrisca um percentual de aumento nas vendas, mas diz que dezembro é o ””melhor mês do ano””. Encomendas para o almoço de Natal e de Ano Novo têm acréscimo de 15% nos preços. ””Temos que arcar com os extras de todos os funcionários nestes dias””, argumenta.
No cardápio, Diez afirma que fazem sucesso entre os consumidores pratos diferenciados e não com ””cara”” de Natal ou Reveillon. ””Peru, chester e tender, por exemplo, as pessoas gostam de preparar em casa, por tradição. Então, não oferecemos””.
O foco do restaurante está na paella, prato típico espanhol, em três versões – com frutos do mar (R$ 30 por pessoa), com polvo e frutos do mar (R$ 59 por pessoa) e à moda do campo (R$ 16 por pessoa). No caso das paellas, cada encomenda deve ser para no mínimo seis pessoas. ””É um prato bem interessante para o almoço, pois é único. Basta apenas uma salada para acompanhar””, observa Diez.
Outras dicas do chef são a paleta de cordeiro assada com cebola, alho e batatas, que acompanha arroz temperado e salada (R$ 120 a porção que serve três pessoas); o lombo ao molho de laranja recheado com presunto, queijo e tomate (R$ 54 o quilo); e o camarão cremoso (feito com nata e açafrão), acompanhado de arroz temperado e salada (R$ 38 por pessoa). O consumidor ainda pode escolher outras 20 opções no cardápio para levar para a casa, incluindo sobremesas e a sangria (bebida típica espanhola feita com vinho tinto e frutas).
Bacalhau
Aberto há um ano e meio, o Villa Lisboa – especializado em comida portuguesa – aproveita a época de festas para incrementar as vendas. O consumidor pode levar para a casa qualquer opção do cardápio, cujo carro-chefe é o bacalhau em várias versões: grelhado, assado na brasa, confitado (cozido em azeite por imersão). São 16 tipos de pratos, com acompanhamentos que podem variar entre purê de batatas, arroz e legumes.
””O tradicional no Brasil é servir o bacalhau na virada. A ceia de Ano Novo tem uma característica mais leve que a de Natal, que costuma ser mais pesada””, observa o chef Kássio Bergamin, proprietário do Villa Lisboa, que contratou mais quatro funcionários temporários para reforçar a equipe de nove pessoas neste final de ano.
Entre as especialidades da casa, o chef destaca o Bacalhau Lisboa (o peixe é grelhado com batatas ao murro, ervilhas frescas, pimentão, cebolada, azeitonas portuguesas e acompanha arroz branco). O preço é R$ 93 (prato suficiente para três pessoas).
Os demais pratos à base de bacalhau custam entre R$ 88 e R$ 120. Segundo Bergamin, cada um leva 600 gramas de postas e serve até três pessoas. Uma opção mais acessível é o escondidinho de bacalhau (R$ 35 para três pessoas). O restaurante oferece ainda pães portugueses, pastel de Belém e vinho verde (origem portuguesa).