Sem mascarados, protesto contra tarifa é pacífico em Londrina

Fonte: Jornal de Londrina Sem atos de vandalismo e sem a presença de mascarados, o protesto realizado ontem pelo Comitê pelo Passe Livre, contra o reajuste da passagem do transporte […]

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Fonte: Jornal de Londrina

Sem atos de vandalismo e sem a presença de mascarados, o protesto realizado ontem pelo Comitê pelo Passe Livre, contra o reajuste da passagem do transporte coletivo em Londrina, foi diferente dos três anteriores. Mesmo em clima de paz, a mobilização provocou o fechamento do Terminal Central e algumas vias da mesma região foram bloqueadas parcialmente.

Cerca de 80 manifestantes se concentraram, no fim da tarde, na Praça Rocha Pombo. Eles marcharam em direção ao Terminal Central, portando faixas e bandeiras e gritando palavras de ordem. Os integrantes do movimento cobravam das autoridades e das empresas de transporte coletivo a redução do preço da passagem, que atualmente sai por R$ 2,65.

O momento de maior tensão se deu na saída dos coletivos na esquina das avenidas São Paulo e Arcebispo Dom Geraldo Fernandes. Os manifestantes que chegavam em marcha tentaram impedir o tráfego dos ônibus. Uma linha de seguranças particulares foi formada para impedir a invasão do Terminal.

Quando alcançaram a Rua João Cândido, os protestantes pararam na Rua Benjamin Constant. Eles culparam a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) pelo fechamento do Terminal e o poder público por “jogar o movimento contra a população”. A atitude de fechar o Terminal havia sido planejada pela companhia como forma de minimizar tumultos e prejuízos às empresas que operam o serviço.

A marcha terminou em seguida, assim que os manifestantes voltaram à Praça Rocha Pombo. Em discurso, o integrante do Comitê pelo Passe Livre Murilo Pajolla considerou o movimento positivo. “Conseguimos fazer um barulho bom contra esse aumento, que é ilegal, abusivo e corrupto. Propomos um modelo que não trate o usuário como gado. Vamos enfiar goela abaixo dos governantes e das empresas alguma coisa que seja melhor para a população.”

O protesto foi visto de diferentes formas pelos usuários. O soldador Marcelo Paganini viu o Terminal ser esvaziado enquanto esperava o ônibus para ir a uma reunião de pais na escola onde a filha estuda. “Vai ficar difícil agora, não tem como chegar a tempo”, reclamou. Já o vendedor autônomo Natalício de Barros concordou com a manifestação. “Tinha de ter todos os dias. O preço da passagem está muito alto, o trabalhador não aguenta pagar.”

Procurado pela reportagem, o presidente da CMTU, Carlos Alberto Geirinhas, disse que o papel da companhia é viabilizar o direito de ir e vir das pessoas. “Buscamos garantir o direito à manifestação, com os agentes de trânsito orientando o fluxo de carros nos arredores, assim como minimizar os problemas para os usuários.” Sobre a pauta de reivindicações dos protestantes, ele afirmou que a companhia não vai se pronunciar.

O JL também tentou contato com o porta-voz da Polícia Militar (PM), o capitão Nelson Vila, mas ele não foi localizado.

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