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Inadimplência cai em outubro, mas ritmo de recuperação financeira dos consumidores continua fraco

Indicadores do SPC/ACIL mostram aumento nas consultas ao crédito e manutenção do cenário de cautela das famílias.

Equipe ACIL

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O mês de outubro apresentou uma expressiva redução de 49,7% entre os consumidores que entraram para a lista de inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Londrina (SPC/ACIL), em comparação com o mesmo mês do ano passado.

“Este resultado reflete maior cautela das famílias diante de um cenário econômico ainda marcado por juros elevados e crédito mais restrito, além da redução do consumo parcelado, principalmente no varejo de bens duráveis”, comenta Marcos Rambalducci, consultor econômico da ACIL.

Acumulado

No acumulado de janeiro a outubro de 2025, as inclusões de consumidores no cadastro da inadimplência registraram uma queda de 26% em relação ao mesmo período de 2024, sinalizando desaceleração do endividamento e melhor controle orçamentário por parte dos consumidores.

Por outro lado, o índice de consumidores que negociaram as dívidas atrasadas e saíram do cadastro da inadimplência apresentou uma redução de 51,1% em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2024. No acumulado de janeiro a outubro, as exclusões entre os negativados caíram 19% em relação a 2024.

Ritmo lento

“Os números indicam um ritmo menor na recuperação de crédito, possivelmente em função da dificuldade das famílias em recompor a renda real e do alto comprometimento com despesas essenciais”, acrescenta o economista.

Outro dado relevante é o crescimento de 6,45% nas consultas ao SPC/ACIL, em relação a outubro de 2024. Este aumento sugere retomada gradual das vendas a prazo e da confiança do consumidor, especialmente no comércio local, ainda que de forma moderada.

Ajuste financeiro

“Em síntese, os dados de outubro indicam um movimento de ajuste financeiro: há menos consumidores entrando na inadimplência, mas também menos pessoas conseguindo sair dela. Este comportamento reflete um momento de estabilização, em que as famílias buscam reorganizar suas finanças em meio a um cenário de renda pressionada e crédito seletivo”, conclui Rambalducci.

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