Se por um lado a inadimplência subiu, caíram as taxas de juros e spreads (diferença entre taxas de captação e de repasse). O spread geral baixou de 30,5 pontos percentuais, em janeiro, para 29,7 pontos, em fevereiro. A taxa média de juros do crédito referenciado foi reduzida de 42,4% ao ano, em janeiro, para 41,3%, em fevereiro. O juro médio cobrado das empresas caiu 0,2 ponto percentual, fechando fevereiro em 30,8%. A maior redução foi na taxa de juros no segmento de pessoas físicas, de 55,1% ao ano, em janeiro, para 52,7%, em fevereiro.
O total de concessões recuou, reflexo, principalmente, de um mês com menor número de dias úteis. As concessões para pessoas jurídicas alcançaram R$ 78,4 bilhões em fevereiro, 7,2% a menos que em janeiro e 9,4% inferior aos R$ 86,6 bilhões de igual período do ano passado. Para as pessoas físicas, o total de concessões somou R$ 45,1 bilhões no mês passado, 8,4% menos que em janeiro e 5% a menos que os R$ 47,5 bilhões de fevereiro de 2008. Pelo critério de médias diárias, houve expansão de 7,7% frente a janeiro (de R$ 6,36 bilhões para R$ 6,86 bilhões), mas o chefe do departamento econômico do BC, Altamir Lopes, destacou que esse aumento é um efeito do menor número de dias úteis no mês passado.
Os resultados parciais deste mês, acumulados até o dia 16, indicam alta de 0,9% no crédito referencial. A média das taxas de juros caiu para 29,2% ao ano nesses 11 primeiros dias úteis de março. A taxa média cobrada no segmento de pessoas jurídicas caiu para 29,2% ao ano. No segmento de pessoas físicas, a taxa anual diminuiu para 51,5%. O spread geral foi reduzido de 29,7 para 29 pontos percentuais.
O saldo geral de crédito em fevereiro foi de R$ 1,23 trilhão, alta de apenas 0,1% na comparação com o total de R$ 1,229 trilhão ao final de janeiro. O financiamento à habitação cresceu 2,7% em fevereiro, a R$ 66 bilhões. Já o crédito para o comércio caiu 2,9%, fechando fevereiro em R$ 119,1 bilhões. Os bancos públicos abocanharam 37% do mercado de crédito no mês passado, frente a 34% de fevereiro de 2008.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 1)(Ayr Aliski)
Fonte: Gazeta Mercantil
Deixe um comentário