Boa tarde, como vocês estão?
Os comerciantes de rua têm passado por dias difíceis. Furtos, roubos e agressões fazem parte do nosso cotidiano, infelizmente. Muitos desses crimes são cometidos por dependentes químicos em situação de rua. O produto do roubo é pequeno, mas o prejuízo para o lojista costuma ser grande, como portas e vitrines arrombadas, além de colaboradores agredidos.
Na verdade, o lojista de rua se sente desassistido por parte do poder público. São problemas que não podem ser resolvidos pela iniciativa privada. O empresário não tem prerrogativa para levar um dependente ao tratamento. Por isso a ACIL vem cobrando insistentemente por ações constantes e resolutivas por parte da Prefeitura, especialmente nas áreas de saúde e assistência social.
Confiamos no trabalho da Polícia Militar e da Guarda Municipal. A pessoa não pode ser detida por estar em situação de rua, mas apenas se for pega em flagrante. Como a polícia não consegue estar em todo lugar ao mesmo tempo, geralmente os delitos são flagrados pelas câmeras de segurança dos estabelecimentos.
A boa notícia é que já existe um decreto (nº 959) que permite ao lojista compartilhar sua câmera externa de segurança com o Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Defesa Social. Os lojistas interessados devem entrar em contato com a secretaria para verificar se o equipamento é compatível e assinar o termo de adesão.
Enquanto isso, continuamos lutando aqui na ACIL contra a degradação do espaço público com iniciativas voltadas ao Calçadão, praças e patrimônios histórico-culturais. Aos poucos, o Centro começou a receber novos restaurantes, cafés e edificações. Mas ainda é um processo incipiente, que pode ser revertido caso não haja compromisso por parte do poder público. Dentro do raio de ação que lhe cabe, a ACIL não mede esforços para trabalhar por Londrina.
Angelo Pamplona, presidente da ACIL.
Frase da semana: “As ruas e praças são os melhores lugares para entender como uma cidade realmente funciona” – Jan Gehl, urbanista dinamarquês.