Prefeitura de Londrina afasta fiscal que participou de concessão irregular de “habite-se”

Fonte: Jornal de Londrina A Secretaria Municipal de Obras e a Corregedoria-Geral da Prefeitura identificaram e afastaram ontem um fiscal envolvido no caso de concessão irregular de Habite-se para residências […]

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Fonte: Jornal de Londrina

A Secretaria Municipal de Obras e a Corregedoria-Geral da Prefeitura identificaram e afastaram ontem um fiscal envolvido no caso de concessão irregular de Habite-se para residências do Jardim Colúmbia, na zona oeste. Temporariamente, ele não poderá realizar a vistoria de imóveis na cidade.

O nome do fiscal não foi divulgado pela Prefeitura. Mesmo fora das ruas, no entanto, ele permanecerá realizando outras funções da Secretaria de Obras. Ontem, o responsável interino da pasta, Fernando Bergamasco, não quis dar entrevistas sobre o caso.

Na terça-feira, Bergamasco declarou que funcionários poderiam ser afastados temporariamente, por conta da suspeita de envolvimento no escândalo – conforme denúncia feita pelo JL, pelo menos 12 residências com problemas de engenharia receberam Habite-se de modo ilegal no bairro e há indícios de propina.

Com um fiscal proibido de ir a campo, a pasta de Obras contará com outros sete funcionários na mesma função, para verificar construções e irregularidades em toda a cidade – o secretário anterior, demitido pelo prefeito na semana passada, Sandro Nóbrega, afirmou que o ideal seria um quadro de 40 fiscais.

Depoimento
No mesmo dia do afastamento, o construtor de residências Maurídio Rodrigues dos Santos, conhecido como Sambinha, negou envolvimento no caso de Habite-se irregular no Colúmbia, em depoimento ao Ministério Público (MP).

Ele é suspeito de participar do esquema para validar a construção de casas no bairro, onde vendeu 11 imóveis. Ele foi identificado depois que um morador disse ao MP que a residência que comprou dele, com vários problemas de engenharia, recebeu Habite-se.

Para o MP e, também, ao JL, o comprador contou que presenciou quando um fiscal da Prefeitura ligou para Sambinha para informar que a casa não poderia ter o Habite-se. “O fiscal perguntou [para o construtor] se tinha como ver aquele ‘cafezinho’. No outro dia, o próprio Sambinha me confirmou a conversa e completou dizendo que R$ 300 resolveriam a questão.” Ele não quis ser identificado.

No MP, Sambinha negou tudo e afirmou que nas obras “sempre respeita as leis municipais relativas à construção e ao meio ambiente”. O investigado confirmou que conhece o fiscal da Prefeitura responsável pelo Habite-se concedido, mas alegou não se recordar quem fez a ligação telefônica. Refutou, também, ter oferecido qualquer propina.

Na saída do depoimento, Sambinha ficou calado. O advogado dele, Edson de Jesus Deliberador Filho, não quis dar informações. Disse somente considerar a conversa sobre o cafezinho “um grande equívoco”.

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