Previsão foi apresentada na Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura da Região de Londrina, que discutiu também obras de mobilidade urbana
A licitação para definir a empresa que vai construir o Terminal Metropolitano de Londrina tem previsão de ser realizada no início do próximo ano, depois que estiver pronto o termo de referência e realizada a compra do terreno. O tema foi debatido durante a 38ª reunião da Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura da Região de Londrina, realizada na sexta (25), na Associação Comercial e Industrial de Londrina – ACIL.
O Terminal vai resolver o problema de quem utiliza os ônibus intermunicipais para circular entre as cidades da região. Hoje, não há um local adequado para embarque e desembarque e as pessoas esperam debaixo de sol e chuva. O anteprojeto foi feito pelo setor produtivo de Londrina, para dar mais agilidade, e entregue ao Governo do Paraná, que está fazendo ajustes. A obra será realizada na Avenida Leste-Oeste, em frente ao Terminal Urbano.
A coordenadora do Núcleo Regional da Casa Civil da Região Metropolitana de Londrina, Sandra Moya, participou da reunião e atualizou as informações por parte do Governo do Estado. “O termo de referência está em elaboração, para então fazer a licitação. Objetivo é ter a obra pronta ainda dentro do mandato do governador Ratinho Junior”.
Sandra Moya disse ainda que a aquisição do terreno, de 12 mil metros quadrados, deve ser resolvida nos próximos dias. “O proprietário queria um valor maior, mas vai ser desapropriado dentro do valor definido pelo governo. Será uma aquisição amigável, por R$ 19,02 milhões”.
Plano de Mobilidade
A reunião contou com a participação de representantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), que fizeram uma apresentação sobre o Plano de Mobilidade Urbana da cidade. O presidente do IPPUL, Gilmar Domingues Pereira, mostrou uma série de projetos baseados em pesquisas feitas desde 2018 em todos os pontos da cidade.
Estão previstas obras para melhorar o fluxo de automóveis e estimular o uso dos ônibus. Dados levantados pelo IPPUL mostram que apenas 18% dos deslocamentos realizados em Londrina são por meio de transporte coletivo. “A construção do Terminal Metropolitano deve influenciar positivamente nessa questão”, acredita Domingues.
O Plano de Mobilidade contempla 66 projetos para todas as regiões da cidade, entre eles, o Contorno Norte da BR-369 e uma nova ponte sobre o Lago Igapó, unindo a Avenida Madre Leônia Milito com a Rua Senador Souza Naves. Também foi mencionada a transposição da Rua Ernani Lacerda de Athayde sobre a PR-445, na Gleba Palhano, assunto levantado na reunião anterior da Comissão de Infraestrutura. Segundo Gilmar Domingues, a obra foi projetada em função do adensamento que deverá ocorrer na região nos próximos anos.
O presidente do IPPUL explicou que há ainda um programa para criar na cidade inteira rotas acessíveis para pessoas com deficiência, ampliar a rede de ciclovias, que hoje tem 58km, além de um plano de melhorias nas calçadas e moderação de tráfego, para facilitar a circulação de pedestres.
Aeroporto
As obras de ampliação do Aeroporto de Londrina, lançadas na quinta-feira (24), também estiveram na pauta da reunião da Comissão de Infraestrutura. O CEO do Grupo Folha de Londrina, Nicolás Mejía, acompanha a questão há cinco anos. Segundo ele, a concessionária CCR detalhou as obras que serão feitas, mas não mencionou a ampliação da pista, o que gerou preocupação. Por isso, a Comissão vai convidar a CCR para uma apresentação na próxima reunião.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina, Angelo Pamplona, falou sobre as demandas discutidas na Comissão de Segurança da ACIL. Uma delas é a ocorrência de muitos acidentes graves na BR-369. O Plano de Mobilidade do IPPUL, inclusive, constatou que a rodovia chega a ter fluxo de até 60 mil veículos por dia no trecho que passa pela cidade. Pamplona sugeriu trazer o tema dos acidentes para a próxima reunião da Comissão de Infraestrutura, que trata de obras na rodovia, para ver como é possível contribuir com o trabalho das forças de segurança, como a Guarda Municipal e as Polícias Civil e Militar.
Qualidade de vida
Sobre o trabalho da Comissão de Infraestrutura, o presidente do IPPUL, Gilmar Domingues Pereira, destacou a caminhada na mesma direção: “Todas as falas convergem para o mesmo objetivo. Temos um compromisso com a cidade de Londrina”.
Para Sandra Moya, coordenadora regional da Casa Civil, a Comissão é muito importante para Londrina e região, pela quantidade de investimentos que já conquistou. O objetivo é lançar um olhar sobre o amanhã: “É fazer um planejamento a curto, médio e longo prazo, para melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
O presidente da ACIL, Angelo Pamplona, lembra que o desenvolvimento é um processo que nunca termina: “Quanto mais se faz, mais tem que fazer. Então, a Comissão de Infraestrutura é um vetor importantíssimo para isso”.
É o mesmo sentido do pensamento de Decarlos Manfrin, do CEAL: “Temos que parabenizar o deputado Tiago Amaral pela iniciativa de criar esta Comissão, juntamente com as entidades de classe, o poder público. Unidos, nós conseguimos alcançar os nossos objetivos pelo desenvolvimento da nossa região”.
Participaram da reunião:
- Angelo Pamplona – Associação Comercial e Industrial de Londrina
- Sandra Moya – Núcleo Regional da Casa Civil da Região Metropolitana de Londrina
- Gilmar Domingues – IPPUL
- João Lucas Móvio – IPPUL
- Robson Shimizu – IPPUL
- Decarlos Manfrin – CEAL e CREA
- Carlos Alberto Feio Ribeiro – Associação das Empresas do Parque Industrial de Cambé
- Paulo Mesquieri – Associação das Empresas do Parque Industrial de Cambé
- Nicolás Mejía – Grupo Folha de Londrina
- David Dequech Neto – Sociedade Rural do Paraná
- Stefan Stremlow – Stemax