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Evento da ABDE na ACIL discute o crédito rural voltado à sustentabilidade e tecnologia 

Fórum reuniu representantes da Finep, Fomento Paraná, FIEP, BRDE, BNDES, MAPA, Embrapa, Secretaria de Inovação, Senai, cooperativas de crédito, BB e MDA.

Equipe ACIL

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Fonte: Assessoria ACIL 

O auditório David Dequêch, da ACIL, recebeu nesta quinta-feira (14) o Fórum Debate para o Desenvolvimento, com o tema A Importância do Crédito Rural: Sustentabilidade e Tecnologia, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Sistema Nacional de Fomento para o Desenvolvimento (FPSNF). Gratuito, o evento contou com palestras, assinaturas de contratos, painéis e reuniões técnicas de atendimento aos clientes. 

Presidente da ACIL, Angelo Pamplona abriu o evento exaltando a importância das linhas de crédito: “Sabemos que o agro hoje é o motor de nossa economia e os investimentos para o setor são de extrema importância, mas os investimentos em outros setores também são fundamentais para o desenvolvimento de nosso país e nossa região. A ACIL mantém parcerias com linhas de crédito e busca ser um facilitador para dinamizar os negócios. Este evento da ABDE vem fortalecer esses laços e abrir oportunidades para trazer ainda mais desenvolvimento para Londrina”, destacou. 

Desafios 

Na cerimônia de abertura, Celso Pansera, presidente da ABDE e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), apontou alguns desafios para o agro brasileiro: “Precisaremos de uma agricultura ainda mais produtiva, mais do que já é a agricultura brasileira. Nós queremos que as empresas agrícolas, os agricultores, as cooperativas e todos aqueles que fazem esse grande ecossistema econômico do Paraná saibam tomar recursos não só para plantar mais, mas para plantar melhor, para utilizar melhor a terra”, ressaltou. 

Representando a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Marcus Gimenes conectou a importância do crédito rural ao desenvolvimento industrial: “Nós temos uma demanda mundial e o Paraná tem todas as condições de crescer e suprir. Temos visto o movimento das cooperativas, das grandes empresas, e a questão do crédito entra para agregar valor neste processo de industrialização. Também vemos uma necessidade de as empresas se desenvolverem e trazerem novas tecnologias para que consigam produzir melhor, de forma sustentável, gerando renda, gerando tributo”, complementou. 

Vocação 

“Nós nos sentimos muito honrados em abrigar esse primeiro ciclo de debate em Londrina, uma cidade vocacionada ao agro e à agroindústria. Lançamos o Banco do Agricultor em 2021, que é um programa que visa dar mais condições para o custeio de safra, e estamos priorizando alguns itens de financiamento, como irrigação, dadas as questões climáticas, e com juros zero para a agricultura familiar”, revelou Heraldo Neves, presidente da Fomento Paraná e 2º vice-presidente da ABDE. 

Wilson Bley Lipski, diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e da ABDE, viu no evento uma oportunidade para desenvolver e divulgar novos produtos: “Estamos fazendo este debate para que possamos construir boas relações e, através do diálogo, possamos customizar bons produtos para que a gente gere desenvolvimento econômico em nosso Estado”. 

Celeiro do mundo 

Também integrando a cerimônia de abertura, o deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, listou os desafios que o setor vem enfrentando, e reforçou: “Eu não quero subsídio, eu não quero dinheiro de graça, eu não quero a mão forte do governo se metendo dentro da nossa propriedade. O que eu quero é que a gente consiga fazer com que o Brasil seja efetivamente o grande celeiro do mundo responsável por produção de alimentos”. 

Régis Choucino, secretário de Agricultura de Londrina, concordou com os problemas enfrentados pelo produtor rural brasileiro: “Hoje a agricultura é o pilar da economia brasileira. E há quebra de produção no Paraná, no Mato Grosso, no país todo. Isso é um desrespeito ao agricultor, ao agro, porque o produtor rural, na hora de vender, acaba devendo. É um problema muito grande que nós enfrentamos”, alertou.  

Inovação 

Coordenador de Relações Institucionais da Secretaria de Inovação, Modernização e Transformação Digital do Paraná, Marcus Von Borstel lembrou que a inovação é um dos ativos que mais se desenvolvem no estado: “No ano passado, abrimos um edital para credenciamento de ambientes promotores de inovação no Paraná. Para nossa alegria e satisfação, foram 188 ambientes promotores de inovação credenciados. Nós, paranaenses, temos potencial para ser o estado mais empreendedor, mais inovador e mais agro, não só para o Brasil, mas para o mundo também”, revelou, acrescentando que o Paraná abre o ano de 2024 com mais de R$ 700 milhões para investimento em ciência, tecnologia e inovação pelo Fundo Paraná. 

“O Estado do Paraná é o maior produtor de alimento por metro quadrado do mundo e tem garantido, sobretudo, uma agricultura sustentável, inovadora, que tem feito a diferença e tem gerado oportunidades para o Brasil. Que nós possamos, através deste debate, lutar pelo agro e pela sustentabilidade de nossa produção, lutar pela inovação e por um Brasil cada vez mais justo, mais inclusivo, com mais oportunidades para todos”, afirmou a deputada Luísa Canziani.  

Contratos 

Na sequência, foram realizadas diversas assinaturas de contratos. O primeiro foi fechado entre a Fomento Paraná e a empresa Publis Informática e Sistema para viabilizar o desenvolvimento de softwares para a área de gestão pública. 

A FIEP e o Senai Paraná também assinaram um convênio para apoiar o projeto Aprendizagem de máquina aplicada a um sistema de gêmeo digital para detecção de perda de circulação de fluído de perfuração em construção de poços

Outro contrato de financiamento foi selado entre Finep, BRDE e a empresa SL Cereais e Alimentos para promover investimentos em estudos de viabilidade de utilização de resíduos de cereais na geração de energia e fomento da cultura de aveia sem transgênicos e sem glúten. 

A Cresol e o cooperado Adailton Luís de Oliveira também fecharam um contrato para aquisição de equipamento especializado – um drone – para prestar serviço de pulverização de lavouras. Outro cooperado do Cresol, Fernando de Paula Herdt, assinou contrato na linha de crédito Pronaf Mais Alimentos para aquisição de um trator solidário em parceria com o BRDE.  

Painéis 

Dois painéis encerraram o evento: Desafios do crédito agrícola para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira, com Ricardo Garcia (Cresol), João Farinha (Banco do Brasil), Wilson Bley Lipsky (BRDE), Alessandro Cruvinel (MAPA) e Leila Klenk (Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar); e Financiamento à inovação na agricultura brasileira: novas tecnologias para o desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente sustentável, com Heraldo Alves das Neves (Fomento Paraná), Mauro Mattoso (BNDES), Aryeverton Fortes de Oliveira (Embrapa) e Bruno Camargo (Finep). 

Crédito 

Segundo dados da ABDE, a carteira de crédito do Sistema Nacional de Fomento (SNF) para o setor agropecuário alcançou 66% de participação no total do crédito disponibilizado pelo Sistema Financeiro Nacional, alcançando R$ 238 bilhões em um crescimento de 30,1% no período 2021/2022. 

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