Rogério Salume, da Wine: “Sorte existe para quem trabalha”

Fonte: Assessoria ACIL O terceiro e último dia da 5ª edição da Semana de Empreendedorismo Digital, realizada pela ACIL, contou com a participação de Rogério Salume, CEO da Wine.com.br, o […]

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Fonte: Assessoria ACIL

O terceiro e último dia da 5ª edição da Semana de Empreendedorismo Digital, realizada pela ACIL, contou com a participação de Rogério Salume, CEO da Wine.com.br, o maior e-commerce de vinhos da América Latina e terceiro maior do mundo.

Na palestra que ministrou, Um sonho que se tornou realidade, Salume compartilhou três mensagens “fundamentais”: um dia é preciso parar de sonhar e partir, proporcione experiências memoráveis e faça o básico com primazia.

A primeira mensagem, segundo o empresário, foi o que fez a Wine se transformar no que é hoje. “99% das pessoas não param de sonhar para partir – ou por medo, receio, por vontade de chegar a um plano perfeito. Isso nunca vai dar certo. Temos que partir com projetos nos quais temos certa confiança e o resto acontece quando colocamos em prática”, disse. “A Wine começou pequena, como qualquer empresa. Eu sempre trabalhei com vendas e, depois de um tempo, fui procurar uma representação de importação de vinho. Logo de cara, atrasamos o lançamento da empresa em oito meses porque tivemos um grande desafio: a logística. Optamos, depois de muito estudo, por fazer o transporte aéreo. O vinho é um produto de consumo imediato, já que a maioria das pessoas no Brasil não tem adega. Também trabalhamos numa embalagem de papelão, a Winebox, a primeira a ser autorizada a fazer o transporte de vinho em aviões. Foi nosso primeiro diferencial: começamos a mexer na distribuição muito mais rápido que os concorrentes.”

A empresa cresceu em uma velocidade assustadora. Em 2013, a Wine passou para a atual sede, em Vitória, no Espírito Santo, onde foi criada. “Investimos num depósito um pouco mais estruturado. Temos em média R$ 42 milhões em vinho, 3,5 milhões de garrafas estocadas. É um giro de uns 90 dias. Viajei muito pra conhecer mais sobre operação logística. A estrutura automatizada que temos hoje, vi em uma empresa em Chicago. Pensei que um dia chegaria lá. Hoje somos a única empresa do Brasil que trabalha com um modelo de umas maiores empresas do mundo. Dá pra fazer. Eu fiz. Sorte existe pra quem trabalha. Não tem jeito”, afirma Salume.

A segunda mensagem, “proporcione experiências memoráveis”, é um dos motes da Wine. A empresa, que hoje tem 450 “wineanos” (funcionários da Wine), é, na definição de seu CEO, “uma empresa despojada, onde não há um dresscode formal, há uma flexibilidade de horários, um bom ambiente. Se você entrega resultados, não importa que vá trabalhar de canga no sábado para ir à praia depois. Nós acreditamos em coisas mais importantes, como na relação de confiança entre empresa e colaborador. Na Wine, diferentemente do que dizem os livros, não é o cliente que está em primeiro lugar, mas o wineano. Desta forma, é natural que o cliente seja tratado como rei. Você não precisa pedir para que o colaborador trate ninguém bem – isso é orgânico”. Apesar de despojada, a Wine busca por excelência empresarial: “nós temos controle, metas, sistemas. As pessoas que trabalham conosco precisam ter acesso a tudo que está acontecendo. A transparência precisa ser diária”, diz Salume.

Hoje, a Wine tem outros dois negócios paralelos: a Wbeer, que trabalha com cervejas, e a Mocoffee, uma empresa suíça adquirida em janeiro e que trabalha com cafés encapsulados, mas ainda não está em circulação no Brasil. “E por que cerveja e café?”, questiona o CEO, que responde: “porque queremos oferecer tudo: numa festa onde se bebe vinho e cerveja, sempre tem espaço para um cafezinho depois. Isso faz parte do espírito empreendedor, bastante incentivado na Wine. Precisamos fazer as coisas com amor e emoção. Nós queremos que o consumo de vinho no Brasil cresça e, para isso, precisamos que as pessoas percam as amarras.”

A terceira e última mensagem é, segundo Salume, a mais importante: o simples, o “arroz e feijão”, precisa ser bem feito. “A maioria das pessoas deixa o básico para trás. Tenha um produto bacana, entregue dentro do prazo que você se compromete. Trate bem seus clientes. O simples que é o alicerce do seu negócio. É o que vai te posicionar, bem ou mal, no mercado.”

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