Governo conclui primeira fase de duplicação da PR-445

Fonte: Fábio Silveira/Jornal de Londrina Cerca de 80% da duplicação da rodovia PR-445 estão concluídos e a obra inteira será entregue até o final de outubro, quando termina o contrato […]

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Fonte: Fábio Silveira/Jornal de Londrina

Cerca de 80% da duplicação da rodovia PR-445 estão concluídos e a obra inteira será entregue até o final de outubro, quando termina o contrato com a construtora. Este foi o cenário traçado ontem, para a reportagem, pelo superintendente regional do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), José Ferreira Heidegger. Para cumprir essa meta, porém, o governo do Estado terá de concluir nove dos 12 viadutos e trincheiras que compõem o trecho e concluir a duplicação de 13 dos 23 quilômetros em, apenas, 36 dias.


A obra já dura quase dois anos. E ontem Heidegger anunciou para segunda-feira a liberação do trecho de 10 quilômetros que vai da Universidade Estadual de Londrina (UEL) até o KM 86 (4 quilômetros adiante da ponte sobre a BR-369), que é o fim do trecho em duplicação. A liberação do tráfego seria ontem, mas a chuva, disse o superintendente, atrapalhou a pintura da sinalização horizontal, provocando o adiamento para a próxima semana. 
No total, 23 quilômetros do trecho urbano entre Londrina e Cambé são duplicados, 17 quilômetros pelo governo do Estado e 6 quilômetros pela Econorte, a concessionária que explora o pedágio na região.

Viadutos e trincheiras

Ontem, a reportagem percorreu todo o trecho duas vezes – uma em cada sentido. E verificou que apenas três intervenções estão em condições de receber o tráfego: a trincheira do KM 82, em Cambé; a ponte sobre a BR-369; e o viaduto da Avenida Arthur Thomas.

Entre os outros nove, o único que está mais próximo de ser concluído é um dos dois viadutos que ficam no Jardim Silvino, em Cambé. A parte de cima está pronta, mas a de baixo, que substitui a antiga travessia em nível pela rodovia, não poderá receber o tráfego em poucos dias, conforme o prometido. Todos os demais estão em construção, alguns em fase ainda incipiente, como o caso da trincheira na altura da Avenida Harry Prochet, cuja escavação está no começo.

Passarelas

No que diz respeito às passarelas, das cinco previstas para o trecho de Cambé apenas uma, no Jardim Silvino, começou a ser construída. E esta ainda não teve nem o piso instalado. O trecho em que a obra está mais avançada é o dos 6 quilômetros sob a responsabilidade da Econorte.

“[O prazo de entrega] Continua, está mantido para outubro, quando vamos entregar o restante”, disse Heidegger. Ele não informou, no entanto, qual é o cronograma da entrega. “Não existe [o cronograma]. Conforme vai terminando [a obra], vamos liberando.”

Relevância

A duplicação é a principal obra do governo do Estado em Londrina atualmente, com custo estimado em R$ 95 milhões. Na avaliação do prefeito Alexandre Kireeff (PSD), a obra é muito importante porque “desafoga o tráfego urbano e cria algumas transposições que acabam viabilizando a integração [entre Londrina e Cambé]”.

Para Kireeff, contudo, é necessário que não se perca de vista outras obras importantes, como a duplicação da mesma rodovia até Mauá da Serra. “Não tenha dúvida de que quando falamos em equipar Londrina com mais competitividade, o cenário ideal é a duplicação até Mauá [da Serra].”

Obra contribui, mas não anula dificuldades

A duplicação do trecho urbano da PR-445 entre Londrina e Cambé é importante enquanto solução urbana, mas não resolve o problema de infraestrutura para quem produz e precisa escoar mercadorias a partir da região. Esta é a avaliação, de modo geral, de empresas ouvidas pelo JL sobre a relevância da obra para a região.

“Em relação ao escoamento de nossa produção, não muda nada. Nossa opinião é que o governo do Paraná deveria seguir o exemplo de São Paulo, que está duplicando o trecho entre Assis e a divisa com o Paraná”, disse o diretor de Controladoria e de Relações com Investidores da Companhia Cacique de Café Solúvel, Paulo Roberto Ferro. “Caso a duplicação da PR-445 fosse até São Paulo, teríamos pista dupla até o porto de Santos, o que facilitaria muito nossas exportações.”

A Sandoz afirmou que 90% das matérias-primas usadas na fábrica de Cambé são importados e chegam pelo porto de Paranaguá ou pelo Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. “Com o projeto de duplicação concluído completamente, conseguiremos reduzir o tempo de trânsito para que o material chegue à fábrica, reduzindo ainda custos logísticos e aumentando a confiabilidade de nossa cadeia de suprimentos”, disse a empresa, por meio de nota.

O presidente do Fórum Desenvolve Londrina, Charles Vezozzo, afirmou que infraestrutura é importante, mesmo que de caráter local ou regional. “O Brasil tem de investir mais em infraestrutura.” Segundo ele, “nessa fase de esperança de novos investimentos” que a cidade vive, “toda obra que vier acrescenta e é bem vinda”.

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