Fonte: Folha de Londrina
Nome completo: Jamil Janene.
Nome de urna: Jamil Janene.
Idade: 45 anos.
Cidade natal: Santa Inês (PR).
Profissão: Gerente de vendas de veículos.
Estado civil: Casado.
Filhos: Emene Sara (20 anos), Jamil (14) e as gêmeas Aysha e Amyra (5).
Já pertenceu a quais partidos? Ao PDT, ao PR e ao PMDB. Hoje está filiado ao Partido Progressista (PP).
Coligação nas eleições de outubro: Um Novo Caminho Para Londrina (PRB, PP e PR).
Eleito com quantos votos? 3.164 votos.
Já concorreu em quais eleições?
Em 1992 para vereador (não eleito)
Em 2000 para vereador (eleito)
Em 2004 para vereador (eleito)
Em 2006 para deputado estadual (não eleito)
Em 2008 para vereador (não eleito)
Em qual região obteve mais voto?
Distritos e fui votado em 90% das regiões de Londrina. Votos espalhados.
Mora em qual bairro?
Jardim Igapó.
O senhor se considera representante de algum segmento da sociedade?
Sou evangélico e tenho apoio da minha comunidade, mas não saio nas igrejas pedindo voto. Então sou representante da cidade mesmo.
Valor total do seu patrimônio pessoal declarado à Justiça Eleitoral:
R$ 178,64.
No patrimônio pessoal, existem empresas?
Não.
Quanto gastou na campanha eleitoral?
R$ 92.993,65.
Quem foram seus doadores?
Recursos próprios: R$ 38.235,00
Pessoas físicas: R$ 21.820,00
MKJ Com. de Veículos Ltda: R$ 18.202,00
Samia Ind. Com e Imp. de Alum. Ltda: R$ 3.900,00
Mihidini Genneni ME: R$ 1.950,00
Comitê financeiro municipal único: R$ 1.807,50
Metronorte Com. de Veículos Ltda: R$ 1.500,00
N Matiasi e Cia Ltda: R$ 1.500,00
Ind. e Com. de Churrasqueiras Alpha Grill Ltda: R$ 1.200,00
T.L Janene e Cia Ltda: R$ 1.050,00
Centro Oeste Eletromagazine Ltda: R$ 1.000,00
Tropical Cont. Associados S/S Ltda: R$ 600,00
Por que quis ser vereador?
Desde os 12 anos participo da vida pública, da política. Tive uma irmã que foi vereadora, na cidade de Santa Inês, e sempre participei da vida política. Gosto de política, de participar do dia a dia da política e como vereador fui atuante na área de segurança, saúde e educação. Por isso coloquei meu nome à disposição.
Qual é a função do vereador?
Para mim a função é fiscalizar os atos do Executivo e encaminhar as reivindicações da população. Quando fui vereador trabalhei muito pelo centro da cidade, para elaborar o projeto do Calçadão, com a Acil. Também na revitalização do centro, poda de árvores, iluminação. Então essas eram reivindicações da população e eu trabalhei muito nestas áreas.
Já pensa em apresentar algum projeto de lei? Qual?
Quero buscar um projeto que já foi aprovado em parte, que é o de proteção à gestante e ao recém-nascido. Esse projeto era mais amplo e na época da votação foram vetadas algumas partes, então já existe a proteção à gestante e ao recém-nascido em relação ao pré-natal e pós-parto. Em São Paulo essa lei chama-se ''Mãe Paulistana'', e eu quero adotar a ''Mãe Londrinense'', que cuida da mãe quando ela vai ter o filho, no pré-natal, e depois ela ganha um kit para a maternidade que a prefeitura vai dar, um enxovalzinho para as pessoas mais carentes, que precisam desta ajuda, e vou tentar fazer de tudo para trazer esse projeto para Londrina.
Oposição ou situação ao prefeito eleito, Alexandre Kireeff (PSD)?
Quando fui vereador não fiz oposição partidariamente ou politicamente, fui vereador e meu posicionamento vai continuar sendo esse: vou trabalhar pela cidade de Londrina, e tudo o que o prefeito mandar para a Câmara que for bom para a cidade, para a população, para o bairro, empresários, centro, com certeza ele pode contar com meu apoio. Quando ele me procurou, quando eu fui eleito, eu falei a mesma coisa, ele me convidou para uma reunião e eu disse isso. Meu partido também me deixou à disposição para cuidar da cidade, não tive nenhuma orientação.
Se o senhor tivesse que se posicionar politicamente entre político de esquerda, de centro e de direita, onde o senhor estaria? E seu partido político?
Eu seria de centro. Meu partido político também hoje é de centro. Não é diretamente nem de direita nem de esquerda.
O que pensa sobre o valor do salário do vereador?
Eu acho que desde que caiu a ditadura, existiu a democracia, o Parlamento e o Executivo, o custo é o salário. Se existe o salário e está na Constituição Federal a gente tem que respeitar. Na Constituição está escrito que o vereador deve ganhar 65% do que ganha um deputado estadual. Se está dentro da lei eu não tenho nada contra. Se eu estivesse hoje como vereador e fosse aumentar o salário, eu seria contra, mas por causa da situação da prefeitura. Não é que eu sou contra o vereador ganhar esse salário, sou contra o momento. Quando eu fiquei oito anos como vereador eu não aumentei meu salário.
O que pensa sobre aumentar os salários do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais?
Acho que tem que ser uma atitude do prefeito pedir e reivindicar. Eu vi até uma entrevista com o prefeito, que ele seria contra pelo momento que passa a prefeitura. Acho que deveria deixar da forma que está. Acho que todos devem ganhar bem, mas o momento não é adequado, e qualquer decisão para aumentar o salário deve partir de um requerimento do prefeito. Ele não faz o projeto, mas ele pode mandar um requerimento reivindicando para os vereadores aumento do salário do secretariado dele. Se ele fizer vamos estudar o momento que a prefeitura passa.
Responde a algum processo na Justiça?
Sim.
Nota da reportagem: Há uma ação popular, tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no nome de 21 vereadores da 13 legislatura de Londrina, incluindo Jamil Janene, em relação a suposta ilegalidade nos valores dos salários dos parlamentares. E na 3 Vara Criminal de Londrina, o vereador foi condenado há nove anos de prisão por concussão – quando um agente público se utiliza do cargo para obter vantagens indevidas – no caso conhecido como Lista Caldarelli. Ele está recorrendo desta decisão.
Jamil Janene: Respondo a uma ação que se transformou em duas – uma criminal e uma cível -, da chamada Lista Caldarelli. Quando eu tomei uma atitude no plenário, de cassação do mandato do vereador Orlando Bonilha, automaticamente ele tomou o posicionamento de fazer uma delação premiada, e nessa delação, de todos os processos e denúncias que ele fala, ele cita o caso Caldarelli. Ele fala que a lista é verdadeira. Eu me defendi, e há um ano fui absolvido na ação cível pelo juiz Bruno Pegoraro, e na absolvição ele escreve sobre perseguição política, vingança política, e que a Lista Caldarelli não é mais prova no processo. Tanto que o próprio Ministério Público não tem a lista como prova da minha denúncia, ele me denunciou somente pela fala do Bonilha. Já na ação criminal, assim que eu registrei minha candidatura, o juiz me condenou a nove anos de prisão como participante no caso Caldarelli. Na ação, no despacho do juiz, ele só cita ''os demais vereadores que constam na lista estão condenados''. Só que a lista não foi prova para o Ministério Público. Então eu recorri e tenho absoluta certeza que vou ser absolvido, com muita tranquilidade. Quero que isso seja julgado o mais rápido possível.
Como o cidadão londrinense poderá entrar em contato com o senhor?
Meu número de telefone é o mesmo desde 1993, então quem me conhece sabe meu número, e meu gabinete vai estar aberto, à disposição. E sou muito atuante em bairro, gosto de participar de reuniões com lideranças de bairros. Vou continuar fazendo isso, como no primeiro mandato.
Endereços na internet:
Rede social: www.facebook.com/jamiljanene
