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Núcleo de Comércio Exterior reforça vocação internacional com apoio de empresários e poder público em lançamento na ACIL

Evento contou com auditório cheio e presença de autoridades, empreendedores e representantes de entidades.

Equipe ACIL

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Com o auditório lotado e a participação de autoridades, empresários e representantes de entidades, foi realizado nesta sexta-feira (16) o lançamento oficial do Núcleo de Comércio Exterior (NComex). A iniciativa, criada dentro do Programa Empreender da Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), tem como objetivo impulsionar a internacionalização de empresas locais. O evento contou com momentos de networking e apresentações com muito conteúdo relevante.

Na abertura, o vice-presidente da ACIL, Gerson Guariente, destacou os 87 anos de atuação da entidade e ressaltou o papel do associativismo como força propulsora do empreendedorismo e do desenvolvimento regional: “Temos feito um trabalho intenso na sociedade londrinense para aproximar as pessoas das entidades e incentivar o compartilhamento de experiências, permitindo uma atuação conjunta e cooperada. Juntos, somos mais fortes. Sozinhos, talvez não consigamos resolver nossos problemas. Precisamos mudar a mentalidade da nossa cidade e da nossa região. Temos que pensar globalmente, não podemos mais olhar apenas para o terreno do vizinho. Londrina não é uma região acostumada a fazer coisas pequenas. Precisamos nos preparar e olhar para fora. A presença do comércio exterior em nossa comunidade é fundamental para a transformação da sociedade”, afirmou Guariente.

Internacionalização

O Núcleo foi criado com o propósito de fomentar a cultura do comércio internacional, apoiar empresas que já atuam ou desejam atuar no mercado internacional, e ampliar o acesso ao conhecimento técnico, redes de contato e oportunidades de negócios. Os empresários da região estão convidados a integrar a iniciativa e usufruir dos serviços oferecidos.

Karine Melaré, diretora da ACIL, destacou os benefícios que a iniciativa pode trazer para os empresários: “O Núcleo de Comércio Exterior está aqui para servir, para que vocês façam melhores compras, melhorem suas taxas e encontrem, por meio do nosso network, benefícios para os seus negócios. Estamos preparados para atendê-los e oferecer caminhos que levem seus produtos para fora do país”, ressaltou.

Coordenador do NComex, o empresário Júnior Camargo enfatizou a importância da união e da troca de experiências: “O objetivo do Núcleo é unir forças capazes de fazer a diferença. Queremos fomentar a exportação, a importação e oferecer apoio aos empresários. Temos aqui profissionais capacitados que podem contribuir com a sua empresa. Muitas vezes, uma indústria que está começando enfrenta um problema que alguém ao lado já superou e pode ajudar.”

Poder público

Representando o Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Rodrigo Martins reforçou o investimento que o poder público tem feito no tema: “A Codel acredita no desenvolvimento do comércio internacional. Um exemplo disso é o Londrina Paraná Day, realizado na Expo 2025, onde recebemos aproximadamente 13 delegações internacionais, embaixadores e empresários. Estamos à disposição de vocês. A nossa casa também está aberta para apoiá-los.”

O potencial produtivo de Londrina foi enfatizado pelo vice-prefeito Júnior Santos Rosa: “Quando o pessoal do exterior descobrir o que é Londrina e o potencial da nossa cidade, do nosso povo, da nossa classe empresarial e política, todos vão querer ser nossos parceiros. É fundamental que enxerguemos o momento de criação do Núcleo de Comércio Exterior como uma política pública. Essa política de fortalecimento das relações exteriores é muito importante para nós.”

Dinamarca

O cônsul da Dinamarca, Alexandre Hornemann, também ressaltou as oportunidades no mercado internacional: “Precisamos do apoio de iniciativas como essa para criar conexões e networks. Hoje, já existem empresas atendendo à indústria. Em um ambiente como este, começamos a entender onde nos conectar para que essas empresas possam se instalar aqui. Há empresas dinamarquesas que, muitas vezes, precisam de um case, de um primeiro negócio, para começar a atuar na cidade. Estou à disposição para qualquer interesse de exportação para a Dinamarca ou de parcerias com empresas dinamarquesas que possam fomentar novos negócios.”

Talk Show

A programação contou com um talk show protagonizado por Pollyana T. Gnaspini (CEO da Kavod Alliance) e João Welter (fundador da Granjeiro Alimentos). Após 11 anos de parceria bem-sucedida com a Kavod, a Granjeiro foi adquirida pela Lar Cooperativa em 2020, marcando o encerramento de um ciclo de crescimento baseado no associativismo e na visão estratégica.

João Welter compartilhou reflexões sobre os desafios e benefícios da internacionalização: “Exportar foi uma quebra de paradigma para a empresa. O produto e a matéria-prima eram os mesmos, o frango, mas, para atender aos pré-requisitos e exigências do mercado externo, é preciso adaptar esse produto. Ele precisa se nivelar por cima. A empresa deve se capacitar e se posicionar em um novo patamar. A introdução da exportação é, em si, uma ruptura de paradigmas. A gente se capacita; é um processo árduo e demorado, mas, depois de concluído, a empresa alcança outro nível.”

O talk show também trouxe relatos sobre os desafios logísticos e operacionais enfrentados por empresas do setor de alimentos durante o processo de exportação. A experiência de adaptar plantas fabris, atender às exigências de bem-estar animal e incorporar múltiplos idiomas nas embalagens demonstrou que exportar exige não apenas visão de mercado, mas também uma transformação cultural interna.

Um dos pontos centrais da conversa foi a valorização do associativismo como fator de sucesso. Participações em feiras internacionais, negociações logísticas conjuntas e o acesso a conhecimento técnico foram citados como diferenciais conquistados por meio de redes e câmaras de comércio.

Apex Brasil

Na sequência, Gabriel Isaacsson compartilhou sua experiência como representante da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para a Região Sul. “A ApexBrasil é uma agência federal, atualmente vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com o mandato de ampliar a presença brasileira no mundo. Fazemos isso promovendo as exportações de produtos e serviços brasileiros, além de atrair investimentos estrangeiros para o país”, explicou Isaacsson. E reforçou: “A ApexBrasil é uma política pública disponível aos empresários, com o objetivo de impulsionar seus negócios internacionalmente.”

Isaacsson destacou os diversos benefícios que as empresas brasileiras podem obter ao expandirem suas operações para o mercado internacional, como o aprimoramento de processos e o aumento da competitividade, inclusive no mercado interno. A atuação internacional também fortalece a imagem da empresa, que passa a ser vista como global, elevando seu status no cenário empresarial. 

Para o representante da Apex Brasil, as empresas que operam internacionalmente ganham em escala e eficiência. A competitividade é ainda mais fortalecida pela união de esforços com outras organizações, o que contribui para a qualificação das equipes, tanto nos aspectos operacionais quanto em negociação e gestão financeira. O conjunto desses fatores demonstra que os ganhos vão além do faturamento em moeda forte, promovendo crescimento e profissionalização em todos os níveis da empresa.

Próximo evento

Com o objetivo de estimular a cultura do comércio internacional entre os empresários, o próximo evento do Comex já está agendado para o dia 17 de junho, na sede da ACIL. A programação contará com Arthur Oening (Vox Negócios Digitais), que abordará o tema Tráfego pago internacional: como encontrar compradores antes que eles encontrem seu concorrente, e com Denise Custódio Filla (consultora de Negócios Internacionais dos Correios). As inscrições serão gratuitas, mas ainda não foram abertas.

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